quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

FELIZ 2010

    Para aqueles que, pacientemente, acessam este blog em busca de novos textos - já que a postagem não é diária - desejo um feliz 2010 com paz, saúde e, por que, dinheiro que não faz mal a ninguém. Espero poder compartilhar no próximo ano minhas ideias sobre o LEC (aquela da torcida sem time), sobre o futebol de maneira geral (ano que vem tem Copa do Mundo, ano de sofrer com as teimosias do Dunga), tem eleição (que difícil as escolhas - cuidado que tem muito corrputo querendo o seu voto) e tem ainda a peculiar política londrinense que sempre promete no campo das ações civis e criminais no âmbito do Ministério Público. Enfim, vai ser um ano cheio. Então, prepare o espírito! E, se você torce por Tuba, quem sabe na pele do Iraty o time não resolve aprontar na Copa do Brasil. Feliz 2010.

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

CAPITAL DAS BATATAS!



     Nunca uma frase cunhou tão bem o perfil de boa parte da Câmara de Vereadores de Londrina como aquela dita pelo Orlando Bonilha em 2008. Ao ser questionado sobre a série de ações que pesava contra si no Ministério Público o não tão nobre edil saiu-se com essa: "Não sou a única batata pobre da Câmara". Além de assumir que era um batata, Bonilha indiciou que a ramificação do tubérculo havia se espalhado pelo Legislativo londrinense. O que ficou comprovado mais tarde com o afastamento de outros vereadores por suposta cobrança de propina de empresários. Mas quem pensava que a ação do MP havia extinguido todo o mal e que a eleição de outubro de 2008 havia dado um não aos corruptos, se enganou. A Câmara encerra 2009 com dois vereadores afastados - Rodrigo Gouvêa e Joel Garcia - e com sua imagem ainda arranhada perante a opinão pública. Um sinal que Londrina, a outrora capital do Café, parece ter se transformado na capital da Batata Podre.

PAPAI NOEL PARA O LEC

    O torcedor do LEC deve comemorar o encerramento de 2009, definitivamente o ano que marcou o afundamento do maior clube do interior do Paraná. Como há muito não via no futebol, a gestão de 4 anos de Peter Robson da Silva conseguiu enterrar o Tubarão. Claro que ele não deve levar toda a culpa pela derrocada do LEC. São inúmeras gestões - ou melhor má-gestões - que culminaram com o time no fundo do poço.
    Hoje Londrina tem uma torcida sem time. Bem, dirão muitos que o Tubarão não tem lá tanta torcida assim para ser chamada de "nação" por este blogueiro alviceleste. Porém, não concordo, o LEC tem sim uma considerável torcida e sedenta por uma diretoria que coloque o clube nos trilhos da boa administração e, enfim, dê à cidade e o Norte do Paraná um time de respeito.
    E, nesta véspera de Natal, vale aposta na fezinha e na boa intenção do bom velhinho para pedir um presente especial em 2010: um time à altura da paixão do torcedor alviceleste. Ah, e sim que a Justiça do Trabalho pune os (ir)responsáveis por jogarem na lama o nome e a tradição do Tubarão!

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

HEXA MERECIDO

Após longa pausa - um pouco culpa do computador travado, outra de um rinite alérgica e uma certa preguiça mesmo de entrar no computador em casa depois da jornada na Folha -, volto a escrever sobre o futebol do Campeonato Brasileiro. Claro, que mais feliz do nunca com o impensado título de campeão conquistado pelo Flamengo. Nem o mais fanático torcedor do Mengão teria projetado que o clube da Gávea alcançaria tal façanha neste final de 2009. Talvez, até por isso, pela própria falta de perspectiva de uma grande campanha, o sabor da conquista tenha sido maior.

