sexta-feira, 11 de junho de 2010

A SELEÇÃO DE DUNGA

     A quatro dias da estreia da seleção brasileira na Copa do Mudno, a expectativa é pela recuperação do goleiro Júlio César. Pelos relatos vindos da África do Sul, o goleiro já está recuperado do problema lombar e deve ser o camisa um na terça-feira contra a Coreia do Norte. Bem, pela qualidade do adversário, até o Doni poderia estar no gol. Definitivamente, não há o que temer nesta estréia brasileira. A Coreia é uma das muitas seleções que farão figuração neste Mundial. Desde que a Fifa inflacionou a fase final da Copa com 32 seleções, há sempre seleções de fraco nível técnico e um sem-número de jogos pouco atrativos. Voltando à seleção do Dunga, como o treinador mesmo aludiu numa coletiva semana passada, as paradas indigestas virão a seguir: Costa do Marfim, que tenta recuperar seu principal jogador (Drogba), e Portugal, do badalado Cristiano Ronaldo. Nesta Copa, apesar do sempre ufanismo exagerado da Rede Globo, não há um oba-oba sobre o time do Brasil. Sem Adriano e Ronaldo Gaúcho, estrelas que fracassaram no Mundial de 2006, sobraram Robinho e Kaká, que ainda luta para recuperar seu bom futebol após seguidas contusões. É em Kaká que se deposita toda a confiança de uma boa primeira fase sem sustos. Se o meia do Real Madrid conseguir recuperar sua performance de Milan e São Paulo - e da própria seleção -, o Brasil deverá alcançar a primeira posição da chave. O resto é torcer para que Felipe Melo não perca a cabeça com faltas violentas e desnecessária e, que na frente, Robinho e Luis Fabiano detonem as defesas adversárias.

COPA DE SEGUNDA

      O início da Copa do Mundo da África do Sul não foi nada animador. Quem assistiu ao modorrento empate entre Uruguai e França ficou assustado com a fraqueza técnica do Grupo A do Mundial. E nem o empate de um gol entre a anfitriã África do Sul e México, mesmo mais movimentado e veloz, salvou a chave. E para o meu azar, errei meus dois palpites no bolão que estou participando na Folha. Olha que apostei que México e França sairiam na frente e seriam os dois classificados do grupo. Mas após a rodada não estou botando tanta fé assim na França e até mesmo no México que merecia ter sido derrotado pelos sul africanos.
     Vamos aguardar a rodada de amanhã com Nigéria e Argentina e Coréia e Grécia. Quem sabe, Messi mostre seu talento e a bola seja tratada com a maestria que merece. Caso não, estaremos perto de assistir a uma Copa de Segunda categoria.

BRINCANDO COM O FUTEBOL

     Nem o mais pessimista do torcedor do Londrina imaginava que disputar a Segundona do Paraná fosse tão dramática como está sendo. Em seis jogos, o Tubarão conseguiu apenas míseros seis pontos. Um por jogo. Apenas um terço dos 18 disputados. Está a 8 pontos do líder Foz do Iguaçu e a 7 pontos do segundo colocado Campo Mourão. A enganosa goleada sobre o Pato Branco na segunda rodada deu a falsa impressão de que o time evoluiria no decorrer da competição. Os dirigentes postiços prometeram reforços - falou-se até no veterano Fábio Augusto, ex-Flamengo e Corinthians -, mas os que chegaram não inspiram confiança. Os atuais cartolas do LEC, escolhidos pelo interventor da Justiça do Trabalho, Rubens Moretti, parecem estar brincando com futebol e com o sentimento de um torcida por demais sofrida. É hora de cobrança, antes que ao invés da vaga à segunda fase do campeonato se transforme num ainda mais humilhante rebaixamento à Terceirona, aí sim seria o fim do já combalido Tubarão. O interventor deve acordar, dar uma satisfação ao torcedor e à imprensa e cobrar do Grupo Universe o tal investimento prometido de só na Copa do Brasil injetar R$ 400 mil. Pelo futebol mostrado até agora - 2 jogos da Copa do Brasil e 6 da Segundona, com uma mísera vitória -, é de se duvidar que tal dinheiro tenha sido aplicado. Se foi, mostra que esse pessoal não é do ramo e deve cair fora do Londrina. E urgente, para o bem da cidade que o time representa e dos ainda poucos fiéis torcedores que dão a cara a tapa no Estádio do Café.