sexta-feira, 29 de julho de 2011

JOGO DO ANO

      Por incrível que pareça não assisti por completo o que vem sendo chamado de o jogo do ano: Santos 4 x Flamengo 5. Bem que comecei assistindo à partida na única transmissão disponível, a TV Bandeirantes. Suportei os 20 minutos iniciais em que o Santos abriu vantagem de 3 a 0 sob erros grotescos da defesa do Mengão. O ataque rubro-negro até então tinha dado quatro chutes ao gol - um deles em que David praticamente se enrolou com a bola e perdeu gol feito. Já desacreditando no poder de reação do Fla, zapeei para o telecine para ver o ótimo desenho "Como treinar um dragão". Naquele momento de revés, o filme era o melhor dos mundos. Só fiquei sabendo da reação de Ronaldinho Gaúcho & cia no intervalo do jogo. Então, voltei a assisitir ao início do segundo tempo do jogo na Vila Belmiro. Para meu azar, logo aos 5 minutos o endiabrado Neymar tascou logo o quarto gol do Peixe. Pensei, é não vai ser hoje que o Mengo vai vencer no litoral paulista. Afinal, em toda a história o Flamengo venceu o Santos uma única vez no reduto que revelou Pelé, em 2009 sob a batuta do técnico Andrade. Voltei ao filme que já estava acabando. Quando mudei de novo para o jogo, Fla e Santos empatavam 4 a 4. Foi então que Tiago Neves arrancou e deixou Ronaldinho na cara do gol. O meia-atacante do Fla, com categoria, tocou no canto marcando o quinto gol carioca. O Mengão ainda criou mais duas chances com Tiago Neves e Léo Moura. O Santos tentou pressionar sem sucesso. Desse incrível jogão de 9 gols devo ter visto uns 40 minutos, pouco né, porém o suficiente para aplaudir a ousadia e destemor de dois times que se entregaram em busca do gol. Só discordo de uma fala do técnico Muricy para explicar como seu time vencendo por 3 a 0 cedeu à reação rubro-negra. Ele atribuiu os gols do Fla às falhas excessivas da defesa santista. Ora, e a defesa do Mengo não falhou não? Se não houvesse falhas quase não haveria gols no futebol ou pontos no vôlei ou no basquete. Há sim é que se exaltar o brilho e o talento dos craques, tão em falta hoje dia. Na noite em que Neymar brilhou - ah, porque não jogou assim na Copa América? - Ronaldinho Gaúcho mostrou para os críticos que pode sim jogar em alto rendimento. Que a noite de bom futebol na Vila Belmiro inspire outras equipes e outros técnicos a redescobrir o prazer de jogar e assistir ao bom futebol. Xô retranca, xô Parreira, Zagallo, Lazaroni.....