sexta-feira, 16 de setembro de 2011

LANCE CERTEIRO

        A contratação do técnico argentino Rubén Magnano para dirigir a seleção brasileira de basquete masculino mostrou-se acertada. A comprovação veio no último sábado com a vitória sobre Porto Rico, na Copa América, o que garantiu a presença brasileira na Olimpíada de Londres em 2012 depois de 16 anos de ausência da competição. Uma nova geração está surgindo e mostrando que o basquete do país, que já foi brilhante e vencedor, tem condições sim de voltar a dar alegrias à torcida. Para que tudo dê certo, é preciso que o trabalho de Magnano prossiga. Mais do que isso. É necessário que o coletivo se sobreponha aos valores individuais. Nossa seleção colheu enormes dissabores nesses anos de fracasso por privilegiar o aspecto individual, como em algumas competições nas quais o ala Oscar Schmidt exagerava tentando quebras recordes pessoais em detrimento do jogo coletivo. Nesse aspecto, o papel do treinador argentino será fundamental na futura convocação olímpica: ele manterá a base atual ou chamará medalhões da NBA, como Leandrinho e Nenê Hilário, que se recusaram a vestir a camisa do país numa competição "rala osso"? Para o bem do basquete, espera-se que o treinador dê a lição àqueles que deveriam demonstrar mais humildade e respeito ao país que os revelou.

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

LADEIRA ABAIXO

     E o Flamengo pegou uma ladeira abaixo no Brasileirão. Depois de ombrear-se com o Corinthians na ponta do campeonato até ameaçando ultrapassar o líder, virou um saco de pancada. Pior perde de qualquer time, mesmo os que estão lá embaixo na zona do rebaixamento à Série B. Em que pese desfalques de alguns jogadores alegados pelo técnico Luxemburgo e mesmo a fase ruim de outros, nada justifica uma queda tão alarmante. Luxa tem teimado com alguns jogadores, como o Gustavo e o Welinton na zaga e, pior, insiste em manter o jovem Negueba no banco. Mesmo contra o Corinthians, sequer colocou o atacante em campo. Negueba poderia ter sido ótima opção no lugar do David ou mesmo do Thiago Neves, este de futebol apagadíssimo. Depender apenas de lampejos de Ronaldinho Gaúcho não dá. É preciso ousar com jovens como Negueba e Luis Felipe, que sempre em entrado bem nos jogos. Outra coisa que não pegou bem foi o episódio da flatulência durante um treino. Luxa extrapolou e a notícia virou piada nacional justamente num momento em que o Fla acumula sequência de jogos sem vitórias. Ou Luxemburgo se recicla ou logo logo vai estar na lista de desempregados deste Brasileião.

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

TÍTULO MERECIDO


      O Londrina fechou a Divisão de Acesso com perfeição. O 1 a 0 sobre o Toledo, no domingo, comprovou que o Tubarão foi o melhor do campeonato. O LEC fechou a Segundona com 15 vitórias em 21 partidas, com mais cinco empates e uma única derrota - aquela de 3 a 2 para o Metropolitano, em Maringá. O técnico Claudio Tencatti teve uma equipe compacta onde o aspecto coletivo sobressaiu-se sobre o individual. Não que este Tubarão 2011 não tivesse brilhos individuais. Ao contrário. A começar pelo gol onde Danilo fez defesas belíssimas, inclusive nas duas finais contra o Toledo, em momentos em que o time era sufocado pelos adversários. O lateral Ayrton, com seus belos gols de falta, nos remete ao Toninho que aqui jogou na década de 80, sendo inclusive campeão da Taça de Prata, naquele time brilhante. O restante da zaga teve altos e baixos, mesmo o atrevido lateral-esquerdo Wendel que só precisa de mais experiência para aproveitar o talento técnico. No meio-campo, o discreto volante Silvio também merece destaque por seus desarmes. Silvinho, que não foi tão brilhante no aspecto técnico, soube aliar sua experiência e jogar coletivamente - inclusive marcando o meio-campo adversário -, extravasando toda sua emoção no domingo com um choro copioso. Choro de quem foi prata-da-casa, é da cidade e também sofreu com esse triste calvário de dois anos na Segundona. O meia Bruno se não criou tanto, deu sua contribuição na marcação, como na final quando anulou o meia Irineu do Toledo. Ricardinho, o mais técnico do meio, mostrou toda sua categoria com belos gols e assistência como no gol de Warlley que deu o merecido título ao LEC. O ataque, que mesclou a jovialidade de Arthur e a experiência de Warlley, foi um incômodo às defesas adversárias. Pena que Arthur não deva permanecer no Estadual da Elite em 2012. O LEC selou sua participação na Segundona como a torcida queria: duas vitórias sobre um valente Toledo e uma linda festa no aniversariante Estádio do Café que, no dia 22 de agosto, completou 35 anos. Foram 8 mil torcedores contentes e com os olhos marejados de ver o Tubarão novamente conquistando vitórias, um título (mesmo da Segundona, não importa) e o mais fundamental: resgatando o espírito de ser Alviceleste. Valeu Tubarão, valeu torcida!

