segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

QUE TUBARÃO É ESSE?

     Confesso que ainda não entendi a estratégia do grupo Universe, gestor do Londrina pelos próximos três anos no mínimo (bem, se aguentarem o tranco), de manter o time treinando em Campo Mourão sem ao menos apresentá-lo ao torcedor. Nem que fosse um "desfile" de encontro com a torcida no Calçadão, por exemplo, já que na cidade não há estádio liberado para jogos. Nesta quarta, o time que estreia na Copa do Brasil contra o Uberaba, no Triângulo Mineiro, é uma tremenda incógnita. Ouvimos apenas relatos de alguns radialistas que foram assistir aos jogos-treinos contra Engenheiro Beltão e Cianorte e, pelo jeito, é um time frágil. Resta torcer para que consiga ao menos um empate em Minas para ainda lutar pela vaga à segunda fase da competição.

    O que não dá pra entender é o veto da Federação Paranaense de Futebol ao Estádio do Café. Exigir muro entre o estádio e o autódromo pra quê? Se é pra evitar evasão de renda pode esquecer, porque a torcida do LEC está desmobilizada e desmotivada. Só mesmo um grande jogo - aí sonhando em eliminar o Uberaba e pega o Fluminense na sequência - seria capaz de reanimá-la. Outra incoerência é a má vontade da Prefeitura de Londrina e da própria Fundação de Esportes do município em não atender às exigências da FPF para liberar o Café para o jogo de volta contra o Uberaba, em março. Com tanta gente remando contra o time, parece que o torcedor do Tubarão continuará com sua sina sofredora em 2010.

VITÓRIA SEM SEGREDO

     E, no final das contas, a vitória da Unidos da Tijuca no Carnaval Carioca não foi segredo pra ninguém. A tradicional escola com mais de 70 anos fez bonito na Sapucaí e, com justiça, arrebatou o caneco. Fez uma apresentação impecável. Da sua comissão de frente - que conquistou o público de cara com uma mágica incrível de troca de roupa de seis mulheres - aos carros alegóricos - com direito a uma grande rampa de esqui para Batmen que na sequência virava uma grande parede de escalada para Homens-aranhas. O carnavalesco Paulo Barros deu show de criatividade e conseguiu fazer um desfile harmônico como há muito não se via. Como salgueirense - mas não só por isso -, não concordei com o quinto lugar. O Salgueiro deveria estar entre as três primeiras. A Vila Isabel, apesar do belo samba do Martinho da Vila, não fez um desfile harmônico. A Imperatriz fez um desfile melhor e ficou lá atrás. Enfim, não dá pra saber o que vai na cabeça dos jurados. O mesmo pode ser dito da Beija-Flor que não se apresentou no seu melhor estilo e isso não tem nada a ver com o enredo patrocinado pelo governo do Distrito Federal, cujo governador está preso por corrupção. A vitória da Tijuca serviu pra mostrar que sempre há o que renovar no desfile das escolas sem desvirtuar o samba. Foi um desfile nota dez.