Uma série de fatores conspirou a favor do Flamengo na conquista deste sexto caneco do Brasileirão - e não me venham os torcedores rivais questionarem a validade da taça de 1987 frente ao Inter! Primeiro, a instabilidade do Palmeiras e até uma certa arrogância do Muricy que, com a vantagem alcançada no turno, já dava como certo mais um título no seu currículo vitorioso. Depois a queda do Grêmio, do Atlético Mineiro, seguida do São Paulo - todos instáveis na reta de chegada.

Já no Flamengo, longe de qualquer planejamento, funcionou a entrada de novos dirigentes nos lugares de Márcio Braga e Kleber Leite. Eles deram carta branca a Andrade, trouxeram o Petkovic e se expuseram à mídia o menos possível - como deve ser o papel dos cartolas. Méritos do Andrade que, com jeito humilde, soube compor bem o time quando alguém estava suspenso ou contundido - basta lembrar que Petkovic ficou dois jogos fora da equipe e no final Maldonado também não jogou devido a uma contusão - e não ficou lamentando como os tais professores da bola Luxemburgo e Muricy. E como é bom ouvir um treinador falar sem os vícios irritantes de outros manjados e idolatrados técnicos.

Discordo ainda daqueles que querem desmerecer o título rubro-negro alegando que Corinthians e Grêmio teriam facilitado as vitórias do Flamengo para prejudicar seus rivais nos Estados. Basta lembrar que, em Campinas, o goleiro Bruno fez duas defesas difíceis e o Ronaldo Angelim salvou uma bola de dentro do gol, e no jogo final, no Rio, o Grêmio não só jogou melhor no primeiro tempo como quase empatou a partida no segundo tempo. Quanto à reclamação dos são-paulinos em relação ao STJD que puniu Borges, Dagoberto e Jean, o único injustamente suspenso foi o volante. Borges e Dagoberto fizeram faltas graves passíveis de suspensão por mais de um jogo, como ocorreu. O resto é choro de perdedor.

Valeu, Andrade! Valeu Petkovic! Valeu, Ronaldo Angelim, símbolo da raça, determinação e humildade deste campeão brasileiro de 2009.

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

MÃO DA ARBITRAGEM NO BRASILEIRÃO

E bastou o Palmeiras perder o posto de líder do Brasileirão 2009 para que os cartolas alviverdes vissem nisso uma conspiração da arbitragem contra o clube do Parque Antártica. Vamos aos fatos. Ninguém seria estúpido de não reconhecer o erro crasso do Carlos Eugênio Simon de invalidar o gol legítimo do Obina, ontem, contra o Fluminense. Porém, o que o gerente de futebol do Palmeiras, Toninho Cecílio, não disse nas entrevistas após o jogo foi que o seu clube foi beneficiado em jogos contra o Cruzeiro (a polêmica dos três pênaltis não marcados a favor do time mineiro) e o Corinthians (o Heber Roberto Lopes não expulsou o zagueiro Danilo por falta violenta em Jorge Henrique, o que deixaria o alviverde com 9 jogadores em campo quando era dominado e perdia por 1 a 0). Só nestes dois jogos, o Porco somou 4 pontos. O cartola palmeirense estranhamente não questionou as mexidas do técnico Muricy Ramalho que insiste em escalar o apagado Vágner Love. Mesmo contra o Flu, Love jogou bolinha e mesmo assim continuou em campo. O sacrificado acabou sendo Obina que tem menos nome, mas luta como nunca e foi o autor do gol anulado. Tivesse jogado o Palmeiras com o mesmo espírito dos jogadores do Flu, o time paulista teria saído pelo menos com um empate no Maracanã. Aqui e ali , vários times foram prejudicados por erro de juiz. Agora, o não pode é um dirigente tentar estragar a emocionante reta de chegada do Brasileirão com declarações que podem inflamar a já violenta torcida organizada do Verdão. Será que o cartola sente que o seu time está descendo a ladeira e, na iminência de perder o título que lhe parecia óbvio e certo, quer tirar os méritos de quem venha ser o campeão da temporada? Melhor do que qualquer asneira dita por cartolas, é ver que São Paulo, Palmeiras, Flamengo e Atlético Mineiro estão aí vivos na luta pelo título. No mais, é choradeira de que não sabe perder e reconhecer os erros de seu time.