terça-feira, 16 de agosto de 2011

QUE A VOLTA SEJA DEFINITIVA

     E o Londrina confirmou no último domingo o seu retorno à divisão de elite do futebol paranaense. A vitória (1 a 0) sobre o Nacional comprovou a eficiência do time dirigido pelo técnico Claudio Tencatti. Questionado em alguns jogos, Tencatti teve méritos suficientes para conduzir o Tubarão a uma campanha brilhante com 13 vitórias, cinco empates e uma derrota apenas. O time mostrou-se equilibrado. Um goleiro eficiente, como Danilo, dois bons laterais Airton e Wendel e dois zagueiros seguros na maioria das partidas, Elson e Rogério. O meio-campo alternou boas e más jornadas, mas o discreto volante Silvio comportou-se de maneira exemplar sendo o mais regular o setor. Bruno, Silvinho e Ricardinho, que completaram o setor, alternaram bons e maus momentos no campeonato. No ataque, o hábil Arthur - que logo estará em algum grande clube no Brasil ou no exterior - e o bravo Warlley infernizaram as defesas adversárias. 
     Fora de campo, a parceria com a SM Sport deu o suporte profissional necessário para que o clube fosse administrado de forma organizada. Houve algum bloqueio a imprensa - até proibição a um jornal da cidade de frequentar os poucos treinos abertos do CT -, mas nada que arranhasse a imagem da direção. Esse é um ponto a se corrigir no futuro, pois um clube de futebol não está imune a críticas, tão necessárias para a correção de rumos no próprio time e na condução do LEC.
    Ainda externamente, louve-se o papel do torcedor. O LEC jogou como time grande que é com uma média superior a 4 mil pagantes por partida - um luxo para a má organizada Segundona do Paraná. A torcida parece ter acordado para a sua importância na manutenção de um time de futebol. A junção de administração profissional com objetivos claros - nada de discursos demagógicos e falsos como antes -, com um bom time é capaz de atrair o criticado torcedor londrinense (tachado em outras épocas de mero espectador). Sim, o LEC tem uma fiel torcida apaixonada pelo azul e branco e só é preciso canalizar essa paixão para que o futebol da cidade siga seguro na elite do Paranaense e galgue a passos firmes as divisões de acesso do Brasileirão. Impossível chegar à Série A? Talvez, mas sem uma meta ambiciosa não se chega a lugar nenhum. É, depois de quase 900 dias de calvário na Segundona, o feliz torcedor londrinense pode gritar com força e vontade que "Ô o Tubarão voltou...".

domingo, 31 de julho de 2011

QUE VACILO TUBARÃO!

       A torcida do Londrina viveu ontem entre o céu e o inferno. A derrota parcial para o Foz do Iguaçu em grande parte do primeiro tempo da partida na tríplice fronteira e o volume de jogo superior do adversário já prenunciava o que seria a tarde do torcedor alviceleste. Mas o empate do zagueiro Elson ainda na etapa inicial acendeu a chama de que era possível conquistar a vaga na divisão de elite antecipadamente, mesmo porque o Toledo arrastava-se em Prudentópolis sem interesse em vencer o Serrano para também garantir sua vaga na primeira divisão. E veio o segundo tempo e o LEC virou o placar para 2 a 1 com o volante Silvio. Era o que faltava para animar ainda mais o sofrido torcedor do Tubarão. Aos 43, Weverson marca o terceiro e o time do Norte do Estado dá indício que vai encerrar a fatura. Afinal, restavam mais dois minutos de tempo normal e mais uns três ou quatro minutos normais de acréscimo. O locutor da rádio Paiquerê enlouquece e já manda soltar o hino do Tuba para carimbar a volta à elite. Tudo parecia seguir o roteiro de uma campanha vitoriosa. Parecia. Uma troca de passes despretenciosa do ataque do Foz diante da desatenta zaga do LEC resulta, aos 44 , no segundo gol do atacante Carreta, logo ele que já havia eliminado o time londrinense  jogando pelo Cascavel. E o pior viria aos 48. O meia Gilson recebeu uma cobrança de lateral livre de marcação, avançou, tocou a bola entre as pernas de Ricardinho e chutou de fora da área: o goleiro Danilo, grande nome do jogo com defesas incríveis, chegou atrasado e a bola entrou. Final 3 a 3 e o sonho da volta do Tubarão à elite ficou adiada para o mata-mata das semifinais. Tudo bem, dirão os otimistas. O LEC entra com vantagem de 1 ponto e se vencer o Maringá, no Willie Davids, soma 4 pontos e já garante a sua vaga. Entretanto, quer vantagem maior do que estar vencendo o jogo por 3 a 1 até os 43 minutos com o adversário com dez homens e, mesmo assim, ceder terreno para uma improvável reação? Espero que o jogo de ontem - bem como aquele contra o Cascavel e o próprio Maringá no primeiro tempo - sirva de lição: nada estará ganho até o apito final. Em decisão - e ontem ERA UMA DECISÃO - espera-se que os jogadores entrem com espírito guerreiro, com raça e determinação, caso contrário o fiasco e a decepção vão machucar ainda mais uma torcida que está cansada de sofrimento.  

