sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

ADEUS 2010

     E logo mais, daqui  a quatro horas, 2010 vai embora. E o que dizer do ano no campo esportivo, por exemplo? Bem, no geral para quem curte o futebol foi mal. Afinal, em ano de Copa do Mundo o Brasil de Dunga e Jorginho caiu nas quartas-de-final para uma não tão inspirada Holanda. Não era a Laranja Mecânica de Cruyf tampouco o timaço de Van Basten e Gullit, não é mesmo? Numa Copa de muita transpiração e pouca inspiração, a Seleção Brasileira deveria por obrigação ter ido à final. Não foi. Deu Espanha com todos os méritos. 
    Em termos nacionais, o grande destaque ficou para o Santos de Neymar. Talento de fato, polêmico e atrevido o meia-atacante santista foi destaque do ano. Levou o Peixe ao título do Paulistão e da Copa do Brasil e, no Brasileirão, sem o comando de Dorival Júnior - demitido do cargo justamente pelo entrevero com o craque santista - o time da Baixada Santista jogou para o gasto. Nos cem anos do Timão, a fiel ficou no quase. Não deu no carnaval paulista - para piorar a Gaviões foi rebaixada, nem na Copa São Paulo e daí em diante foi só traço no Paulistão, na Libertadores - eliminado pelo Flamengo - e o terceiro lugar no Brasileirão. O São Paulo, sem Muricy Ramalho, mostrou-se enfraquecido. O Palmeiras, com Felipão e com Valdivia de volta, não decolou.
     Outro destaque foi o Fluminense. Mal no Carioca, porém campeão do Brasileirão com destaque para o meia argentino Conca. O Botafogo finalmente ganhou um título, o Carioca. O Vasco foi razoável. E o pior mesmo foi o clube de maior torcida no Brasil, o Flamengo: perdeu o Carioca que vinha conquistando com relativa facilidade e namorou com o rebaixamento para a Série B em grande parte do Brasileirão - ano para riscar da história, né. A grande lambança ficou com a CBF que reconheceu como título nacional torneios como Ta ça de Prata e o Roberto Gomes Pedrosa disputados na década de 1960, o colocou Santos e Palmeiras na liderança do ranking de maiores campeões nacionais com 8 títulos, desbancando São Paulo e Flamengo, que têm seis títulos cada. Para piorar, seu Ricardo Teixeira preferiu reconhecer o Sport campeão de 1987 e não o Flamengo, campeão da Copa União. Ridículo, pois Sport jogou com equipes de menor expressão, enquanto o Rubro-negro carioca superou os 20 maiores clubes da época. E, então, por que a CBF não dá o mesmo valor à Copa do Brasil que reúne clubes de Norte a Sul do País?
    No Paraná, o Londrina viveu o ano mais terrível de sua história de 54 anos de vida. Se em 2000, na mão de um grupo de empresários pés-de-chinelo o Tubarão fez traço no módulo amarelo da Copa João Havelange, em 2010 o clube esteve perto da extinção total. Sob intervenção da Justiça Trabalhista desde 2009, o Londrina foi muito mal administrado pelo Grupo Universe: foi mal na Copa do Brasil (eliminado pelo Uberaba) e na Segunda Divisão do Paraná quase caiu para a terceirona. Com a afastamento do Universe, a Justiça abriu a possibilidade de o empresário Sergio Maluceli, dono do Iraty, terceirizar o departamento de futebol do Tubarão. Após uma interminável novela entre Maluceli e um grupo de conselheiros do clube, houve uma eleição pacificada que garantiu um nome ligado ao empresário à diretoria executiva do LEC, o empresário Claudio Canuto. E o torcedor londrinense fechou 2010 com promessa de boas notícias para 2011: dia 9 de janeiro, o Iraty que representará o LEC na Segundona faz amistoso contra o Flamengo que fará sua pré-temporada no CT de Sergio Maluceli na zona sul de Londrina (no antigo clube Horto Tropical comprado pelo empresário e transformado num centro de treinamento). E espera-se nova vida para o renovado Londrina no próximo ano.
     No esporte em geral, mais uma vez a seleção brasileira de vôlei masculino fez história sob o comando do técnico Bernardinho com os títulos da Liga Mundial e do Mundial. O time feminino, do técnico Zé Roberto, ficou devendo e perdeu o Mundial para a Rússia. O basquete ainda luta para se reestruturar - em Londrina, por exemplo, o time perdeu local perdeu o incentivo da Prefeitura. 
     Destaque mesmo os esportes individuais como a natação com Cesar Cielo despontando entre vários nadadores que conquistaram medalhas de ouro nas etapas do mundial da modalidade. E para fechar 2010, principalmente para quem curte uma corrida ao ar livre, o brasiliense Marilson da Silva desbancou os quenianos e conquistou a tradicional corrida de São Silvestre disputada nesta sexta-feira, 31 de dezembro, derradeiro dia de 2010. Agora, é esperar que 2011 seja repleto de boas notícias e conquistas para todos os esportes nacionais que lutam com muito sacrifício para se manter no topo. Em nível local, a expectativa é para ver de perto o novo Tubarão com sua tradicional camisa azul e branca. E o aperitivo é daqui pouco mais de uma semana. Dia 9 de janeiro, 16 horas, no Estádio do Café, contra o Flamengo. Coração dividido, na certa. Feliz 2011 para quem curtiu este blog ao longo de 2010, apesar da falta de periodicidade. Fica a promessa de renovar os comentários desabafo desse jornalista torcedor do LEC e do Mengão. Abraços!
       















segunda-feira, 29 de novembro de 2010

FLAMENGO: UM ANO PARA ESQUECER!

       2010 é ano para ser riscado na história do Flamengo. Depois de um 2009 sensacional que culminou com o título do Brasileirão - o sexto na galeria do Rubro-negro carioca -, este ano definitivamente é para ser apagado, mas não esquecido. Foi ano de seca de títulos - nem o Carioca que o Flamengo vinha conquistando seguidamente veio desta vez - que culminou com a ridícula campanha no Campeonato Brasileiro. Com três treinadores - Rogério Lourenço, Silas Vanderlei Luxemburgo - o clube ganhou em 37 partidas apenas 9. Ridículo! E o pior: só foi salvo da ameaça de ser rebaixado na última rodada após Atlético-GO e Vitória empatarem diante de São Paulo e Inter. Luxemburgo, que no início da carreira era tão decantado, nada fez para melhorar o time. Conseguiu piorar o meio-de-campo rubro-negro com uma série de mudanças. Uma delas, pouco relatada pelos comentaristas, foi o enfraquecimento do lado direito do time quando Léo Moura e Willians criavam boas jogadas pelo setor. O concentrar o volante no meio-campo apenas com marcador, matou uma boa arma ofensiva do Fla.  Não entende-se também o sumiço do volante Toró, importante jogador em 2009. Sem ele, faltou a cobertura necessária para a zaga e os laterais. Enfim, Luxa precisa se reciclar e apontar reforços melhores ao time, pois David e Diogo mostraram ser apostas sofríveis. De bom, a reveleção de Diego Maurício, um atacante que não desiste da jogada e incomoda muito os defensores. Restando o jogo contra o Santos no domingo, a torcida aguarda agora que 2011 seja quilômetros melhor do que 2010, um ano para esquecer e tirar lições para que a pífia temporada não se repita. Jamais!

UFA, AGORA VAI?

      Finalmente, parece que a paz está selada no Londrina. Após as ameaças e críticas - pressão de fato - o empresário Sergio Malucelii e - pasmem! - até do prefeito Barbosa Neto contra o bate-chapa na eleição do clube, houve a fusão dos grupos na última quinta-feira culminando com a tranquila e previsiva eleição de Claudio Canuto à presidência do Tubarão. O vice é Getúlio Castilho, nome que encabeçava a chapa do Conselho de Representantes do clube. E depois de um  início de ano tenebroso e sombrio, o torcedor Alviceleste respira aliviado com as boas perspectivas para 2011. O LEC fecha o ano com um presidente eleito, com um parceiro no futebol - a SM Sports de Sergio Malucelli -, com promessas de recuperação do Estádio VGD para a Segundona do Paraná e com um amistoso do Iraty/Londrina contra o Flamengo em janeiro no Estádio do Café (o time carioca deve fazer sua pré-temporada no Centro de Treinamentos da SM Sports na zona sul de Londrina). Enfim, se nada de incomum surgir, a torcida pode esperar um ano promissor para o Tubarão e, se nada de extraordinário surgir no meio do caminho, a tão decantada parceria com a SM tem tudo para dar certo.

domingo, 14 de novembro de 2010

FALTOU A FOFÃO!

      E mais uma vez a seleção brasileira de vôlei feminino caiu numa final de mundial diante das russas. E o diferencial da decisão deste domingo o Japão não foi a gigante Gamova. Lamentavelmente faltou uma levantadora de nível para o Brasil. Com Fofão já aposentada, o técnico Zé Roberto ainda não encontrou alguém capaz de distribuir o jogo com a categoria de Fofão, última titular absoluta da posição. Como o treinador parece não apostar mais em Dani Lins, vem insistindo na jovem Fabíola. Porém, a atual titular na equipe mostrou não ter maturidade suficiente ainda para ler o jogo adversário e próprio time brasileiro. Pesa ainda o fato da ausência de Paula Pequeno e de Mari, mas mesmo assim a equipe mostrou em dois sets que poderia ter vencido não fosse a má distribuição das bolas em alguns momentos em que a Rússia começou a abrir vantagens nos sets nos quais venceu. Fica a lição de casa para o Zé Roberto: encontrar uma levantadora ao nível de nossos atacantes. Quem sabe não valia a pena insistir na jovem Ana Tieme.

