sexta-feira, 11 de setembro de 2009

SOFRIMENTO DESNECESSÁRIO

O Brasil sofreu sem necessidade na partida diante do Chile. O técnico Dunga só se livrou de um fiasco diante dos chilenos após corrigir a escalação da equipe no segundo tempo, logo após sofrer o gol de empate (2 a 2). Ficou claro, nessa partida, que Júlio Batista - apesar do gol marcado - não pode ser jogador do meio-campo. Dunga poderia teriniciado a partida com o Sandro e o Daniel como meias ou mesmo ter escalado Diego Souza ou Cleiton Xavier na posição ocupada por Batista. Não o fez por fidelidade ao chamado grupo. Quando Felipe fez aquela bobagem - será que não merecia um puxão de orelhas da CBF e da comissão técnica? - ao agredir o jogador chileno e ser expulso, Dunga foi forçado a corrigir o erro na escalação. Melhor para a torcida e para a seleção que puderam ver Nilmar desencantar - marcou três gols - e ficar perto de carimbar seu passaporte para Copa 2010. No final, vitória justa do Brasil por 4 a 2 diante de um Chile apenas regular.
Destaque para o lateral Daniel Alves - como joga com vontade e sempre em direção ao gol - quase incansável e autor de dois passes para gols brasileiros. O goleiro Júlio Cesar também mostrou eficiência quando chamado. O mesmo com Luisão na zaga e até mesmo o limitado Gilberto Silva. Adriano mostrou que está longe da melhor forma e, por isso, mesmo tem jogar muito no Flamengo para voltar à seleção. Ruins mesmo foram o fraco lateral-esquerdo André Santos e o volante Felipe, displiscente e violento. Agora, Dunga tem a missão de encontrar substitutos à altura para Kaká e Robinho. Nilmar parece respondeu ao chamado. Resta, então, o treinador dar uma chance aos jogadores que atuam no País, como Diego Souza e o Cleiton Xavier. Ah, claro, encontrar um lateral-esquerdo ou improvisar o Daniel Alves que, mesmo em posição trocada, joga muito mais que André Santos.

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

VALEU SELEÇÃO

E parece que o técnico Dunga passou definitivamente no teste como comandante da seleção brasileira. A sólida vitória diante da Argentina, sábado, em Rosário, não só selou a passagem do Brasil para a Copa de 2010 na África do Sul como também marcou a entrada do carrancudo treinador brasileiro no rol do futebol nacional. Claro que ser treinador de uma seleção parece ser mais fácil do que de um time de expressão e pressão dos torcedores de times como Flamengo e Corinthians, mas não deixa de ser um mérito de Dunga a forma como cada jogador se dedica atualmente na seleção. Dá gosto ver o time não se omitir em campo, em comparação com a última Copa por exemplo.

E Dunga nem precisa ter se indisposto com jornalistas brasileiros, como o fez em Rosário e também em Salvador. Ele parece ter encarnado o pior lado do Zagalo. O velho treinador parecia sempre pronto para atirar a qualquer pergunta que não lhe agradava. Curioso que esse tipo de técnico só gosto da pergunta tipo vôlei: o repórter levanta a bola e o cara corta, diz uma porção de coisas que os fatos desmentem. A continuar assim, Dunga deveria ganhar apelido de um outro anão, o Zangalo. Até dá rima né, Zagalo e Zangado. Assim, Dunga vai seguindo a escola do veterano treinador. Não havia motivo algum para ele se irritar com a pergunta sobre a bisonha falha argentina no gol do zagueiro Luizão. É só ver o replay do lance: dois argentinos se preocupam com Lúcio, mais baixo, e deixam o grandalhão Luizão livre para marcar.

Se recordarmos como foi o jogo, veremos que a Argentina ocupou o campo brasileiro e a seleção não conseguia tocar bola no meio-campo nem avançar ao ataque. O Brasil, na verdade, não fez um primor de partida pelo lado técnico. Fez sim, sem sombra de dúvida, um jogo coletivo com um espírito de luta invejável. Aí reside o mérito de Dunga. Quando tomamos o gol argentino as coisas poderiam ter se complicado, mas aí surgiu o talento de Kaká e o oportunismo de Luiz Fabiano para aplacar qualquer reação argentina. Os 3 a 1, em solo argentino, foram muito saborosos. Vamos esperar o jogo de quarta contra o Chile e ver como Dunga vai se virar para furar retranca chilena. Tomara venha outro vitória, apesar dos cinco desfalques.