sexta-feira, 29 de julho de 2011

JOGO DO ANO

      Por incrível que pareça não assisti por completo o que vem sendo chamado de o jogo do ano: Santos 4 x Flamengo 5. Bem que comecei assistindo à partida na única transmissão disponível, a TV Bandeirantes. Suportei os 20 minutos iniciais em que o Santos abriu vantagem de 3 a 0 sob erros grotescos da defesa do Mengão. O ataque rubro-negro até então tinha dado quatro chutes ao gol - um deles em que David praticamente se enrolou com a bola e perdeu gol feito. Já desacreditando no poder de reação do Fla, zapeei para o telecine para ver o ótimo desenho "Como treinar um dragão". Naquele momento de revés, o filme era o melhor dos mundos. Só fiquei sabendo da reação de Ronaldinho Gaúcho & cia no intervalo do jogo. Então, voltei a assisitir ao início do segundo tempo do jogo na Vila Belmiro. Para meu azar, logo aos 5 minutos o endiabrado Neymar tascou logo o quarto gol do Peixe. Pensei, é não vai ser hoje que o Mengo vai vencer no litoral paulista. Afinal, em toda a história o Flamengo venceu o Santos uma única vez no reduto que revelou Pelé, em 2009 sob a batuta do técnico Andrade. Voltei ao filme que já estava acabando. Quando mudei de novo para o jogo, Fla e Santos empatavam 4 a 4. Foi então que Tiago Neves arrancou e deixou Ronaldinho na cara do gol. O meia-atacante do Fla, com categoria, tocou no canto marcando o quinto gol carioca. O Mengão ainda criou mais duas chances com Tiago Neves e Léo Moura. O Santos tentou pressionar sem sucesso. Desse incrível jogão de 9 gols devo ter visto uns 40 minutos, pouco né, porém o suficiente para aplaudir a ousadia e destemor de dois times que se entregaram em busca do gol. Só discordo de uma fala do técnico Muricy para explicar como seu time vencendo por 3 a 0 cedeu à reação rubro-negra. Ele atribuiu os gols do Fla às falhas excessivas da defesa santista. Ora, e a defesa do Mengo não falhou não? Se não houvesse falhas quase não haveria gols no futebol ou pontos no vôlei ou no basquete. Há sim é que se exaltar o brilho e o talento dos craques, tão em falta hoje dia. Na noite em que Neymar brilhou - ah, porque não jogou assim na Copa América? - Ronaldinho Gaúcho mostrou para os críticos que pode sim jogar em alto rendimento. Que a noite de bom futebol na Vila Belmiro inspire outras equipes e outros técnicos a redescobrir o prazer de jogar e assistir ao bom futebol. Xô retranca, xô Parreira, Zagallo, Lazaroni.....

segunda-feira, 27 de junho de 2011

TUBARÃO SEM FREIO

      E o Londrina está mostrando que não pretende deixar escapar a chance de antecipar sua volta à divisão de elite do futebol paranaense. Após conquistar o turno e garantir presença na final da competição, o Alviceleste está tendo um início arrasador no returno. Se ao massacrar o São José por 8 a 1, no feriado de Corpus Christi, muitos relativizaram o placar devido à fragilidade do adversário - confirmada com a desistência da equipe joseense da Segundona -, no domingo o Tubarão goleou um dos fortes times do campeonato no Estádio do Café: fez 4 a 1 no Serrano, de Prudentópolis, um time certinho e com um ataque perigoso. Lidera no saldo de gols o returno com o Toledo - quem deve fazer frente ao LEC nesta fase -, ambos com 6 pontos. O futebol apresentado no domingo foi de encher de orgulho o torcedor do Londrina. É fato que o time apresentou falhas na marcação, sim o Serrano teve chances de complicar o resultado, mas os jogadores alvicelestes jogaram com uma aplicação e garra pouco vistas ultimamente em Londrina. Dois jogos, 12 gols marcados e dois sofridos dão a certeza ao torcedor que o time tem tudo para confirmar a volta à primeira divisão e, acima de tudo, que o Tubarão - agora sem freio - voltou definitivamente e está enchendo de orgulho o ferido coração alviceleste.