FIO DE ESPERANÇA

      Terminada a novela entre o Londrina e a SM Sports, claro a confirmação da parceria pelos próximos 10 anos, fica a expectativa quanto ao sucesso tanto para o clube quanto para os empresários. Claro que ninguém seria louco de apostar seu dinheiro sem obter retorno, leia-se lucro. E o Londrina mostrou, quando na ativa, ser uma boa fonte de lucro para quem ficou à sua frente. O mal foram administrações sem transparência com negócios escusos, deixando um sem-número de credores para o clube e uma enorme dívida que nem mesmo a venda da sede campestre será capaz de quitá-la. Parar o torcedor órfão de futebol, o jeito é esperar mais seis meses para ver se o time do Irati na roupagem do Tubarão será capaz de dar alegria aos londrinenses e levar o time de volta à divisão de elite do Campeonato Paranaense, única magra meta para um clube que já namorou com a Série A do Brasileirão e hoje amarga o ostracismo.

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

CAMPANHA ARRASTADA

      Campeão em 2009, o torcedor do Flamengo não espera ver o clube fazer uma campanha tão arrastada no Brasileirão 2010. Já em seu terceiro técnico - antes de Luxemburgo, já passaram pela Gávea Rogério Lourenço e o Silas -, o Rubro-negro carioca não consegue uma boa sequência de jogos. Nem mesmo duas vitórias seguidas. Mesmo estando invicto com a gestão de Vanderlei Luxemburgo, o Fla ganha um jogo aqui, empata outro ali e nada de conquistar duas vitórias seguidas. Está com perigosos 39 pontos, apenas 5 acima da zona de rebaixamento. Terá mais seis jogos para somar pelo menos 8 pontos e sair de vez do temor do rebaixamento. É so Luxa não inventar como fez como diante do Corinthians, quando a suposta ousadia de escalar três atacantes - Deivid, Diego Maurício e Diogo - quase rendeu outra derrota ao Mengo. Ao corrigir a escalação no segundo tempo, o treinador deve ter visto a tremenda ca..., bem nem é preciso completar a palavra, que fez e o Flamengo não só equilibrou a partida, como poderia ter saído vencedor. Então, é só Luxa não inventar e escalar um meio campo equilibrado para o time somar os pontos necessários para, talvez, sonhar com uma vaga na Copa Sul-Americana. No mais, o torcedor rubro-negro quer mais é esquecer o ano de 2010.

PRETO NO BRANCO

     Depois de idas e vindas e de uma interminável novela, finalmente foi fechada a parceria entre o Londrina e a SM Sports. Na situação caótica do clube, não restava outra opção que a terceirização do futebol. Claro que o contrato tem que ser bem cercado e analisado para evitar prejuízos ao LEC, mas causou estranhesa a demora e algumas imposições finais feitas por um dos membros do Conselho de Representantes do clube à SM. Quando do acerto com o Grupo Universe, no início do ano nenhum conselheiro sequer contestou ou acompanhou de perto a tragédia administrativa do então parceiro do LEC. Sim, cachorro picado por cobra tem medo até de linguiça já diz o velho ditado, mas não é um exagero exigir uma garantia real da SM quando o clube não tem para contrapor? Se nem sede campestre o LEC tem mais e só pode oferecer o nome, a cidade e os seus poucos fiéis torcedores, não se pode exigir muito mais além do que a SM se dispôs a oferecer no acordo contratual. Toda a renda deste futuro contratado, que ainda não foi assinado, deve ser usada para reestruturar o Londrina dotando-o de uma sede própria com campos de treinamentos e, dentro destes 10 anos de parceria, a formação de suas categorias de base. Só assim o clube poderá, ao final do contrato, caminhar com suas próprias pernas. Isso se a sede campestre for vendida e todas as dívidas trabalhistas forem quitadas. No mais, espera-se a eleição dos novos dirigentes do clube e a formação do conselho para acompanhar - e apoiar - de perto a administração da SM à frente do Londrina. Ah, antes de tudo isto, que finalmente no dia 4 de novembro finalmente esteja tudo "preto no branco", ou seja, a parceria firmada no papel com a tutela da Justiça do Trabalho.

terça-feira, 12 de outubro de 2010

ELEIÇÃO PRESIDENCIAL: SINUCA DE BICO

     Depois de os institutos de pesquisas quebrarem a cara no primeiro turno das eleições 2010, restou ao eleitor brasileiro provar que quem decide mesmo a eleição é ele e na hora do voto. E ao analisar detalhadamente o quadro eleitoral, ou seja, os candidatos que se apresentaram, o eleitor vai percebendo que cada vez mais está difícil de escolher o seu representante. Estamos entre a cruz e a espada na eleição presidencial: se Dilma Rousseff não consegue convencer com seus frágeis discursos, tão pouco a suposta firmeza de José Serra dá garantias de que irá cumprir tantas promessas de espalhar metrôs país afora. E, logo no primeiro debate, já tivemos uma boa dose do que será estas duas semanas pré-segundo turno. Dilma e Serra foram para a guerra literalmente no último domingo. Porém, a petista fez pior no dia seguinte ao editar no seu horário eleitoral apenas os seus ataques sem as respostas do tucano. Ora, está certo que o brasileiro gosta de um debate mais acalorado, mas em pleno século 21 era para os candidatos apresentarem seus programas de governo - e não promessas de tantos milhões de casas ou de aeroportos sem mostrar de onde virão os recursos - e de como será possível aplicá-los na prática. O brasileiro em geral baté o pé no triplé saúde, educação e segurança e os candidatos até repetem o velho discurso de investimento nestes setores, mas peraí se Lula ficou 8 anos no poder e a educação básica ainda não se tornou integral como crer que a sucessora irá cumprir? O mesmo se aplica a Serra, se FHC ficou 8 longos anos no governo e pouco se viu no ensino básico como acreditar que agora haverá investimento? E o que dizer dos hospitais públicos em geral por todo o Brasil? E as nossas frágeis fronteiras paraíso fácil para o tráfico de drogas e armas que vão parar nas mãos de um exército cada vez mais crescente de traficantes dos morros cariocas, favelas paulistas e até de outras capitais? É triste é ver que a cada pleito os candidatos armam seus discursos para conseguir serem eleitos, e mais nada. Falta, infelizmente, plano de governo sólido para acabar com todas essas mazelas e atingir de fato as camadas mais pobres do país.

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

SAI URUCA!

      E, finalmente, o Flamengo deu um leve suspiro no Brasileirão 2010. O 2 a 0 sobre o Atlético Goianense, rival direto na luta contra o rebaixamento, deu ao atual campeão nacional uma folga de cinco pontos dos clubes que estão na zona da degola. Está certo que o time goiano não é nenhum esquadrão, mas para quem não vinha ganhando de ninguém a vitória dá um alívio ao time e torcida. E o time reagiu logo na estreia do falastrão Vanderlei Luxemburgo. Claro que mais experiência e qualidade que os antecessores Rogério Lourenço e Silas, o Luxa tem. O problema é o extracampo e a série de polêmicas levantada ao longo dos últimos anos pelo treinador que já foi apontado como melhor do país. Tão em baixa como o Rubro-negro carioca, Luxa pode entrar numa sinuca de bico se for rebaixado junto com o time. É só lembrar dos seus últimos pífios trabalho - o recente no Atlético Mineiro é exemplar da sucessão de erros do técnico que avança nas funções da direção dos clubes - para perceber o gráfico de baixa de Luxemburgo. Menos mal que iniciou com uma vitória e, mais ainda, os autores dos gols vieram do banco de reservas: Diego Maurício e, pasmem, o criticado Val Baiano, que fez o primeiro gol num momento importante da partida. Para que o Fla entre na linha é preciso que o Luxa se atente para a má fase técnica e física de alguns jogadores, como Ronaldo Angelim, Jean, Renato Abreu e o próprio atacante David, que só devem entrar na equipe em casos de extrema urgência e se não houver outro jogador disponível, inclusive nas categorias de base. O garoto Diego Maurício é um ótimo exemplo. Vai sempre para a reserva e, quando entra, é dá um trabalho danado para as defesas adversárias, além de ajudar na marcação. No mais, os rubro-negros devem se benzer e dizer bem alto: sai uruca!

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

À BEIRA DO ABISMO

      E o Flamengo parece não tomar jeito, mesmo! Com essa campanha rídicula está bem perto de brigar até a última rodada do Brasileirão para não cair para a Série B. A troca de técnico parece não ter resolvido o problema. Claro que o time carece de reforços, mas boa parte do elenco é a mesa que esteve em 2009 quando o Mengo foi campeão brasileiro. Se com Rogério Lourenço, o Fla não fazia gols mas também não tomava tantos gols assim. Com Silas, a defesa virou uma peneira. Já estão falando em mudança de comando. Se for para mudar a hora é agora. Só não concordo com a contratação de Vanderlei Luxemburgo que acaba de sair do Atlético Mineiro, após deixar o Galo em situação calamitosa à beira de mais um vergonhoso descenso. Só espero que o Galinho Zico consiga sair dessa situação, pois há críticos querendo imputar-lhe o fiasco do Flamengo nesta temporada. Ao invés de jogar toda a responsabilidade nele, os tais críticos deveriam levantar a poeira das más gestões que se escondem por baixo do tapete rubro-negro da sede da Gávea.

