domingo, 23 de maio de 2010

FEDERAÇÃO MADASTRA

     Já passou da hora de algum dirigente londrinense tomar uma medida mais radical contra a Federação Paranaense de Futebol em relação à polêmica interdição do Estádio do Café. Nada justifica a não realização de jogos no local. O tal muro - das discórdia - construído ao redor das arquibancadas separando estádio do autódromo tirou um dos atrativos do local. Afinal, não raro, o torcedor podia ver lá do alto tanto o jogo do LEC quanto algumas corridas disputadas no autódromo realizadas no mesmo horário. Outro detalhe que ninguém comentou é quanto à brisa agradável que soprava - é soprava, agora não mais em razão do estúpido paredão de 3 metros que está sendo finalizado sem qualquer constestação por parte do município, um gasto pra lá de desnecessário (poderiam ter investido este dinheiro na reforma das cadeiras cativas, num placar eletrônico, etc.) - do autódromo em direção ao estádio, aliviando as tardes quentes do verão londrinense e dando um refresco ao torcedor. Será que o alambrado que estava ali não era suficiente para deter "invasores"? É só lembrar que há um outro alambrado entre o barranco do estádio e o autódromo. Enfim, uma estupidez sem tamanho foi cometida sem contestação, argumentação. Por que, então, não construir o tal muro na base do barranco com o autódromo? Não, engolimos as imposições da Federação, da PM e dos Bombeiros. E, para consagrar o crime contra o torcedor londrinense, na quinta-feira houve toda aquela confusão sobre a falta de laudos técnicos para que o jogo desta tarde entre Londrina e Portuguesa fosse disputado no Café. É quando se tem uma Federação madastra, que não olha para os federados do interior e faz exigências distintas para os clubes da Segundona do Paraná, nos deparamos com episódios absurdos e fora do hora. E assim penaliza-se LEC e Lusa obrigando-os a jogar a quase 200 quilômetros de distância de Londrina. E os clubes nada fazem, não prostestam, não negociam o jogo, por exemplo, em Rolândia - tão pertinho -, que afinal recebeu partidas da Divisão Especial. Ué, o Estádio Erick Georg foi interditado também?  A Federação pune os clubes locais sem que o Estádio do Café tivesse sido palco de alguma tragédia como aquela do Couto Pereira em 2009.  De tudo isto, fica a constação da perda de representação esportiva e política da terceira cidade do Sul do País, porque futebol já perdemos a referência faz tempo.