quarta-feira, 22 de junho de 2011

PAPEL CUMPRIDO

     O Londrina cumpriu com méritos o seu primeiro objetivo na Divisão de Acesso do Paraná. Venceu o turno com 20 pontos ganhos, fruto de 6 vitórias, dois empates e apenas uma derrota - talvez, a mais amarga para um rival de Maringá (que não é o tradicional Grêmio) justamente quando jogou um futebol superior. Infelizmente, por questões de trabalho, não pude acompanhar in loco a maioria dos jogos no Estádio do Café. Entretanto, pelos comentários no rádio e nos jornais, é possível depreender que o time arrancou bem com preparo físico e entrosamento superior aos concorrentes, mas declinou nas últimas partidas. Menos mal que conseguiu vencer justamente o Toledo, time que somou 18 pontos e ficou na cola do Tubarão. É uma equipe a ser batida no returno se o Alviceleste quiser liquidar a parada e levar o caneco sem o tal injusto quadrangular. Quem venham pelo menos mais três reforços para se juntar ao elenco e dar mais opções ao técnico Claudio Tencatti, que apesar da bela campanha tem sido hostilizado por parte dos torcedores. A hora não é para desunião, é de apoio total para que se cumpra a missão de colocar o time de volta à divisão de elite do Estado, de onde o LEC nunca deveria ter saído - não é seu Peter Silva? Oxalá, o Tubarão já mostre suas credenciais de favorito nesta quinta-feira, em Irati, onde enfrenta o São José. 


                                  Feito gente grande


      Já havia elogiado o papel da torcida organizada Falange Azul. E como ela vem fazendo bonito nesta Segundona. Empurra o time a todo o momento e os seus integrantes têm comparecido em grande número ao Estádio do Café. Quem continue assim e procure se diferenciar das demais sem entrar nessa de agressões a torcedores rivais que aqui vierem. Faça o papel de bom recebedores para ter o mesmo tratamento em outras cidades. O futebol anda tão se graça ultimamente devido à briga selvagem das organizadas que um gesto como esse poderia resgatar aquele torcedor mais receoso da violência nos estádios. Ah, e outra coisa: nada de hostilizar torcedores que vestem uniformes de times paulistas, cariocas ou de outros estados que vão ao Café para dar uma força ao LEC. O Tubarão só conquistará mais adeptos com bom futebol em campo e com uma torcida simpática que possa cativar mais membros para engrossar o bonito coro de "É TUBARÃO"!

segunda-feira, 30 de maio de 2011

TUBARÃO - 35 ANOS DEPOIS

       O animador início do Londrina na Divisão de Acesso do  Campeonato Paranaense faz lembrar do nascimento do apelido Tubarão há 35 anos. Pode até parecer um exagero. Isto pelo fato de tratar-se de uma Segunda Divisão Estadual. Em1976, quando o time londrinense goleava seus adversários no VGD ou fora de casa e o filme "Tubarão" fazia sucesso no cinema, um radialista na época - um publicitário de Curitiba também advoga para si o mérito pelo apelido - usou pela primeira  vez o termo. De lá pra cá, o nome pegou e a torcida entoa o grito de "É Tubarão"! 
     Dentro do nível técnico da Segundona, o LEC está conseguindo se impor, principalmente no Estádio do Café. Domingo, por exemplo, não tomou conhecimento do Iguaçu. A goleada de 5 a 0 mostra bem a superioridade do time dirigido pelo técnico Claudio Tencatti. Já na estreia, contra o São José, o 3 a 0 foi pouco pela diferença técnica das equipes. O único porém veio com o futebol irregular diante do Serrano, em Prudentópolis, na última quarta-feira. Destaque para o atacante Warlley que comportou-se como um artilheiro nato marcando 4 gols em dois jogos. No último domingo, também os lateriais Airton e Wendel se destacaram marcando gols.
      Agora, o LEC terá duas partidas seguidas fora de seus domínios e precisará manter a regularidade mostrada em casa para manter-se no topo da competição. Toledo, nesta quinta-feira, e Sport de Campo Mourão, no domingo próximo, serão os desafios. Os pontos conquistados nestas partidas serão fundamentais para que o time faça valer o apelido de Tubarão destemido e conquiste de vez o angustiado torcedor alviceleste que até aqui tem se mostrado fiel - nos dois jogos iniciais mais de 9 mil torcedores foram ao Estádio do Café -, e ansia pelo acesso.