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

MUITA FUMAÇA, POUCA NOVIDADE

     Como todo londrinense, fiquei curioso para ler a reportagem da revista Veja sobre "A Força das Cidades Médias", na qual Londrina aparece com certo destaque abrindo a série. Comprei a revista e fui conferir o que tanto despertou a atenção dos pés-vermelhos. E confesso que me decepcionei com o conteúdo da reportagem. Não que esperasse ler as nossas velhas mazelas políticas estampadas na revista. Mas pelo menos que houvesse menos oba-boa e mais realidade num veículo que tem profunda repercussão nacional. Em resumo, a "grande novidade" de Veja é que Londrina entrou no rol das metrópoles brasileiras com mais de meio milhão de habitantes. Oras, desde 2009, os londrinenses sabem disto! Por aqui todos também estão carecas de saber da vertilização da cidade, em especial agora na zona sul com os belos edifícios que estão erguidos na Gleba Palhano, além dos condomínios horizontais além do shopping Catuaí. A falha grotesta da reportagem aparece quando diz que a cidade foi planejada - o detalhe é que só no início de sua colonização - e segue o seu "novo" Plano Diretor. Quem mora aqui sabe da falta de planejamento e de saneamento básico até em alguns bairros nobres, que só este ano começaram a ganhar rede de esgoto. O fato de ultrapassar a marca dos 500 mil habitantes não faz Londrina diferente de nenhuma outra metrópole. A periferia da cidade, em pese a grande obra de casas populares e apartamentos na zona norte, está cheia de gente miserável vivendo literalmente da coleta de lixo. A reportagem valeu por mostrar uma bela imagem da cidade, o Lago Igapó 2 com os belos prédios da Palhano, mas falhou ao não citar ao menos a intensa mendicância e o, principal, a violência extrema com assaltos e mortes violentas em Londrina. Afinal, não só de pontos positivos se faz uma reportagem. Os negativos também precisam ser citados.

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

NEM SOMBRA DO CAMPEÃO

     Tem sido uma tortura assistir aos jogos do Flamengo no Brasileirão 2010. O Fla não é nem sombra do campeão de 2009. Claro que o Adriano lá na frente - e até o Vagner Love - faz falta. Mas o restante do time - não dá ainda para contabilizar a real ausência do goleiro Bruno, já que o Lomba tem ido bem - é o mesmo. O time do técnico Rogério Lourenço é um amontoado em campo. Nem as manjadas jogadas pelas laterais com Juan e Leo Moura tem ocorrido. Pet e Renato Abreu não aguentam jogar os 90 minutos e ocupam um setor vital de criação no meio-campo. Sem fôlego e criatividade, não há Val Baiano ou Leandro Amaral que aguentem ficar isolados no ataque. Por falar em gols, o Fla tem a pior artilharia do Brasileiro com apenas 13 gols. É pouco, muito pouco. É hora do Zico e da Patrícia Amorin se mexerem em trocar o comando técnico. Rogério não tem currículo ainda para comandar o Flamengo. Uma mudança agora é altamente recomendável para o time reagir e não continuar tão próximo da zona do rebaixamento. E o pior, ver os rivais cariocas à sua frente, com o Flu disparado na liderança. É hora de reagir.

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

JEITÃO MURICY

     E o técnico Muricy Ramalho parece - claro, ainda é cedo - que vai dar as cartas  no Brasileirão. Como antes à frente do São Paulo, o antes turrão Muricy vai levando o Fluminense à liderança da competição agora com quatro pontos de vantagem sobre o Corinthians. Sim o elenco ajuda o treinador, então, soma-se ao jeito Muricy de trabalhar e taí um time feito para conquistar o caneco. É os palmeirenses lembrarão que o mesmo Muricy quebrou a cara no Verdão em 2009 quando liderava com folga e foi ultrapassado espetacularmente pelo Mengão - campeão com méritos sob a batuta de Petikovic e Adriano. E o pior, o Palmeiras ficou fora até da Libertadores. Só não custa lembrar que o Verdão é vulcão interno entre seus cartolas e isso prejudica o time em campo. O Flu pode ainda não estar com cara de campeão antecipado, mas se continuar abrindo frente sobre os demais concorrentes corre o risco de abocanhar o título bem antes das últimas rodadas do segundo turno. Os demais times, inclusive o vice-líder Corinthians, são irregulares e sujeitos a altos e baixos. Daí a classificação embolada na competição. Agora, o atual campeão Flamengo preciso se cuidar para não namorar com a zona do rebaixamento. O Rubro-negro em nada lembra o time do ano passado e o técnico Rogério ainda não conseguiu definir uma equipe-base. Zico, eterno ídolo rubro-negro, está certo em dotar o time de estrutura com um moderno centro de treinamentos. Porém, precisa cobrar dos dirigentes a contratação de jogadores mais gabaritados. Convenhamos, Val Baiano é jodador de Série B e por isso faz mera figuração no ataque rubro-negro. Será que não há nenhum atacante nas divisões de base do Fla?

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Blog do Claudemir Scalone: FIASCO DO BASQUETE

Blog do Claudemir Scalone: FIASCO DO BASQUETE: " Londrina sempre foi palco de jogos do Nacional de Basquete. Quando a equipe corresponde, é sinal de Moringão cheio. Porém, ultimamente,..."

FIASCO DO BASQUETE

     Londrina sempre foi palco de jogos do Nacional de Basquete. Quando a equipe corresponde, é sinal de Moringão cheio. Porém, ultimamente, foram montados times  capengas e sem qualquer estrutura financeira. Resultado: fiasco em quadra e fora dela. Basta lembrar da temporada 2009/2010 com a ADL deixando os jogadores e comissão técnica na mão sem salários. O técnico Ênio Vecchi até lutou para que o basquete de Londrina continuasse no campeonato do NBB. Ajudou a criar um novo clube, mas como a ADL não abriu mão da vaga em favor da equipe de Ênio, Londrina não vai participar da competição este ano. É mais uma derrocada do esporte londrinense que se vê fora das principais competições do futebol profissional, do basquete e vôlei. Resta a sempre competente equipe de handebol do técnico Giancarlo Ramires na Liga Nacional Masculina, sempre lutando pelo título. É preciso repensar o esporte na cidade, começando por colocar na direção da Fundação de Esporte gente que realmente queira colocar as equipes de Londrina na linha de frente do cenário nacional.

PAIXÃO PELO LEC

    Realmente impressiona o amor do torcedor ao Londrina Esporte Clube. Apesar de o time não ter presidente, diretoria, nem conselho deliberativo em função da intervenção da Justiça Trabalhista e ainda não ter uma equipe profissional em atividade - além de sua sede campestre estar em estado lastimável -, os garotos do sub-18 conseguiram levar perto de 200 torcedores na partida diante do PSTC, no campo de treinamento do rival, na última quarta-feira, pela Copa Tribuna. Havia torcedor uniformizado e até bandeira do clube. A derrota de 3 a 0 até nem foi lamentada pelo simples fato de que o importante era o LEC ter entrado em campo e não ser suspenso pela Federação Paranaense de Futebol por não ter disputada no primeiro semestre o Estadual da categoria. Oxalá, desse time montado em cima da hora pinte algum garoto promissor para a base do futuro time profissional. O mais legal é que o Conselho de Representantes, com 25 membros, segue traçando o novo estatuto do clube com todo o cuidado para que o LEC não caia mais nas mãos de cartolas irresponsáveis.

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

AGRADÁVEL ESTREIA

     Foi uma grata surpresa a estreia de Mano Menezes na seleção brasileira. Comandada pelo trio santista Ganso, Neymar e Robinho, a equipe venceu os Estados Unidos com amplos méritos na terça-feira à noite. O 10 de agosto vai ficar na memória de Mano Menezes, com certeza. Poucos técnicos têm a chance de uma estreia tão promissora. Reunindo um grupo heterogêneo daquele que disputou a Copa do Mundo na África do Sul e com apenas dois dias de treino, Mano soube aproveitar o entrosamente dos meninos da Vila para fazer a seleção se impor em campo. O time apresentou boas figuras sobretudo os três santisas, com destaque para Neymar. A zaga também com Tiago Silva e David Luis se saiu bem. O único senão foi o atabalhoado lateral-direito Daniel. O experiente jogador do Barcelona cometeu bobagens em excesso e o seu jeito nervosinho poderia ter comprometido a seleção, principalmente com os passes errados. Faria bem à seleção que Mano desse uma "geladeira" em Daniel a exemplo do que fará com outros jogadores da era Dunga. No mais, Lucas e Hernanes mostraram que podem ser úteis e que mereciam estar na Copa da África. Enfim, bom futebol pra frente, muita gente no ataque e várias chances de gol animaram o torcedor a vislumbrar um futuro promissor para esse novo grupo.

sexta-feira, 30 de julho de 2010

F-1 NÃO É ESPORTE

     A polêmica sobre Felipe Massa e a Ferrari, que obrigou o brasileiro a entregar a vitória de bandeja do GP da Alemanha para o espanhol Fernando Alonso, não merecia tanta repercursão assim. O problema é que os aficcionados ainda acham que a fórmula 1 é esporte. Ledo engano. A F-1, assim como outras corridas que incluem carros, motos e barcos - todos com motores -, se fosse esporte estaria incluída na olimpíada. Nesses "esportes" em que o homem precisa da ajuda da tecnologia, o capital sempre vai falar mais alto. Daí, se Alonso tem mais chances de ser campeão da categoria, por que a Ferrari não iria interferir para que Massa deixasse o espanhol ultrapassá-lo? A polêmica é puro sensacionalismo da imprensa tupiniquim. Fosse ao contrário, duvido que estaríamos perdendo tempo e preenchendo espaço em jornais, TVs e rádios com esse assunto. Em tempo: na fase brilhante de Ayrton Senna, algum brazuca saiu criticando a postura do Berg em deixar Senna vencer ou mesmo do brasileiro deixar o companheiro da Mclaren ganhar algumas provas quando o título já era verde e amarelo? Essa guerra tola é a mesma que certos narradores esportivos ainda alimentam no futebol quando Brasil e Argentina se enfrentam.