MÃO DA JUSTIÇA NO LEC

E o tão esperado processo eleitoral do Londrina acabou bloqueado pela Justiça do Trabalho. Para mostrar que os acordos com a Justiça trabalhista devem ser cumpridos e respeitados, o juiz da 6 Vara da Justiça do Trabalho de Londrina, Reginaldo Melhado, não só suspendeu a realização da eleição como também determinou o afastamento de toda a diretoria (!!??) do LEC, como o presidente-imperador Peter Silva. Não dá pra dizer que houve surpresa na ação, talvez surpreenda mesmo a demora. E pelo que foi noticiado nos jornais (JL e Folha) o juiz mostrou-se arrependido de ter estendido o voto de confiança na administração obscura e sem nenhuma transparência da atual diretoria do LEC. Foram três anos de espera para que se cumprisse e pagar-se o que foi determinado pelo acordo trabalhista: destinar 15% de todos os patrocínios e arrecadações do clube para quitar ações de ex-funcionários do Londrina. A série de desmandos da direção do clube determinaram toda esta ação da Justiça do Trabalho. É um sopro de alento de que os culpados pela má administração e desmoralização do principal do clube do interior do Paraná serão punidos. Outras ações deverão ser tomadas pelo juiz futuramente e, quem sabe, o LEC seja reembolsado pelo sério desfalque em sua frágil situação financeira. Não dá pra sair por aí negociando jogadores das categorias de base sem esclarecer aos sócios do clube e a imensa torcida que, apesar de não ser assoaciada, merece ser informada das negociações feitas pela diretoria. Que a mão da Justiça seja capaz de pôr o Londrina novamente nos trilhos da moralidade e da transparência.

terça-feira, 3 de novembro de 2009

O BELINATI DO LEC

O processo eleitoral do Londrina Esporte Clube (LEC) está bem parecido com o pleito municipal. Não é que o Marcello Caldarelli assumiu os trejeitos do Belinati, o triprefeito derrotado na tentativa de dirigir a cidade pela quarta vez no ano passado? Caldarelli, que teve uma gestão polêmica em 1985/1986, quer por quer voltar ao cargo de presidente do LEC. Contra ele está o empresário Gilberto Ponce, apoiado pelo prefeito Barbosa Neto. Na chapa de Ponce figuram nomes de ex-dirigentes do clube, advogados e promotores de Justiça. Foi o que bastou para que Caldarelli atribuísse à disputa eleitoral a luta da chapa humilde contra a chapa dos poderosos. Não contente, no último domingo, no programa de esporte da CNT, comandado pelo Ademir Lobo, o ex-cartola do LEC colocou Deus na disputa num verdadeiro discurso belinatista. E mais, acusou a comissão eleitoral de dificultar seu acesso à lista de sócios aptos a votar no próximo domingo. E, pelo jeito, podemos esperar mais lances polêmicos nesta reta final da eleição. Que os sócios do LEC em condições de voto fiquem espertos e alertas e saibam que este processo eleitoral pode significar na vida do Tubarão: o sopro de esperança de reconstrução da equipe ou as últimas pás de terra que sepultarão de vez o Alviceleste.