segunda-feira, 23 de maio de 2011

O BOM RETORNO DO TUBARÃO

       O novo Londrina, nascido da parceria com a SM Sports, deu mostras na estreia na Divisão de Acesso do Campeonato Paranaense que pode reconquistar o desconfiado torcedor do Tubarão. Nem tanto pelo fácil 3 a 0 sobre o frágil São José, muito mais pela boa qualidade mostrada por uma série de jogadores. Mesmo ainda sem entrosamento, o meio-campo montado pelo técnico Claudio Tencatti trouxe jogadores de boa qualidade técnica. Os experientes Silvinho e Ricardinho, o jovem volante Silvio - o destaque nesta partida pela rapidez, senso de cobertura e de desarme - mais o meia Bruno - fez um golaço de falta - dão esperança de que a torcida poderá assistir belas atuações do time. No ataque, Warlley e Arthur combinaram experiência e juventude/rapidez para vencer a zaga adversária. Se Arthur não fez gol, foi por uma jogada individual dele que saiu a falta quase ao final da primeira etapa na entrada da área que resultou em gol de Bruno. O atacante ainda cruzou a bola para o segundo gol, marcado por Warlley. Bem e o que falar então do ex-atacante do Roma? Foi ele o grande destaque do time. Quem subestimar a sua estatura - 1,66 metro - irá se dar mal. Pois o baixinho, além das rápidas jogadas pela direita no primeiro tempo, marcou dois gols de cabeça! E isto após perder um pênalti no início da etapa final quando o placar apontava 1 a 0. Na defesa, o goleiro Danilo ainda não estreou pois o São José inexistiu no ataque. Aliás, o time do Sul do Estado só segurou o zero a zero enquanto teve fôlego e o Londrina marcava à distância a saída de bola. A dupla de zaga também não teve tanto trabalho também, mas foi bom ver que o zagueiro Elson faz alguns lançamentos combinados para explorar a velocidade de Arthur. Os laterais ainda precisam evoluir. Num jogo em que o adversário jogava recuado, era vital o avanço dos laterais. Airton teve espaço à vontade, porém falhou no passe final. É preciso corrigir esta deficiência. Wendel foi pouco explorado na primeira etapa, porém melhorou no tempo final. Enfim, se não foi um futebol primoroso de encher os olhos do faminto torcedor do Londrina por futebol - e quem hoje no Brasil joga bonito constantemente? -, o Tubarão fez um retorno auspicioso. Vai subir? Bem, ainda é cedo para arriscar, mas deixou na torcida a esperança de que 2011 vai apagar os últimos anos de vergonha e amargura proporcionados por cartolas e parceiros/forasteiros incompetentes. Vamos pra cima Tubarão!


                                               A TORCIDA


     A torcida foi outro destaque deste domingo no Estádio do Café. Muitos criticam o torcedor do Tubarão, mas como manter-se fiel com a série de decepções e interrupções de projetos? Pois é, os mil e poucos torcedores de outrora se transformaram em cinco mil na estreia do LEC. Mesmo sem movimentação no placar em 40 minutos da primeira etapa, o torcedor teve paciência e não vaiou o time. A torcida Falange Azul também fez o seu papel incentivando o time o tempo todo. E quando Bruno fez o gol de falta, a torcida pôde soltar o grito de gol que estava por longo tempo preso na garganta. E se a equipe continuar evoluindo, o Estádio do Café pode se preparar para receber mais torcedores.


                                         O PARCEIRO


       Só há um porém neste retorno do LEC: algumas medidas adotadas pelo empresário Sergio Malucelli, dono da SM. Primeiro foi aquela censura aos jornalistas do Jornal de Londrina por não concordar com um ponto de vista do editor do jornal numa coluna. Menos mal que voltou atrás e permitiu que o JL frequentasse o centro de treinamentos. Também não pega bem o excesso de blindagem de jogadores e técnico, que só deu entrevistas quase ao final da semana passada. Outra questão é o tom irônico em algumas entrevistas de Malucelli. Numa delas ao ser perguntado sobre expectativa de torcida para a estreia chegou a dizer que esperava venda dos 9 mil ingressos permitidos pela Federação Paranaense de Futebol. Alertado que poderia ser perto de 3 mil pessoas, disse que a imprensa local afirmara que o londrinense gostava de futebol, então, a sua expectativa era de muito mais. Acredito que 5 mil para a estreia foi muito acima de qualquer expectativa. Se compararmos com o Brasileirão da Série A, por exemplo, o Palmeiras levou 13 pagantes em seu jogo contra o Botafogo. Então, é preciso mais respeito do parceiro do Tubarão à torcida e à imprensa. Afinal, se todos trabalharem na mesma direção, o Londrina vai atingir o objetivo de voltar à Primeira Divisão e recuperar o seu lugar no futebol do Paraná.