BOM VENTOS

     Depois do enorme estrago feito pelo Grupo Universe no Londrina, é animadora a forma como o grupo de 25 conselheiros  vão costurando um novo estatuto e resgatando a história do clube. O ''mutirão" para montar o time sub-18 para a Copa Tribuna mostrou a força que o LEC. Mais de 100 garotos foram à peneirada que selecionou 25 deles para a competição. Após o efeito terra arrrasada deixado pela administração Peter Silva e o Grupo Universe, poucos esperavam ver uma reação tão eficaz. Claro que nada ainda foi feito. Há muito chão pela frente para recuperar e pôr o Tubarão de pé como nos bons tempos. Esses garotos podem ser semente e a base do futuro time profissional. Gente da terra, pé-vermelho e com vontade de vencer na profissão. Foi muito bom ver também o empresário Jurandir Barrozo, ex-diretor do clube na década de 1990 nas gestões do Dorival Pagani e do Iran Campos, arregaçar as mangas para salvar o LEC. Barrozo mostra que, de fato, ama as cores alviceletes e quer ver o clube recuperar a velha forma. O próprio advogado Carlos Scalassara, que encabeça o grupo de conselheiros que desenha o novo formato administrativo do LEC, merece aplausos. Quem sabe, a Justiça Trabalhista não acione o Universe pela quebra de contrato e o dinheiro da multa contratual seja revertido para saldar débitos com ex-atletas, funcionários e fornecedores. Arriba, Tubarão!

quarta-feira, 14 de julho de 2010

DECISÃO ESPERADA

     O anunciado rompimento de contrato da Justiça do Trabalho com o Grupo Universe, gestor do Londrina, veio meio tarde como já havia comentado anteriormente. Mas é anseio da sofrida torcida do LEC que, há quatro anos, vive um tormento sem-fim. Espera-se que realmente o acordo seja rompido e que o grupo de conselheiros do LEC que reorganiza o estatuto do clube possa assumir as categorias de base, ponto de partida para a recuperação de parte do patrimônio do Londrina. E, claro, o Universe prepara reação para continuar à frente do LEC, apesar da provada incompetência para administrar o futebol do clube. Fala-se que advogados do grupo querem acionar a Justiça para receber o R$ 1 milhão devido ao rompimento contratual. E pasmem, a empresa ligada ao Universe chama-se Big Papel! É uma leitura rápida de quem estava por trás do tal grupo poderia ter evitado todo este dissabor, pois a tradução literal de Big Papel não é papelão? Foi isto mesmo que o Universe fez à frente do LEC, um tremendo papelão capaz de superar a fraca gestão do ex-presidente Peter Silva. Vamos aguardar o desenrolar dos fatos e esperar que, finalmente, londrinenses assumam o LEC com o amor, dedicação e respeito que ele merece.

VITÓRIA DA TÉCNICA

     O título da Copa do Mundo de 2010 ficou em boas mãos. Apesar da vitória magra (1 a 0), gol do Iniesta no finalzinho da prorrogação, no domingo, 11/7, premiou o futebol técnico da Espanha. A Holanda, talvez, nem merecesse o vice-campeonato. Tivesse a Alemanha na outra chave, a final teria sido outra. Foi uma Copa fraca e com poucos destaques individuais. A Espanha merecidamente levou o caneco após eliminar os alemães na semifinal. A Alemanha surpreendeu com uma seleção de boa técnica e toques rápidos com destaque para as revelações Ozil e Muller - com certeza serão destaques em 2014 no Brasil.
     Por falar em Brasil, a seleção de Dunga teve praticamente o mesmo desempenho ruim daquele time da Copa de 1990, que curiosamente ficou marcada como a era Dunga devido ao fracasso e à eliminação diante da Argentina de Maradona e Caniggia. Fazendo um resumo da atuação da nossa seleção, nada se aproveita de positivo, nem mesmo a suposta recuperação do prazer de jogar pelo Brasil. Que diferença afinal houve entre o grupo de 2006 com Ronaldo, Adriano e Ronaldinho Gaúcho em relação a este apagado elenco de 2010? Só mesmo Dunga poderá encontrar alguma diferença.
     A Copa da África do Sul ficará marcada pelas vuvuzelas, pelo pé-frio de Mike Jagger e pela quebra da "virgindade" da Espanha que, após seguidas vezes ser apontada como favorita, finalmente mostrou sua fúria e levou a taça Fifa para casa. Agora, é esperar mais quatro anos pela Copa no Brasil que, como já se vislumbra, será marcada por escândalos no uso indevido de dinheiro público.
 

segunda-feira, 5 de julho de 2010

REAÇÃO TARDIA

     A eliminação do Londrina da fase final da Divisão de Acesso do Paraná não me pegou de surpresa. Pelo desempenho do fraco time montado pelo Grupo Universe, o temor era que o vexame fosse maior: a queda à terceirona. Infelizmente, o torcedor do LEC terá de ver (ou não) o time por mais um ano na segundona e um calendário de poucos jogos. O mais engraçado nessa história de fracasso anunciado é a posição do interventer da Justiça do Trabalho, Rubens Moretti. Se o Universe iria investir, como prometeu e assinou um contrato de garantia com a Justiça, investir R$ 400 mil já na Copa do Brasil em fevereira, por que só agora depois de o barco naufragar é que ele está se manifestando? O grupo sequer tem pago os salários dos jogadores em dia! Espera-se que a justiça realmente faça valer o contrato e encerre a curta passagem do Universe pela vida do Londrina, cuja torcida não suporta mais tanto disabor. É hora também de os conselheiros reagirem cobrar a marcação de eleições do clube para que novos dirigentes possam dar uma nova direção na vida do clube. Claro que ainda com o olhar da justiça por perto.

REFÉM DE SI MESMO

     A derrocada da seleção brasileira na Copa do Mundo diante da Holanda mostrou que o técnico Dunga acabou refém da sua própria convocação. Ao garantir o mesmo grupo de jogadores com quem vinha trabalhando - alguns como Grafite e Kleberson quase em cima do Mundial, pois foram chamados ou lembrados poucas vezes -, o treinador pretendeu firmar um pacto - medíocre, como viu na prática - com aqueles que lhe ajudaram a permancer no cargo. Basta lembrar que o fisco com o time olímpico e algumas pífias atuações da seleção nas Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa da África, ameaçavam a permanência de Dunga e do fiel escudeiro (inclusive na arrogância no tratamento com a imprensa) Jorginho na comissão técnica. Pois bem, bastou uma boa dose de sorte na Copa América e na Copa das Confederações, aliada à campanha nas Elimintórias para que o ditador da CBF, Ricardo Teixeira, os mantivesse nos cargos.  Ao preterir nomes como Hermanes, Adriano (sim, o Imperador que tem mais presença em campo que o Luis Fabiano e desperta medo nos adversários), o brilho de Ronaldinho Gaúcho e as promessas Ganso e Neymar, Dunga acabou refém dos seus convocados. No momento que mais precisava de alguém para mudar a partida contra a Holanda, o técnico não encontrou na reserva quem pudesse fazer isso. 
     O Brasil fez uma campanha oscilante, ora jogando abaixo da expectativa do torcedor e da imprensa, ora fazendo o suficiente - sem ser brilhante - para vencer. A má estréia contra a Coréia do Norte e o fraco desempenho diante de Portugal são exemplos do apagado time de Dunga. Já contra Costa do Marfim e Chile a equipe teve boas atuações. No decisivo confronto contra uma das favoritas do Mundial, o Brasil novamente mostrou oscilação: fez um bom primeiro tempo, abriu o marcador com Robinho e poderia ter feito no mínimo dois gols de vantagem; e depois inexplicavelmente a seleção ficou vendo a Holanda jogar e virar o placar para 2 a 1. Foi uma justa vitória holandesa ante à apatia de Dunga que, nervoso ao extremo, sequer teve peito para jogar o time para cima da Holanda, mesmo com dez em campo. Ao perder o desmiolado Felipe Melo por expulsão, preferiu trocar um atacante por outro (Luis Fabaino por Nilmar). Ainda bem que, ontem, a CBF já decretou o fim da era Dunga à frente da seleção. O Brasil precisa de alguém que resgate o meio-campo criativo e habilidoso e sepulte de vez a era dos volante de marcação para o bem futebol.

quarta-feira, 30 de junho de 2010

PRESA FÁCIL

     A classificação do Brasil às oitavas de final da Copa do Mundo era previsível. Afinal, enfrentar o Chile é sempre certeza de vitória e, ultimamente, por placar elástico. Antes do confronto, já havia arriscado no bolão da Folha (o das oitavas, porque o da primeira fase fiquei em vigésimo primeiro lugar - e quem faturou o prêmio de R$ 540 foi a jornalista Erika Zanon que pouco entende de futebol, mas bate um bolão no palpite), um 3 a 1 para o Brasil, levando-se em conta que tomamos gols de Coreia do Norte e Costa do Marfim no final das partidas. 

