segunda-feira, 21 de setembro de 2009

A PERSISTENTE DONA ZENAIDE

Enquanto a Sema (Secretaria do Meio Ambiente) patina para cuidar do verde de Londrina, a simpática dona Zenaide continua seu trabalho de formiguinha de arborização do Lago Igapó. Após vê-la por duas ou três vezes com um balde a tiracolo para pegar água do Igapó e assim regar as mudinhas que ela plantou em quase toda a extensão do lago no ano passado, na última segunda-feira (25/2) eu a vi de novo executando a tarefa habitual. A novidade desta vez foi uma garrafinha d'água para que ela pudesse se rehidratar no calorento verão londrinense. O curioso foi ouvir de duas senhoras que lá caminhavam o seguinte comentário: "Japonês tem mão boa, né".

Infelizmente, esse é um pensamento da maioria das pessoas. O que dona Zenaide faz pode e deve ser feito por qualquer um de nós. Não tem essa história de "dedo verde", um suposto dom que determinadas pessoas teriam para dar vida a qualquer planta. O que a simpática dona Zenaide tem é um amor à natureza e um "dom cultural" próprio do japonês que se preocupa com o bem-estar e o verde tem um papel fundamental nisso. Tivesse a Sema a mesma dedicação de dona Zenaide, Londrina seria mais arborizada e nós não sofreríamos com as ondas de calor que tomam conta de nossas ruas.


A cidade - por que não o mundo - precisa de mais voluntários como dona Zenaide. Só assim o homem poderá, em parte, se redimir do grande mal que tem feito à natureza.

(obs: publicado em 26/2/2008 no lives.space)

A DÚVIDA SHAKESPEAREANA DO LONDRINA

Entra ano sai ano e o torcedor do Londrina continua ouvindo a tal cantilena: é melhor jogar no Estádio do Café ou no VGD? A discussão é interminável. Claro, quando o time é medíocre não adianta querer jogar no Café para três mil almas - e olha lá!. Agora, se o time é bom e corresponde em campo a torcida merece um lugar mais confortável como o Café. Com este time de 2009 o negócio é jogar mesmo no VGD. Mas antes de anunciar o jogo para o Vitorino, a diretoria - quer dizer, o presidente Peter Silva, que parece ser o único dirigente (?) no clube - tem que deixar o estádio nos trinques. Não adianta fazer gambiarra. No século 21, é preciso ter um local de jogo com condições mais dignas. É engraçado o que ocorre com os estádios londrinenses. Basta alguns meses de inatividade e pronto: há roubo e depredações das praças esportivas. Café e VGD vivem passando por reformas - claro que nada muito amplo - e nunca estão em perfeitas condições. Ambos os estádios deixam a desejar nas condições de sanitários aos torcedores. Ficando só na parte do gramado, o do Café está sempre horrível. Este é um item importante que a Federação Paranaense deveria exigir três ou quatro meses antes do Estadual. Não dá pra exigir bom futebol e toque de bola em gramado que a bola não rola, mas pula em razão dos vários buracos. Quem vê o Paulistão pela TV percebe a nítida preocupação com os gramados. O do Barueri é um tapete. O dos grandes clubes dispensa comentários, já que os cartolas perceberam que bom futebol só se joga em bons gramados. Bem, fechando na questão da dúvida shakespeareana do LEC, fez bem a Federação em vetar o jogo deste domingo de Carnaval contra o Nacional no VGD. Se o Peter Silva quer jogos no VGD, primeiro ele deve arrumar o estádio e deixá-lo em condições de jogo para o time e o torcedor. Essa encenação do meio de semana foi mais uma jogada do cartola do LEC que parece desconhecer a palavra transparência. Mais uma vez ele atropelou o processo de vistoria do VGD e deu no que deu. Que isto sirva de lição. Mas que será que cartola deste naipe aprende?

(Obs: texto publicado em 20/2/2009 no claudemirscalone.spaces.live.com/blog)