terça-feira, 12 de outubro de 2010

ELEIÇÃO PRESIDENCIAL: SINUCA DE BICO

     Depois de os institutos de pesquisas quebrarem a cara no primeiro turno das eleições 2010, restou ao eleitor brasileiro provar que quem decide mesmo a eleição é ele e na hora do voto. E ao analisar detalhadamente o quadro eleitoral, ou seja, os candidatos que se apresentaram, o eleitor vai percebendo que cada vez mais está difícil de escolher o seu representante. Estamos entre a cruz e a espada na eleição presidencial: se Dilma Rousseff não consegue convencer com seus frágeis discursos, tão pouco a suposta firmeza de José Serra dá garantias de que irá cumprir tantas promessas de espalhar metrôs país afora. E, logo no primeiro debate, já tivemos uma boa dose do que será estas duas semanas pré-segundo turno. Dilma e Serra foram para a guerra literalmente no último domingo. Porém, a petista fez pior no dia seguinte ao editar no seu horário eleitoral apenas os seus ataques sem as respostas do tucano. Ora, está certo que o brasileiro gosta de um debate mais acalorado, mas em pleno século 21 era para os candidatos apresentarem seus programas de governo - e não promessas de tantos milhões de casas ou de aeroportos sem mostrar de onde virão os recursos - e de como será possível aplicá-los na prática. O brasileiro em geral baté o pé no triplé saúde, educação e segurança e os candidatos até repetem o velho discurso de investimento nestes setores, mas peraí se Lula ficou 8 anos no poder e a educação básica ainda não se tornou integral como crer que a sucessora irá cumprir? O mesmo se aplica a Serra, se FHC ficou 8 longos anos no governo e pouco se viu no ensino básico como acreditar que agora haverá investimento? E o que dizer dos hospitais públicos em geral por todo o Brasil? E as nossas frágeis fronteiras paraíso fácil para o tráfico de drogas e armas que vão parar nas mãos de um exército cada vez mais crescente de traficantes dos morros cariocas, favelas paulistas e até de outras capitais? É triste é ver que a cada pleito os candidatos armam seus discursos para conseguir serem eleitos, e mais nada. Falta, infelizmente, plano de governo sólido para acabar com todas essas mazelas e atingir de fato as camadas mais pobres do país.