     Destaque para a firme atuação do discreto, porém eficiente, zagueiro Juan. Além de marcar firme e sem cometer faltas, Juan abriu o caminho para a tranquila vitória brasileira. Agora, vem o confronto duro contra a Holanda nesta sexta-feira, às 11 horas. E sem o volante Ramires que resolveu muito bem a ausência do destemperado Felipe Melo, ainda sem Elano que voltou a sentir a contusão sofrida contra Costa do Marfim, o técnico Dunga terá de desdobrar para encontrar um jogador que acerte o setor. Ramires se portou muito bem, marcando e saindo rápido ao ataque - foi dele o passe para o terceiro gol de Robinho. Especula-se Kleberson, reserva no Flamengo e até então um mero turista na Copa. Ah, ele até entrou contra os chilenos. Houve até quem brincasse o jogador paranaense fazia um safari quando Dunga se lembrou que ele estava na África do Sul. Até o lateral Gilberto está sendo citado como provável substituto de Ramires. Sei não, teimoso, Dunga deve mesmo optar pelo retorno de Felipe Melo que já está recuperado de um pisão no pé no jogo contra Portugal. De todas as opções à disposição, o técnico só não pode escolher é Josué, volante já superado e com séria deficiência na saída de jogo. E pior: ele não dá o combate necessário, não tem velocidade e só "cerca o franco" sem de fato fazer o desarme. Se o Brasil se portar como fez contra Costa do Marfim e Chile, acredito em uma vitória da nossa seleção por 2 a 1 e a classificação à semifinal contra o vencedor de Gana x Uruguai. Nesse confronto, acho que dá Uruguai.
     O grande duelo das oitavas será, sem dúvida, entre Argentina e Alemanha neste sábado de manhã. É quase uma final antecipada das seleções que melhor se apresentaram na Copa. Messi ainda não mostrou por que é o melhor do mundo, enquanto os alemães mostraram ter o melhor jogo coletivo. Como acredito que a final desta Copa será entre Brasil e Argentina, a equipe de Maradona deve passar com uma vitória de 3 a 1. Já  a Espanha, se não der chabu (como sempre), deverá passar fácil pelo Paraguai: 4 a 1. E que as seleções sigam mostrando o bom futebol das oitavas (exceção a Paraguai e Japão, dois entrões sem qualidade nesta fase), quando finalmente a Copa deu o ar da graça.

quinta-feira, 24 de junho de 2010

MAIS SORTE QUE JUÍZO

     O título acima, evidentemente, refere-se ao time do Londrina Esporte Clube. Depois de quase ninguém mais acreditar na classificação da equipe à fase final da Divisão de Acesso do Paranaense, não é que o time foi lá no último sábado em Cascavel e goleou a equipe local por 4 a 0! A vitória deixou o LEC vivo na competição e ficará com a vaga se vencer o São José, nesta sábado, no Estádio do Café, onde ainda não venceu em três partidas: empatou duas e perdeu uma. Bem, como gato escaldado tem medo de água quente, não vou arriscar um palpite seco. É que, como já escrevi neste blog, o time montado pelo Grupo Universe é limitadíssimo e só com muita sorte - e bota sorte nisto - conseguirá uma das duas vagas à primeira divisão em 2011. Porém, deve obter a classificação entre os seis finalistas. É esperar para ver o que a equipe alviceleste reservará ao sofrido torcedor do Tubarão. 

                                 TORCEDOR VIVO

         Parece ao menos que o torcedor do LEC está acordado e cobrando medidas da Justiça Trabalhista e do interventor do clube, Rubens Moretti, em relação ao grupo gestor. A torcida já percebeu que falta a tal "bala na agulha" do Grupo Universe que prometeu e não cumpriu a meta de montar uma equipe competitiva. As cartas na Folha de Londrina e e-mails na Rádio Paiquerê dão mostras da insatisfação do torcedor. Porém, para o salvar o futuro do Tubarão, é preciso que os fiéis torcedores se façam presentes neste sábado no Estádio do Café para apoiar o time até o apito final do árbitro. Depois, pode botar a boca no mundo e pedir a cabeça dos atuais dirigentes se a equipe fracassar em campo.

BRASIL VAI BEM

     O Brasil está fazendo uma campanha sem sustos na Copa do Mundo. Após o sonso 2 a 1 sobre a Coréia do Norte, quando todos esperavam uma sonora goleada sobre o time asiático, a seleção do zangado Dunga tascou um 3 a 1 na Costa do Marfim e nesta sexta-feira decide o primeiro lugar do grupo contra Portugal. A ausência do meia Kaká, que jogou razoavelmente contra Costa do Marfim e infantilmente acabou expulso de campo, pode ser sentida, especialmente porque Cristiano Ronaldo desencantou contra o coreanos na incrível goelada de 7 a 0. Dunga, por sua própria culpa, não tem no banco um substituto à altura para Kaká. Vai entrar o trombadão Júlio Baptista e se Robinho e Luis Fabiano não estiverem inspirados e a zaga segura, o torcedor brasileiro irá sofrer no final da manhã desta sexta. No bolão, arrisquei um 2 a 2, mas como já não tenho mais chances de ganhar, vou torcer uma vitória brasileira.


                         VEXAME DUPLO
 



      Se há torcedor reclamando do desempenho do Brasil, que ainda assim soma duas vitórias, o que dizer então de franceses e italianos já despachados logo na primeira fase? Bonito mesmo fazem as seleções sul-americanas. Argentina, Uruguai e Paraguai garantiram o primeiro lugar de suas chaves. Nesta sexta Brasil e Chile podem fazer o mesmo. Destaque também para os Estados Unidos que venceram seu grupo e empurraram os ingleses para o confronto suicida contra a Alemanha, pelas oitavas-de-final. A Holanda, que conquistou a chave E, também mostrou que vai brigar pela taça.

                                                 

                                     RESUMO DA ÓPERA



     O resumo desta primeira fase mostra um Copa nivelada por baixo, lembrando até a Série B do Brasileirão, algumas vezes com requintes de Série D. Muita marcação e pouca criatividade. Os dribles e a ousadia foram expulsos defintivamente de campo. Infelizmente, estão vencendo os esquemas táticos dos professores para decepção daqueles que velam pelo futebol de arte, tão bem retratado pela geração de Zico, Sócrates e Falcão na mágica seleção brasileira de 1982, eliminada em campo pela Itália, mas jamais esquecida pelos amantes do bom futebol.

quarta-feira, 16 de junho de 2010

FIM DA PICADA

     Tudo que se falar sobre a pífia campanha do Londrina na Divisão de Acesso do Paranaense é pouco. Nem mesmo o empate em casa contra o lanterna Francisco Beltão foi capaz de fazer com que o grupo Universe se mexesse e desse uma reviravolta no clube, ou seja, parasse de brincar com o sentimento do torcedor do Tubarão e trouxesse um treinador de verdade e jogadores profissionais. Do grupo atual de jogadores, a maioria é amadora e tenta a sorte no futebol. E para um clube que abusou de toda a sorte do mundo, da paciência dos deuses do futebol e da justiça trabalhista, o LEC não se pode dar ao luxo de ter um time de aventureiros. O jogo deste sábado, em Cascavel, contra o time local, pode selar o destino daquele que já foi o principal time de Londrina e que sem alguém que o defenda - cadê os dirigentes abnegados? - segue passos firmes para morrer à mingua.

PODERIA TER SIDO MELHOR

     A vitória apertada do Brasil sobre a Coreia do Norte na estreia da Copa do Mundo não chega a assustar. Nos últimos mundias têm sido comum a seleção brasileira sofrer na primeira rodada. Mas é claro que é impordável para o pentacampeão mundial sofrer para marcar gols numa seleção fraca e pior ainda tomar um gol ao final da partida. É preciso que sirva de lição, coisa que o turrão Dunga deve saber como cobrar de seus escolhidos. Se o placar e o futebol pouco convincente não assustaram, a pálida atuação do meia Kaká deixou no ar uma grande interrogação. Será que o meia do Real Madrid conseguirá driblar a velha contusão na virilha e reeditar o bom futebol que o levou ao Milan e à conquista do prêmio de melhor do mundo? É preciso encontrar dentro desse grupo convocado por Dunga alguém que possa desempenhar algo semelhante ao que Kaká fazia e capaz de dar mais criatividade ao meio-campo brasileiro, órfão sem um jogador do talento de um Ronaldinho Gaúcho. É difícil olhar para o banco de reservas e ver Ramires ou Kléberson como substitutos do Kaká. O que dizer então do Julio Baptista? Resta torcer que neste domingo Robinho esteja inspirado e seja capaz de liderar a equipe contra a forte (no aspecto físico) seleção de Costa do Marfim. Ah, e ainda secar para que Portugal também sofra com a marcação coreana.

                                      DESTAQUES

     Alemanha, Holanda e a Argentina foram os destaques na primeira rodada da Copa. A decepção fica por conta da sempre badalada Espanha que, ontem, levou 1 a 0 da Suíça. Não menos surpreende foi o 3 a 0 do Uruguai sobre a anfitriã Africa do Sul, que pode ter acabado com o sonho dos bafanas bafanas de chegar às oitavas-de-final da competição. Quem logo deve se despedir do Mundial é pálida seleção da França que foi sofrível no jogo de estréia contra o Uruguai. Méritos para os sul-americanos Brasil, Argentina, Uruguai (já soma 4 pontos),  Chile (venceu na estreia ontem Honduras) e Paraguai (empatou com a atual campeã Itália). No mais é esperar que a Copa realmente esquenta a partir da segunda rodada, pois até agora poucos jogos valeram a pena sentar-se em frente à TV para assisti-los.

sexta-feira, 11 de junho de 2010

A SELEÇÃO DE DUNGA

     A quatro dias da estreia da seleção brasileira na Copa do Mudno, a expectativa é pela recuperação do goleiro Júlio César. Pelos relatos vindos da África do Sul, o goleiro já está recuperado do problema lombar e deve ser o camisa um na terça-feira contra a Coreia do Norte. Bem, pela qualidade do adversário, até o Doni poderia estar no gol. Definitivamente, não há o que temer nesta estréia brasileira. A Coreia é uma das muitas seleções que farão figuração neste Mundial. Desde que a Fifa inflacionou a fase final da Copa com 32 seleções, há sempre seleções de fraco nível técnico e um sem-número de jogos pouco atrativos. Voltando à seleção do Dunga, como o treinador mesmo aludiu numa coletiva semana passada, as paradas indigestas virão a seguir: Costa do Marfim, que tenta recuperar seu principal jogador (Drogba), e Portugal, do badalado Cristiano Ronaldo. Nesta Copa, apesar do sempre ufanismo exagerado da Rede Globo, não há um oba-oba sobre o time do Brasil. Sem Adriano e Ronaldo Gaúcho, estrelas que fracassaram no Mundial de 2006, sobraram Robinho e Kaká, que ainda luta para recuperar seu bom futebol após seguidas contusões. É em Kaká que se deposita toda a confiança de uma boa primeira fase sem sustos. Se o meia do Real Madrid conseguir recuperar sua performance de Milan e São Paulo - e da própria seleção -, o Brasil deverá alcançar a primeira posição da chave. O resto é torcer para que Felipe Melo não perca a cabeça com faltas violentas e desnecessária e, que na frente, Robinho e Luis Fabiano detonem as defesas adversárias.