segunda-feira, 21 de março de 2011

SAMBA CRONOMETRADO

      Uma boa música pode durar uma eternidade. Sei lá, uns cinco minutos, talvez. As clássicas são assim. Tem longa duração. Ruim mesmo é ouvir aquelas de gosto duvidoso, tipo "Quero não, não vó não" ou "Adocica, meu amor" e por aí afora. Este "nariz de cera"   é para justificar a minha posição quanto à penalização do Salgueiro no desfile das escolas de samba do Rio. É, alguns dirão, o choro é tardio, afinal, a Beija-Flor já levou o título. Levou sim, acredito, mais pelo tom emotivo da homenagem ao rei Roberto Carlos. O Salgueiro avançou o tempo limite de seu desfile, mas fez uma apresentação impecável.   Levantando a Marquês de Sapucaí durante sua apresentação. O problema mesmo ocorreu na dispersão quando vários carros alegóricos ficaram parados em função de sua grandiosidade - uma lição para 2012: menos carros na avenida -, provocando um embolando entre os passistas. E mesmo perdendo um ponto, o Salgueiro manteve a tradição e desfilou no sábado das campeãs fazendo jus ao velho bordão do "nem pior, nem melhor, apenas uma escola diferente". Tão diferente que mesmo penalizada, saiu  da última colocação para o quinto lugar. Que em 2012 a vermelho e branco da Tijuca leve o caneco do samba carioca.

terça-feira, 15 de março de 2011

VÔLEI DE LONDRINA PERDEU RUMO

       O Londrina/MM/Sercomtel  faz hoje à noite, no Moringão, jogo decisivo pela Superliga Masculina de Vôlei. Se se confirmar a previsão de favoritismo do Sesi, o time londrinense praticamente dará adeus aos playoffs. O até então time sensação da Superliga, que conquistou vitórias significativas diante do próprio Sesi em São Paulo e frente ao estrelado time do Vôlei Futuro e tetracampeão nacional Florianópolis, ambos no Moringão, viu ruir sua chance de classificação com uma derrota doída diante do modesto Blumenau, em Londrina - jogo que todos davam como vitória certa. Acredito que aí tenha quebrado a confiança do próprio técnico Chiquita em seu elenco, a ponto de ele ter afirmado em entrevista após a partida que Londrina era o Hobin Wood da Superliga - ganhava dos grandes para entregar para os pequenos. Assim, o time teve de jogar pressionado por vitória frente do Vôlei Futuro (derrota de 3 a 1) e Campinas (revés de 3 a 0), ambos na semana passada, ficando nesta situação delicada de ter de vencer Sesi e Pinheiros, em Londrina. Após os três insucessos seguidos, alguém ainda crê numa recuperação, ainda mais com Campinas enfrentando dois times já eliminados? Não dá, né? Pelo menos eu não acredito pelo vi nos vários jogos no Moringão ou na TV. Resta esperar que este bom trabalho realizado até aqui, que deve culminar com a nona colocação - algo que ninguém apostaria pela montagem em cima da hora da equipe e pelos nomes desconhecidos dos jogadores -, possa ter sequência para o próximo com time melhor estruturado e um elenco de melhor qualidade com boas reposições no banco de reservas. Afinal, mesmo decepcionando diante do Blumenau, o grupo comandado por Chiquita devolveu ao londrinense o prazer de ir até o Moringão e torcer por um time que até então demonstrou muita garra e determinação. Então, após o jogo de hoje e o de quinta contra o Pinheiros espero que o trabalho continue e seja um até breve à próxima Superliga.

