sexta-feira, 15 de maio de 2009

TOQUE DE MIDAS

O Londrina parece sofrer da síndrome do toque de midas. É inacreditável a série de fracassos da administração Peter Silva. Depois da pífia campanha no Campeonato Paranaense que culminou com o rebaixamento à segundona, o bom prenúncio da montagem de um time competitivo para a Série D do Brasileiro também está se desfazendo. O clube perdeu a chance de trazer os bons jogadores do Nacional, de Rolândia, e pode trazer jogadores apenas medianos do Iraty na parceira frustrada com a SM Sports, do empresário Sergio Malucelli. O técnico Gilberto Pereira, que levou o Nacional ao inédito quarto lugar no Estadual, ainda nem tem time-base para iniciar o trabalho. Segue viajando e observando potenciais reforços para o Londrina. E pelo andar da carruagem - que no LEC é puxada por asnos! -, o pobre torcedor alviceleste não deve nutrir esperanças de que teremos um time realmente competitivo. O clube ainda não renovou patrocínio com a Sercomtel - se não fosse a estatal de telefonia londrinense o futebol da cidade já teria morrido há muito tempo -, o Malucelli não se entusiasmou com o assédio de Peter Silva para firmar uma parceria de longo prazo, os salários dos jogadores que ficaram já estão atrasados de novo, o dinheiro da venda do atacante Ricardo acabou e não se vislumbra uma luz nesse túnel de decepções do Londrina. Peter Silva parece ter encarnado mesmo a figura do Rei Midas, porém, para azar da nação alviceleste, tudo o que o cartola-mor do Tubarão toca não vira ouro. Resta torcer que a fedentina não transborde ainda mais e empurre o Londrina para o fundo da fossa. Que pena Tubarão!

A LIÇÃO DE SÃO MARCOS

A atuação do goleiro Marcos, do Palmeiras, na partida contra o Sport mostrou que o arqueiro alviverde ainda tem muita estrada pela frente no futebol. Apesar dele ter mostrado em algumas ocasiões vontade de pendurar as luvas, devido à série de contusões nos últimos três anos, o goleiro demonstrou toda sua capacidade nesse jogo da última terça-feira, 12/05. Foi uma exibição digna dos grandes goleiros do mundo. Marcos pegou tudo durante os 90 minutos - à exceção claro do gol do Sport, marcado devido a um cochilo da zaga palmeirense, e defendeu três pênaltis sem se adiantar na saída do gol. No fim do jogo ele correu feito criança para saudar e ser saudado pela torcida alviverde presente no estádio do Sport. Nas entrevistas, minutos depois, viu-se o Marcos de sempre: humilde e simples e de uma franqueza pouco vista no futebol. Está aí a razão do sucesso do goleiro do pentacampeonato da seleção brasileira dirigida pelo técnico Luiz Felipe Scolari. Que bom que outros profissionais do futebol adotassem o estilo Marcos de ser. O futebol seria muito mais bonito. O goleirão do Palmeiras dispensa o marketing barato de outros atletas e, por isso, conquista simpatia de outras torcidas. Aos 36 anos, ele demonstra que está em forma e pode sim jogar pelo menos mais dois anos. Um bom presente para o torcedor que gosta de um bom futebol e de jogadores que dão o seu melhor em defesa de seu time. E pelo que Marcão já demonstrou ainda teremos dias de São Marcos.