COPA DE SEGUNDA

      O início da Copa do Mundo da África do Sul não foi nada animador. Quem assistiu ao modorrento empate entre Uruguai e França ficou assustado com a fraqueza técnica do Grupo A do Mundial. E nem o empate de um gol entre a anfitriã África do Sul e México, mesmo mais movimentado e veloz, salvou a chave. E para o meu azar, errei meus dois palpites no bolão que estou participando na Folha. Olha que apostei que México e França sairiam na frente e seriam os dois classificados do grupo. Mas após a rodada não estou botando tanta fé assim na França e até mesmo no México que merecia ter sido derrotado pelos sul africanos.
     Vamos aguardar a rodada de amanhã com Nigéria e Argentina e Coréia e Grécia. Quem sabe, Messi mostre seu talento e a bola seja tratada com a maestria que merece. Caso não, estaremos perto de assistir a uma Copa de Segunda categoria.

BRINCANDO COM O FUTEBOL

     Nem o mais pessimista do torcedor do Londrina imaginava que disputar a Segundona do Paraná fosse tão dramática como está sendo. Em seis jogos, o Tubarão conseguiu apenas míseros seis pontos. Um por jogo. Apenas um terço dos 18 disputados. Está a 8 pontos do líder Foz do Iguaçu e a 7 pontos do segundo colocado Campo Mourão. A enganosa goleada sobre o Pato Branco na segunda rodada deu a falsa impressão de que o time evoluiria no decorrer da competição. Os dirigentes postiços prometeram reforços - falou-se até no veterano Fábio Augusto, ex-Flamengo e Corinthians -, mas os que chegaram não inspiram confiança. Os atuais cartolas do LEC, escolhidos pelo interventor da Justiça do Trabalho, Rubens Moretti, parecem estar brincando com futebol e com o sentimento de um torcida por demais sofrida. É hora de cobrança, antes que ao invés da vaga à segunda fase do campeonato se transforme num ainda mais humilhante rebaixamento à Terceirona, aí sim seria o fim do já combalido Tubarão. O interventor deve acordar, dar uma satisfação ao torcedor e à imprensa e cobrar do Grupo Universe o tal investimento prometido de só na Copa do Brasil injetar R$ 400 mil. Pelo futebol mostrado até agora - 2 jogos da Copa do Brasil e 6 da Segundona, com uma mísera vitória -, é de se duvidar que tal dinheiro tenha sido aplicado. Se foi, mostra que esse pessoal não é do ramo e deve cair fora do Londrina. E urgente, para o bem da cidade que o time representa e dos ainda poucos fiéis torcedores que dão a cara a tapa no Estádio do Café.

terça-feira, 1 de junho de 2010

PRA FICAR RUIM PRECISA MELHORAR MUITO

     O título do texto acima só poderia ser em referência ao atual time do Londrina Esporte Clube. Já tinha ouvido falar, claro pelas emissoras de rádio que o time não tinha qualidade, mesmo assim decidir ir ao jogo do último domingo contra o Campo Mourão no reencontro com o Estádio do Café, após 9 meses (entre interdição absurda da Federação Paranaense e a falta de futebol mesmo no local). Mesmo tendo dormido mal de sábado para domingo (uma febre com altos e baixos), acabei indo ver a partida. E que decepção. Não há time, técnico ou qualquer coisa que lembre uma equipe profissional. O LEC atual sequer assustou o adversário, líder da competição e nada excepcional assim. O Campo Mourão é apenas um time ajustado, nada mais. Defende-se bem e sai rápido nos contra-ataques. Já o LEC não tem nada. É preciso ajuste urgente, antes que o time nem se classifique à fase final e, pior, seja rebaixado à Terceirona numa humilhação sem tamanho ao sofrido torcedor do Tubarão. O 1 a 0 ficou barato para o LEC. Só agora a diretoria reconhece que o técnico Célio Silva não voltará mais à cidade, isto depois dele se recursar a orientar o time no intervalo do jogo contra a Lusa (empate de 2 a 2) e ficar a semana toda fora de Londrina. Anuncia-se quatro reforços. É pouco. Para quem assumiu prometendo investir R$ 400 mil, o quadro atual é assustador. Os pouco mais de mil torcedores que foram ao Café não mereciam um futebol tão medíocre como o mostrado pelo LEC. Eu mesmo não suportei 70 minutos de futebol. Saí do estádio aos 21 minutos do segundo tempo discrente neste time, que para ser chamado de ruim precisa melhorar ainda muito, mas muito mesmo! Passou da hora de o Grupo Universe ser chamado pela Justiça Trabalhista e pelos conselheiros sérios do LEC.

domingo, 23 de maio de 2010

FEDERAÇÃO MADASTRA

     Já passou da hora de algum dirigente londrinense tomar uma medida mais radical contra a Federação Paranaense de Futebol em relação à polêmica interdição do Estádio do Café. Nada justifica a não realização de jogos no local. O tal muro - das discórdia - construído ao redor das arquibancadas separando estádio do autódromo tirou um dos atrativos do local. Afinal, não raro, o torcedor podia ver lá do alto tanto o jogo do LEC quanto algumas corridas disputadas no autódromo realizadas no mesmo horário. Outro detalhe que ninguém comentou é quanto à brisa agradável que soprava - é soprava, agora não mais em razão do estúpido paredão de 3 metros que está sendo finalizado sem qualquer constestação por parte do município, um gasto pra lá de desnecessário (poderiam ter investido este dinheiro na reforma das cadeiras cativas, num placar eletrônico, etc.) - do autódromo em direção ao estádio, aliviando as tardes quentes do verão londrinense e dando um refresco ao torcedor. Será que o alambrado que estava ali não era suficiente para deter "invasores"? É só lembrar que há um outro alambrado entre o barranco do estádio e o autódromo. Enfim, uma estupidez sem tamanho foi cometida sem contestação, argumentação. Por que, então, não construir o tal muro na base do barranco com o autódromo? Não, engolimos as imposições da Federação, da PM e dos Bombeiros. E, para consagrar o crime contra o torcedor londrinense, na quinta-feira houve toda aquela confusão sobre a falta de laudos técnicos para que o jogo desta tarde entre Londrina e Portuguesa fosse disputado no Café. É quando se tem uma Federação madastra, que não olha para os federados do interior e faz exigências distintas para os clubes da Segundona do Paraná, nos deparamos com episódios absurdos e fora do hora. E assim penaliza-se LEC e Lusa obrigando-os a jogar a quase 200 quilômetros de distância de Londrina. E os clubes nada fazem, não prostestam, não negociam o jogo, por exemplo, em Rolândia - tão pertinho -, que afinal recebeu partidas da Divisão Especial. Ué, o Estádio Erick Georg foi interditado também?  A Federação pune os clubes locais sem que o Estádio do Café tivesse sido palco de alguma tragédia como aquela do Couto Pereira em 2009.  De tudo isto, fica a constação da perda de representação esportiva e política da terceira cidade do Sul do País, porque futebol já perdemos a referência faz tempo.

quinta-feira, 20 de maio de 2010

UFA, UMA VITORIA!

     Confesso que com a situação atual do Londrina estava meio sem pique para escrever sobre o clube ou mesmo sobre a convocação do Dunga para a seleção brasileira. A estréia na Segundona do Paraná atrasou duas semanas e, quando o time enfim pôs os pés em campo, levou de 3 a 1 do Foz do Iguaçu no último domingo, na Tríplice Fronteira. Como não vi o jogo - claro a ESPN ainda não se interessou em comprar o campeonato -, fiquei só com os comentários de quem assistiu à partida em Foz - o Fiori Luiz, narrador da Rádio Paiquerê e colunista da Folha de Londrina. E, pelo que ouvi, o torcedor do LEC vai sofrer muito na Segundona. O time parece que não mudou muito da Copa do Brasil pra cá. Mas, ontem em Paranavaí - que tem sido a casa de Londrina e Portuguesa -, a equipe do técnico Célio Silva finalmente parece ter encarado a competição com mais seriedade e enfiou 4 a 1 no Pato Branco. Claro, mais uma vez não vi o jogo, mas o pessoal da Paiquerê novamente já viu um esboço de conjunto na equipe. Porém, nada assim tão excepcional a ponto de o torcedor apostar na classificação ao hexagonal final e na conquista de uma das duas vagas à Divisão Especial do Paranaense 2011. Mas o time, enfim, conseguiu vencer uma partida oficial - bem nem jogo treino contra juvenis do Cambé o Tubarão do Grupo Universe havia vencido, lembram!Bem também não é pra sair por aí comemorando o "feito", mas essa vitória (por goleada, pasmem!) dá alento ao sofrido torcedor Alviceleste de que algo melhor por estar vindo à frente. Ponto positivo para a lúcida entrevista do Célio Silva ao final do jogo. Espero que ele mantenha a postura e que o LEC jogue sempre em busca da vitória como no derbi deste domingo contra a Lusinha, possivelmente, no Estádio do Café.

segunda-feira, 3 de maio de 2010

TIME PEQUENO SOFRE!