quinta-feira, 3 de março de 2011

VÔLEI DÁ EXEMPLO

      O time do Londrina/MM/Sercomtel tem dado um verdadeiro exemplo de superação na Superliga de Vôlei Masculino. Montado em cima da hora com apenas um nome conhecido - o líbero Alan que compôs o grupo campeão mundial do técnico Bernardinho -, a equipe do técnico Chiquita sofreu no início da competição. Perdeu vários jogos fruto do desentrosamento e logo despertou um certo descrédito por parte da imprensa e da torcida. Mas mostrando que conhece o grupo que montou, Chiquita tratou de puxar nos treinos para provar que tinha nas mãos um grupo vencedor. Mais que isto: comprovou que sabe muito de tática do vôlei e como explorar as deficiências de supertimes como o Sesi e o Cimed/Florianópolis.
      E escrevo isso mesmo antes da definição dos oito classificados para os playoffs. Afinal, não é fácil treinar pensando se o salário será pago ou não no final do mês. Apesar de ter dois patrocinadores, o Londrina ainda precisa de mais dinheiro para cobrir sua folha de pagamento. A Prefeitura já faz a sua parte com a Sercomtel, então é preciso que os empresários da cidade abracem o vôlei tendo a visão da exposição que este esporte está trazendo à cidade. Basta ver os elogios de especialistas da modalidade, como o ex-jogador Carlão (hoje comentarista do Sportv), e os jogos seguidos sendo transmitidos para todo o Brasil como na última terça-feira contra o Cimed/Florianópolis e o confronto desta sexta-feira contra o Blumenau, ambos no Moringão. O vôlei dá visibilidade ao patrocinador.
             
                               FELIZ COINCIDÊNCIA

     A vitória de Londrina sobre o Cimed trouxe uma feliz coincidência. A exemplo do turno quando o Sesi acumulava 12 vitórias seguidas e liderava a Superliga mas acabou derrotado por 3 a 2 pelo Londrina, o Cimed mesmo já tendo perdido na competição vinha de 12 triunfos consecutivos e amargou um sonoro 3 a 0 no Moringão. Mais o Cimed ainda não havia sido derrotado fora de casa. Claro que a contusão do levantador Bruninho no início da partida prejudicou o Cimed, mas não a ponto de se afirmar de que com ele em quadra o resultado teria sido diferente. Do outro lado da rede havia um Londrina determinado a vencer e jogou com alma para sair da quadra com este objetivo. E o time soube neutralizar as principais jogadas do Cimed: parou Bobe e João Paulo e os seus substitutos como o veterano Anderson. Destaque para o levantador Bruno Alves, eleito o melhor do jogo, e que enfrentava um drama pessoal: teve o apartamento incendiado e havia batido o carro. Mas ele se superou como poucos em quadra e, apesar de alguns erros na escolha do levantamento, fez dois belos bloqueios simples no ponta Renato do Cimed. Também brilharam o meio de rede Marc, o ponta Renato e o oposto De Paula e o líbero Alan. Mesmo Marcelão, Pedrinho, Gaúcho e Hister estiveram bem dentro do conjunto coeso orientado pelo Chiquita. E faltam duas vitórias para consolidar a classificação aos playoffs. Espero que o torcedor vá nesta sexta-feira ao Moringão com o mesmo entusiasmo de sempre no confronto contra o Blumenau, que promete ser mais um sensacional jogo da Superliga 2010/11. Se em quadra o time está correspondendo, restar esperar que os dirigentes sigam o exemplo e tratem de cumprir o acordo financeiro com os jogadores.

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

FUTEBOL MAIS TRISTE

     O futebol ficou mais triste esta semana. A aposentadoria do atacante Ronaldo não pode ser chamada de precoce, mas com certeza deixa o mundo futebolístico mais pobre. Claro, dirão os mais críticos, que Ronaldo já deixara de ser o "Fenômeno" aclamado na Itália há muitos anos. Talvez, já na Copa de 2006 quando mesmo alcançando a marca de maior goleador das Copas com 15 gols fracassou naquele time do apático técnico Carlos Alberto Parreira. Brilhou em um ou outro jogo do Corinthians, ficou outro tanto de fora mas o seu carisma era capaz de atrair a torcida ao estádio. Fora de campo, ampliou os contratos publicitários do Timão que sem ele o time de Parque São Jorge dificilmente os teria. Golpeado por contusões e pela crítica - muitas delas até merecidas em razão de suas noitadas desastradas, como aquela dos travestis no Rio (lembram?) -, Ronaldo sempre foi cortez nas respostas. Mesmo no discurso de despedida na última segunda-feira, não atirou para todos os lados como faria e fez Romário em toda a sua carreira. Só não colou aquela história do hipotiroidismo como os médicos consultados pela imprensa o desmentiram em referência ao aumento de peso e de que o remédio para combater a doença seria considerado doping. E, pelo que já vimos na imprensa, Ronaldo não se desligará facilmente do futebol. Se Pelé até hoje ainda fatura com o marketing, imaginem Ronaldo que já tem contrato vitalício com o Nike e aparece em um sem-número de anúncios? E já se pode antever um namoro da Rede Globo para que o Fenômeno passe a integrar o staff de comentaristas da emissora. Ronaldo deixa um grande legado para o futebol, sem dúvida, e um vazio no ataque da seleção. Aliás, após a saída de cena de Romário e Ronaldo, o Brasil ainda não encontrou um atacante à altura. Tem somente o Luis Fabiano, menos técnico que os dois. Outros testados ainda estão a anos luz da dupla Ro-Ro. E até 2014 dificilmente surgirá alguém assim tão espetacular, um fora de série como eram Romário e Ronaldo. Só espera-se que a CBF reconheça o talento de Ronaldo e promova um jogo de despedida à altura do Fenômeno. 
    