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

TESTE NA ALTITUDE

Se o técnico Dunga levar a sério o jogo diante da Bolívia para avaliar os jogadores convocados nas duas últimas rodadas da Eliminatórias, estará cometendo uma injustiça. Ninguém pode crucificado por uma atuação ruim diante da altidude e de uma Bolívia descompromissada, pois já estava fora do páreo na classificação. O 2 a 1 favorável aos bolivianos não pode servir de base de avaliação. O ar rarefeito fez mal à maioria dos jogadores da seleção brasileira. Nem o Maicon, com aquele fôlego de cavalo, conseguiu jogar a partida toda. No primeiro tempo ele nem apareceu. Quem mais foi prejudicado foi o Diego Souza, destaque do Palmeiras e do Campeonato Brasileiro. Julgá-lo apenas por esta partida não está correto. Dunga deveria dar-lhe nova chance também contra a Venezuela. Afinal, Kaká e mesmo Luiz Fabiano todos já sabem que garantiram ida à Copa da África do Sul em 2010. Então, nada melhor que testar outros jogadores nesta quarta-feira. Espera-se que Dunga não cometa erros de outros treinadores que convocaram jogadores e deram-lhes poucos minutos para mostrar seu potencial. Que tal, então, escalar o Naldo na zaga nesta quarta e repetir um meio-campo com Kaká e Diego Souza, além do Lucas? Ousar e testar é preciso.

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

TORCIDA SEM TIME

A atual diretoria do Londrina Esporte Clube (LEC) conseguiu a proeza que destruir o clube. Após quatro anos de má administração, o Tubarão praticamente inexiste. Não há mais sede campestre, não há mais categorias de base e nem categoria profissional. Caos total. Será que a eleição em novembro será capaz de dar esperanças ao torcedor de ver o clube se reerguer? Só mesmo uma superdiretoria composta de vários empresários unidos num mesmo objetivo poderá alimentar tal esperança. Do contrário, o LEC estará fadado mesmo a desaparecer ante a dívida crescente de R$ 7 milhões. Por ora, o ex-glorioso Tubarão que por três vezes conquistou o título estadual no Paraná (1962, 1981 e 1992), assombrou o Brasil em 1977/78 ao eliminar de uma só tacada Flamengo, Corinthians, Vasco e Santos (ficou na quarta colocação atrás de São Paulo, Atlético-MG e Operário-MS) e ainda levantar o caneco da Taça de Prata (a Série B na época) de 1980 é um time quase à beira da extinção. Pior para a nação alviceleste que hoje é uma torcida sem time.

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

A PERSISTENTE DONA ZENAIDE

Enquanto a Sema (Secretaria do Meio Ambiente) patina para cuidar do verde de Londrina, a simpática dona Zenaide continua seu trabalho de formiguinha de arborização do Lago Igapó. Após vê-la por duas ou três vezes com um balde a tiracolo para pegar água do Igapó e assim regar as mudinhas que ela plantou em quase toda a extensão do lago no ano passado, na última segunda-feira (25/2) eu a vi de novo executando a tarefa habitual. A novidade desta vez foi uma garrafinha d'água para que ela pudesse se rehidratar no calorento verão londrinense. O curioso foi ouvir de duas senhoras que lá caminhavam o seguinte comentário: "Japonês tem mão boa, né".

Infelizmente, esse é um pensamento da maioria das pessoas. O que dona Zenaide faz pode e deve ser feito por qualquer um de nós. Não tem essa história de "dedo verde", um suposto dom que determinadas pessoas teriam para dar vida a qualquer planta. O que a simpática dona Zenaide tem é um amor à natureza e um "dom cultural" próprio do japonês que se preocupa com o bem-estar e o verde tem um papel fundamental nisso. Tivesse a Sema a mesma dedicação de dona Zenaide, Londrina seria mais arborizada e nós não sofreríamos com as ondas de calor que tomam conta de nossas ruas.


A cidade - por que não o mundo - precisa de mais voluntários como dona Zenaide. Só assim o homem poderá, em parte, se redimir do grande mal que tem feito à natureza.