     E mais uma vez um time pequeno acabou sofrendo nas mãos do apito amigo. É o caso do Santo André na final do Paulistão contra o Santos. Alguns dirão que o árbitro Salvio Spindola foi até rigoroso contra o Santos deixando o time da Baixada Santista com nove homens em campo com as expulsões de Marquinhos e Roberto Blum na etapa final. E aquele gol legítimo anuado pela bandeirinha ainda no primeiro tempo? E justamente o gol poderia ter dado a vantagem de dois gols que o Santo André precisava. Houve ainda outro impedimento anotado erradamente. Sim o Santos foi campeão com amplos méritos, mas fazia tempo que uma final tinha um gosto de chope quente e carne queimada. O Santo André venceu o jogo com amplos méritos e mostrou que poderia ter vencido por contagem superior a dois gols. Outra vez a grande imprensa esportiva desprezou a capacidade de reação e até a qualidade técnica de um time pequeno. Claro que não chega a lembrar aquele desprezo sofrido pelo Londrina no Brasileirão de 1977 frente ao Vasco - quando os cariocas só falavam em goleada e o Tubarão venceu por 2 a 0 no caldeirão de São Januário, mas beirou a paixonita aguda por esse belo futebol dos "meninos" da Vila. Então, palmas para o Santo André que jogou com destemor e fez desta final do Paulistão uma das melhores decisões dos últimos anos.

NEYMAR OU NEYMALA?

      Não há dúvida do talento do meia-atacante Neymar do Santos. O garoto desprezado pelo "professor" Luxemburgo em 2009, ganhou um destaque incomparável com o técnico Dorival Júnior. Há um clamor pela convocação do jogador para a seleção brasileira. E isso não é de agora. Suas atuações têm sido o grande diferencial neste início de temporada do futebol brasileiro, a ponto de ofuscar Robinho, que chegou ao Santos numa festa apoteótica. Além do belo futebol, um ponto negativo tem se destacado nas atuações de Neymar. E não se trata das dancinhas nas comerações de gols. É manha e a dramatização na hora de cavar faltas. Nas finais do Paulistão contra o Santo André, foi irritante ver o dramalhão do jogador santista simulando agressões. Num lance, foi nítida a mão na cara de Neymar num defensor adversário. Isso pega mal para o craque que está nascendo. Neymar deve sim continuar jogando futebol arte e moleque - no bom sentido, claro -, fazendo suas comemorações divertidas, mas dosar na encenação para cavar faltas. Para quem sonha em jogar na Europa, o garoto poderá ficar marcado e perseguido por juízes e adversários. E isso não é bom para ele, nem para  o clube e, futuramente, ruim para a seleção brasileira. Então, é hora de alguém experiente como o bom técnico Dorival Júnior dar-lhe um puxãozinho de orelhas antes que o garoto fique definitavamente marcado como Neymala, como parte das torcidas adversárias já o apelidaram.

segunda-feira, 5 de abril de 2010

ANIVERÁRIO EM BRANCO

      Segunda-feira, 5 de abril de 2010. Um dia como outro qualquer, uma segundona após feriado prolongado da Páscoa. E uma data como qualquer outra para a maioria das pessoas. Não para quem comemora aniversário. É um dia marcado por cumprimentos de famaliares e amigos, de receber presente, enfim, um dia a celebrar. E 5 de abril poderia ser um dia festivo também na vida do Londrina Esporte Clube, porém, infelizmente não é. Fundado em 1956, o LEC hoje não é sombra do que já foi num recente passado. Lá se vão 18 anos da última conquista: o título do Campeonato Paranaense na final caipira contra o hoje extinto União Bandeirante.

     São 54 anos vida de altos e baixos, para alguns muito mais na parte de baixo. São três títulos estaduais - 1962, 1981 e 1992 - e um nacional - Taça de Prata (equivalente à Série B) do Nacional de 1980. Ah, tem ainda aquele inédito quarto lugar do Brasileirão de 1977 (cujas finais acontecerão em 1978) - uma referência dos torcedores mais velhos e citação obrigatório em matérias jornalísticas que lembram o passado e a história do saudoso Tubarão.

     Mas hoje desestruturado - não tem diretoria,  as eleições estão suspensas, está sob intervenção da Justiça Trabalhista - curte o anonimato sob gestão de um grupo semiprofissional, o Universe, que está se aventurando no futebol. Grupo que não respeitou o "manto sagrado" alviceleste na Copa do Brasil e, por isso, deveria ter sido advertido pelo interventor judicial do clube. E, incrível, o grupo nem se lembrou da importante data na vida do LEC. Poderia ter feito uma ação de marketing e levado os jogadores ao Calçadão e, quem sabe, até conseguido junto a alguma confeitaria levar um bolo para comemorar junto ao torcedor. Mas nada, nada foi feito. Aliás, a gestão tem sido de um amadorismo total. O time chegou no dia 28/3 a Londrina e sequer pensou-se em levar os jogadores até o Calçadão para um contato com o torcedor. Nesse momento de baixa, era e é preciso fazer-se presente e mostrar que o LEC ainda vive,ou melhor, sobrevive após a desastrosa gestão do Peter Silva.

     Apesar do esquecimento da data pelos gestores, desejo ao LEC muitos anos de vida e um guinada nesta trajetória de baixa. Quem sabe o presente ao torcedor não venha com o título da Segundona e o acesso à primeira divisão do Paranaense. Parabéns Tubarão!

sexta-feira, 2 de abril de 2010

LEC AINDA DEVAGAR

     Finalmente o Universe, grupo gestor do Londrina, trouxe a equipe para a cidade esta semana. Desde a última segunda-feira, 29/3, os jogadores e o técnico Célio Silva se alojaram na cidade. Os jogadores treinam num local próprio, a antiga sede do Nichika, na viação velha, oportunamente chamada de "Toca do Tubarão". Espera-se que depois daquele amadorismo inicial verificado na Copa do Brasil, os gestores façam uma administração mais profissional. E isto passa desde a contratação de reforços, ao relacionamento com a torcida e a imprensa e até a confecção do uniforme do clube.
     Com relação aos reforços, nota-se que foram anunciados uma série de jogadores com pouco ou nenhuma experiência. Pior, alguns parados há três meses, ou seja, em pleno abril, eles ainda não jogaram em 2010. É bom alertar os gestores que, apesar de o time disputar a Segundona do Paraná, os adversários não serão nada fáceis de se bater. É preciso mudar o foco e trazer jogadores aguerridos e com razoável técnica e experiência para que o LEC venha a ter sucesso de subir ainda este ano.
     No tocante ao contato com imprensa, parece que não tem havido problemas por ora. Já quanto à torcida, falta aos gestores montarem um esquema de mostrar que o time existe e está vivo. Que tal levar os jogadores num sábado de manhã para o Calçadão e apresentá-los ao torcedor?
      Já no quesito uniforme é bom o grupo queimar ou doar aquele usada na Copa do Brasil. Aquilo não honra as tradições do Tubarão. Já que escolheram uma empresa paulista para confeccionar os uniformes que cobrem dela respeito às cores e ao escudo do LEC. Os eternos conselheiros e ex-presidentes deveriam fiscalizar isto e cobrar tanto dos gestores quanto dos interventores da Justiça do Trabalho o uso correto das cores alvicelestes. No mais, o jeito é esperar que o técnico Célio Silva imponha seu estilo quando jogador: entrega total em defesa do Tubarão.

FOI-SE O MESTRE DAS PALAVRAS

     E o esporte brasileiro perdeu o mestre das palavras nesta semana. Armando Nogueira, o jornalista que profissionalizou o jornalismo na TV brasileira, morreu de câncer no dia 29 de março (uma segunda-feira). Ele deixa uma grande lacuna no colunismo esportivo do País. Com rara sapiência, o mestre soube aliar a poesia com o esporte. Mesmo ligado ao futebol, onde exaltou Pelé, Garrincha e outros  tantos craques , Armando não se furtou em reconhecer e embelezar o talento de outras feras do esporte nacional - claro ele também era obcecado por olimpíada - como a Rainha Hortência, a Magic Paula - ambas do basquete -, além de Leila, Virna e Fernanda Venturini, do vôlei. E, claro, o Mão Santa Oscar, um fominha talentoso que projetou nosso basquete masculino na incrível façanha dos Jogos Pan-Americanos de Indianópolis em 1987 com aquela vitória sensacional sobre os Estados Unidos.
     Tudo o que se disser sobre mestre Armando será pouco. Não foi à toa que jornalistas e colunistas esportivos de norte a sul do Brasil fizeram questão de destacar o legado deixado pelo mestre. Foi graças a Armando que os jornais deram e dão espaço às colunas esportivas que atraem cada vez mais leitores interessados em conhecer - e discordar - os pontos de vistas dos cronistas do esporte em geral.  Quem sabe na constelação de estrelas lá do céu, mestre Armando não esteja fazendo poesia com o golpe que a vida lhe pregou.