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

BRASIL PEQUENO

       Pior que a derrota de ontem no amistoso para a França, foi a maneira covarde como o técnico Mano Menezes dispôs a seleção brasileira em campo após a expulsão de Hernanes no primeiro tempo. Perder faz parte do jogo, mas empurrar o time para a defesa e ficar assistindo aos franceses tocarem passes foi demais. O 1 a 0 foi até pouco, não fossem as boas defesas do goleiro Julio Cesar. O gol saiu do lado mais fraco da defesa, o esquerdo, por onde joga André Santos que, novamente, mostrou que não é jogador de seleção. Quando Mano vai enxergar isso? Em julho durante a Copa América, na Argentina? Aí , será tarde. É hora de escalar o Marcelo, do Real Madrid, e buscar novas soluções para o setor. André Santos não dá mais. Mais a seleção teve outras decepções em campo como Elias, Renato Augusto, Robinho e Pato que, mesmo jogando tão pouco, tem tido espaço na equipe. Bem, era um amistoso é  verdade, mas o time mostrou outra vez que parece tremer ou respeitar demais a França. Que tabu é esse para uma seleção nem tão forte assim? É preciso jogar com mais coragem. Resgatar o futebol brasileiro em sua essência e buscar o ataque sem medo de perder. Ontem, em Paris, o Brasil jogou como time pequeno. E, quem almeja grandes conquistas, não pode abrir mão do arrojo sob pena de naufragar no meio do caminho.

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

RAÇA, AMOR E PAIXÃO!

      2011 não poderia ter começado melhor para o torcedor rubro-negro, em especial, que vive no Norte do Paraná e em Londrina. Por duas semanas, Londrina se tornou reduto rubro-negro com a vinda do Flamengo para a pré-temporada de treinos no CT da SM Sports - atual parceira do Tubarão. A presença do Fla foi marcante. O clube carioca não só treinou como fez dois amistosos no Estádio do Café. Quase no final dos treinamentos veio a grande notícia da contratação de Ronaldinho Gaúcho que deixou a badalação no Rio de Janeiro e veio a Londrina, se incorporou à delegação rubro-negra e treinou no belo CT da SM. Londrina, então, virou foco do noticiário esportivo nacional. E, depois de 2010 tenebroso, quando o futebol da cidade foi jogado às traças e desmotivado o torcedor alviceleste, janeiro reavivou o gosto pelo futebol. O Estádio do Café não superlotou, como esperavam os organizadores, porém é bom lembrar que eram dois amistosos. O primeiro deles contra o Iraty, que usou a camisa do LEC como forma de ir reconquistando o decepcionado torcedor londrinense, e levou pouco mais de dez mil torcedores - a maioria surpreendemente rubro-negra. Já no segundo diante do América-MG, 18 mil torcedores (um bom público sim se considerarmos o nsol escandante e a transmissão ao vivo da partida para a cidade). O Iraty obteve um ótimo empate (0 a 0) e esteve perto da vitória se o goleiro Felipe não tivesse defendido um pênalti. E o Fla, para alegria de sua imensa torcida, ganhou do América po 2 a 1 no segundo jogo em que a rampa de acesso ao Estádio do Café virou um imenso mar rubro-negro. Os flamenguistas de Londrina e região ávidos por gritar e entoar os tradicionais cânticos dos torcedores rubro-negros cariocas. E a torcida deu um belo show nas arquibancadas. Só faltou melhor organização para que Ronaldinho Gaúcho - protegido tal qual um pop star da música - pudesse ir até o gramado e agradecer o enorme carinho da torcida. Cercado por enormes seguranças do Fla e guardas municipais de Londrina, Ronaldinho acenou para a torcida das sociais do Café, num gesto que lembrava até Michael Jackson quando se aventurava a passar perto de seus fãs. Foram jogos de bom nível técnico, claro ainda em início de temporada e com a maioria dos jogadores sem ritmo - pior ainda o atacante rubro-negro David. Enfim, 2011 começou mostrando que Londrina pode voltar a respirar bom futebol a partir de maio quando Iraty passa a defender o LEC na Segundona do Paraná. E que outros times venham à cidade para sua pré-temporada.