(obs: publicado em 26/2/2008 no lives.space)

A DÚVIDA SHAKESPEAREANA DO LONDRINA

Entra ano sai ano e o torcedor do Londrina continua ouvindo a tal cantilena: é melhor jogar no Estádio do Café ou no VGD? A discussão é interminável. Claro, quando o time é medíocre não adianta querer jogar no Café para três mil almas - e olha lá!. Agora, se o time é bom e corresponde em campo a torcida merece um lugar mais confortável como o Café. Com este time de 2009 o negócio é jogar mesmo no VGD. Mas antes de anunciar o jogo para o Vitorino, a diretoria - quer dizer, o presidente Peter Silva, que parece ser o único dirigente (?) no clube - tem que deixar o estádio nos trinques. Não adianta fazer gambiarra. No século 21, é preciso ter um local de jogo com condições mais dignas. É engraçado o que ocorre com os estádios londrinenses. Basta alguns meses de inatividade e pronto: há roubo e depredações das praças esportivas. Café e VGD vivem passando por reformas - claro que nada muito amplo - e nunca estão em perfeitas condições. Ambos os estádios deixam a desejar nas condições de sanitários aos torcedores. Ficando só na parte do gramado, o do Café está sempre horrível. Este é um item importante que a Federação Paranaense deveria exigir três ou quatro meses antes do Estadual. Não dá pra exigir bom futebol e toque de bola em gramado que a bola não rola, mas pula em razão dos vários buracos. Quem vê o Paulistão pela TV percebe a nítida preocupação com os gramados. O do Barueri é um tapete. O dos grandes clubes dispensa comentários, já que os cartolas perceberam que bom futebol só se joga em bons gramados. Bem, fechando na questão da dúvida shakespeareana do LEC, fez bem a Federação em vetar o jogo deste domingo de Carnaval contra o Nacional no VGD. Se o Peter Silva quer jogos no VGD, primeiro ele deve arrumar o estádio e deixá-lo em condições de jogo para o time e o torcedor. Essa encenação do meio de semana foi mais uma jogada do cartola do LEC que parece desconhecer a palavra transparência. Mais uma vez ele atropelou o processo de vistoria do VGD e deu no que deu. Que isto sirva de lição. Mas que será que cartola deste naipe aprende?

(Obs: texto publicado em 20/2/2009 no claudemirscalone.spaces.live.com/blog)

terça-feira, 15 de setembro de 2009

FIM DO SONHO

E o sonho de o torcedor do Londrina ver o time subir para a Série C do Brasileiro terminou no último domingo. O Tubarão não foi além de um empate (1 a 1) com a Chapecoense quando bastava 1 a 0 para obter a vaga. Uma série de fatores conspirou contra a equipe no último domingo.

À exceção da torcida, que foi ao estádio do Café (nove mil pagantes e 11 mil pessoas no total - superior aos sete mil pagantes no jogo Santos x Santo André, na Vila Belmiro) e empurrou o time como há muito não se via, a equipe e a direção do clube não corresponderam à energia vinda das arquibancadas. Bem, dos cartolas - ou melhor do cartola-mor Peter Silva - não se esperava mesmo nada além do que vem sendo feito nestes últimos quatro anos (duas gestões consecutivas desastrosas que varreram o clube com a fúria de um tornado).

A decepção ficou com boa parte dos jogadores que não rendeu o mesmo de outras partidas, como a contra o São José (RS). Tivesse mostrado metade daquela disposição, o LEC estaria classificado. Acho que o próprio técnico Gilberto Pereira, que fez milagre com o que lhe foi oferecido, falhou na montagem da equipe e até em algumas substituições. Sem Borges e o promissor Victor (que estaria de malas prontas para o Cruzeiro - e o LEC vai ver a cor do dinheiro?) na zaga, Pereira improvisou Willian ao lado do inseguro Rogério - justamente os jogadores que participaram do lance patético do gol da Chapecoense numa série de passes errados. Acredito que o técnico poderia ter utilizado o meia Japa e o Warley, jogadores de velocidade ao invés do pesado Osmar que, de útil, cavou um pênalti muito duvidoso.

Independente da escalação, houve ainda uma supervalorização da Chapecoense. Concordo que é time certinho, mas nada assim de assustar. Até mesmo o Silvinho, principal destaque do time, sumiu na etapa final. Chegou a errar uma cobrança de falta próxima à área num momento importante do jogo. O que pode ter lhe custado a queda de rendimento foi a severa marcação no primeiro tempo, quando praticamente era o único lúcido do time e tinha de se movimentar para escapar do marcador.