segunda-feira, 15 de março de 2010

GESTÃO AMADORA

     Pior que a eliminação do Londrina da Copa do Brasil frente ao Uberaba (MG) é a gestão amadora do grupo Universe à frente do Tubarão. A Justiça Trabalhista precisa agir para que essa administração postiça não cause ainda mais estragos no LEC. Além do futebol pobre e sem nenhuma qualidade naquele 2 a 0 para o time mineiro em Paranavaí, o grupo Universe sequer respeitou a já arranhada tradição do Tubarão usando um uniforme que nem clube amador usa mais. Aquilo parecia uniforme cedido por políticos em campanhas eleitorais. O Universe desrespeitou o LEC e sua torcida e, por consequência, a cidade de Londrina. Só isso era motivo de protesto formal de conselheiros e ex-dirigentes do clube. Mas não se ouviu ou viu nada. Tal a apatia que a cidade tem desmonstrado com relação ao seu mais tradicional clube de futebol. E isso é cada vez mais evidente, desde a gestão desastrosa do Peter Silva que culminou com a queda à Segundona do Paraná em 2009 e com a desclassifição na Série D do Brasileiro. Parece que ninguém liga para o que acontece com o LEC. Era preciso mais energia e cobrança em cima do Universe. Tá certo que o time não deu vexame de ser goleado, mas o novo grupo gestor tem que ser cobrado a dar satistações e a honrar o escudo e o uniforme do LEC. Do contrário, poderá dar vexame na Segundona que começa em maio.

segunda-feira, 1 de março de 2010

RESULTADO ESPERADO

     A derrota do Londrina por 1 a 0 para o Uberaba, na quarta-feira (24/2), no Triângulo Mineiro, não chegou a ser surpresa para ninguém. Ao contrário, há inclusive quem prevesse uma goleada a favor do time mineiro. Daí o resultado ter sido considerado quase como uma vitória nessa volta cheia de expectativa do Alviceleste aos gramados, pós-gestão "titânica"  de quatro anos do senhor Peter Robson da Silva que culminou com intervenção da Justiça, clube sem uma diretoria, time sem jogadores e, pior, rebaixado no Paraná e sem vaga em nenhuma divisão nacional. Essa vaguinha da Copa do Brasil, aliás, é fruto da conquista da Copa Paraná 2008 sob gestão do empresário Adir Leme. No jogo de volta, dia 10 de março - onde será disputada a partida, hein? - também não há muito o que esperar. Digo isto porque quem foi a Uberaba viu um time muito fraco e apenas se defendendo e, como não deve ter reforços, e praticamente sem ataque. Resta torcer para que também não faça feio. E, a partir daí, acredito que a torcida, imprensa e o interventor da Justiça Trabalhista devem ficar mais atentos e cobrar um posição mais profissional do grupo Universe. Não sei até que ponto a saída do Vagner Nunes vai afetar a sequência de trabalho do grupo. Mas já passou da hora do grupo instalar-se na cidade e provar que está a fim mesmo de devolver a alegria à torcida do LEC. Agora, é urgente que alguém cobre o grupo em relação às cores do Tubarão: aquele azul escuro usado em Uberada foi bisonho, ficou pior ainda com os calções no mesmo tom. É haja paciência para recuperar a autoestima e as tradições do velho Tubarão.

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

QUE TUBARÃO É ESSE?

     Confesso que ainda não entendi a estratégia do grupo Universe, gestor do Londrina pelos próximos três anos no mínimo (bem, se aguentarem o tranco), de manter o time treinando em Campo Mourão sem ao menos apresentá-lo ao torcedor. Nem que fosse um "desfile" de encontro com a torcida no Calçadão, por exemplo, já que na cidade não há estádio liberado para jogos. Nesta quarta, o time que estreia na Copa do Brasil contra o Uberaba, no Triângulo Mineiro, é uma tremenda incógnita. Ouvimos apenas relatos de alguns radialistas que foram assistir aos jogos-treinos contra Engenheiro Beltão e Cianorte e, pelo jeito, é um time frágil. Resta torcer para que consiga ao menos um empate em Minas para ainda lutar pela vaga à segunda fase da competição.

    O que não dá pra entender é o veto da Federação Paranaense de Futebol ao Estádio do Café. Exigir muro entre o estádio e o autódromo pra quê? Se é pra evitar evasão de renda pode esquecer, porque a torcida do LEC está desmobilizada e desmotivada. Só mesmo um grande jogo - aí sonhando em eliminar o Uberaba e pega o Fluminense na sequência - seria capaz de reanimá-la. Outra incoerência é a má vontade da Prefeitura de Londrina e da própria Fundação de Esportes do município em não atender às exigências da FPF para liberar o Café para o jogo de volta contra o Uberaba, em março. Com tanta gente remando contra o time, parece que o torcedor do Tubarão continuará com sua sina sofredora em 2010.

VITÓRIA SEM SEGREDO

     E, no final das contas, a vitória da Unidos da Tijuca no Carnaval Carioca não foi segredo pra ninguém. A tradicional escola com mais de 70 anos fez bonito na Sapucaí e, com justiça, arrebatou o caneco. Fez uma apresentação impecável. Da sua comissão de frente - que conquistou o público de cara com uma mágica incrível de troca de roupa de seis mulheres - aos carros alegóricos - com direito a uma grande rampa de esqui para Batmen que na sequência virava uma grande parede de escalada para Homens-aranhas. O carnavalesco Paulo Barros deu show de criatividade e conseguiu fazer um desfile harmônico como há muito não se via. Como salgueirense - mas não só por isso -, não concordei com o quinto lugar. O Salgueiro deveria estar entre as três primeiras. A Vila Isabel, apesar do belo samba do Martinho da Vila, não fez um desfile harmônico. A Imperatriz fez um desfile melhor e ficou lá atrás. Enfim, não dá pra saber o que vai na cabeça dos jurados. O mesmo pode ser dito da Beija-Flor que não se apresentou no seu melhor estilo e isso não tem nada a ver com o enredo patrocinado pelo governo do Distrito Federal, cujo governador está preso por corrupção. A vitória da Tijuca serviu pra mostrar que sempre há o que renovar no desfile das escolas sem desvirtuar o samba. Foi um desfile nota dez.

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

FIM DA NOVELA PARCERIA

      Finalmente ontem foi sacramentada a tão esperada parceria do Londrina Esporte Clube. A Justiça do Trabalho, que interviu na administração do clube paralisando a eleição de 2009 e afastando cartolas e o omisso Conselho Deliberativo, escolheu o grupo Universe comandado pelo empresário ainda desconhecido na região Rogério Berti. Ele será auxiliado pelos ex-jogadores Vágner Nunes (neto do seo Antonio, ex-zelador do Estádio VGD e já falecido) e Vagner Marcelinho (este último já anunciado ontem como gerente do clube nesta nova fase). Conforme anunciado pelo procurador da Justiça, Heiler Natali, o contrato será por três anos e com possibilidade de renovação por mais um ano desde que o grupo conquiste o acesso à divisão principal do Campeonato Paranaense - que deve ser disputada a partir de maio. Como já havia escrito antes, mesmo sendo um grupo pouco conhecido não há motivo para tanto desconfiança por parte da imprensa e dos torcedores influenciados por cronistas que já defendiam abertamente a parceria com a SM Sports de Sergio Malucelli. Se o Malucelli já havia anunciado que vai deixar Irati e fundar um novo clube em Londrina aproveitando a estrutura já montada no antigo Horto Tropical, indaga-se como ele pretendia um contrato longo de dez anos para gerir o Tubarão com dois times na cidade? Não é estranho? Bem, o torcedor já deveria estar vacinado contra defesas apaixonadas de certos cronistas esportivos ou pelo menos desconfiar. Agora, é esperar para ver como o Universe vai chegar na cidade e como pretende montar um time em tão pouco tempo para disputar a Copa do Brasil já que a estréia na competição é no dia 24 de fevereiro contra o Uberaba, no interior de Minas Gerais. Com o fim da novela da parceria, para o torcedor fica a esperança que um novo roteiro seja escrito na vida do clube. Quem sabe com um enredo mais feliz do que nos últimos cinco anos.

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

LEC E A TERCEIRIZAÇÃO

     E virou uma grande novela mexicana a terceirização do futebol do Londrina Esporte Clube. Atualmente sob intervenção da Justiça do Trabalho, o LEC é clube praticamente inexistente. À exceção de uma torcida adormecida e na expectativa quanto ao futuro do time, o Tubarão não tem nada: falta-lhe sede, jogadores, comissão técnica, enfim tudo que um time de futebol necessita. Após a desastrosa gestão de quatro anos de Peter Silva, o Londrina agora está à mercê de dois grupos de empresários: um sob o comando do Sérgio Malucelli, presidente do Iraty, e conta com a simpatia do prefeito Barbosa Neto e de um conhecido grupo de comunicação radiofônico; o outro - uma verdadeira incógnita ainda apesar da reportagem desta quarta-feira do repórter Thiago Mossini na Folha de Londrina - é liderado por dois ex-jogadores de futebol, coincidentemente, ambos com o mesmo nome: Vagner, o Nunes neto do famoso seo Antonio, já falecido, zelador do Estádio VGD, e o Vagner Marcelino, aquele ex-volante do Bangu que jogou no LEC anos atrás. E caberá aos interventores da Justiça do Trabalho escolher qual dos dois grupos oferece a melhor proposta para administrar e reerguer o Tubarão. Acredito que apesar de todo o oba-oba com a suposta desistência da SM Sports amplamente divulgada pelas emissoras de rádio no último sábado e da insatisfação do prefeito, o torcedor deve manter-se calmo e respeitar a decisão da Justiça. Afinal, foi graças à intervenção judicial que foi possível dar um basta na má-gestão que o clube vinha sofrendo. Já vimos antes setores da imprensa de Londrina se derramarem em elogios a determinados grupos que administraram o clube e o Londrina continuou na mesma sina descendo ladeira abaixo. Então, o melhor é não deixar a paixão se sobressair sobre a razão. Mesmo porque nunca se sabe o que está por trás de certas defesas apaixonadas de alguns cronistas esportivos. À sua hora, a Justiça saberá escolher aquele grupo que dará garantias de oferecer um sério trabalho de resgate do principal clube do interior do Paraná que hoje vive apenas do seu razoável passado de glória.