Mas nada - nada mesmo! - foi tão prejudicial aos jogadores e ao técnico Gilberto Pereira - que atuou com um verdadeiro bombeiro apagando incêndio no decorrer da competição - quanto a falta de compromisso e seriedade da alta cúpula do Londrina. Não bastasse atrasar os salários, o cartola-mor insistiu em não cumprir promessas de pagá-los. Aliás por não cumprir acordos, como o feito com a Justiça do Trabalho, Peter Silva viu parte da renda de domingo ser levado por um oficial de Justiça. Agora, vem a denúncia da Federação Paranaense de Futebol de falsificação de ingressos. Mês passado teve a denúncia do jogador Jayme de que a assinatura de sua mãe fora falsificada pelo clube em um contrato.

De denúncia em denúncia, infelizmente, o LEC vai sucumbindo. O poço parece não ter fim. E o dirigente responsável por tudo isso, está aí incólume. Até quando?

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TORCIDA NOTA DEZ

Em 1978, o então presidente da CDF (hoje CBF), Heleno Nunes, veio a Londrina para acompanhar ao jogo Londrina x Corinthians pelas quartas-de-final do Brasileirão. Ante os 54 mil pagantes que viram a vitória do Tubarão por 1 a 0, o cartola do Rio disse que o Londrina tinha testemunhas e não uma torcida pelo fato de o torcedor entoar poucos cânticos durante o jogo e só vibrar nas jogadas de escanteio. Domingo, porém, viu-se o contrário no Café: uma grande torcida, cantando quase o tempo todo, querendo desatar o nó da garganta e, em campo, um time apequenado com medo - ou sem poder - de ir ao ataque. A Falange Azul, única torcida sobrevivente organizada do clube, deu um show. Espera-se que os futuros dirigentes deem um time à altura desta torcida.


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TORCIDA MIRIM

Outra destaque nesse jogo contra a Chapecoense foram os torcedores mirins. Alguns são notórios frequentadores do Estádio do Café e chegam a bater bola logo abaixo das cadeiras cativas. E, nesse jogo, se juntarem a eles outros meninos e meninas - a maioria com camisas do LEC - para empurrar o Tubarão. Esperança de renovação alviceleste numa cidade cada vez mais ligada ao futebol paulista, como se pode notar em clássicos paulistas pelo Brasileirão da Série A. Mais uma vez é preciso investir na formação do torcedor mirim para que o LEC possa continuar sendo amado por uma parcela dos moradores de Londrina.

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

SOFRIMENTO DESNECESSÁRIO

O Brasil sofreu sem necessidade na partida diante do Chile. O técnico Dunga só se livrou de um fiasco diante dos chilenos após corrigir a escalação da equipe no segundo tempo, logo após sofrer o gol de empate (2 a 2). Ficou claro, nessa partida, que Júlio Batista - apesar do gol marcado - não pode ser jogador do meio-campo. Dunga poderia teriniciado a partida com o Sandro e o Daniel como meias ou mesmo ter escalado Diego Souza ou Cleiton Xavier na posição ocupada por Batista. Não o fez por fidelidade ao chamado grupo. Quando Felipe fez aquela bobagem - será que não merecia um puxão de orelhas da CBF e da comissão técnica? - ao agredir o jogador chileno e ser expulso, Dunga foi forçado a corrigir o erro na escalação. Melhor para a torcida e para a seleção que puderam ver Nilmar desencantar - marcou três gols - e ficar perto de carimbar seu passaporte para Copa 2010. No final, vitória justa do Brasil por 4 a 2 diante de um Chile apenas regular.
Destaque para o lateral Daniel Alves - como joga com vontade e sempre em direção ao gol - quase incansável e autor de dois passes para gols brasileiros. O goleiro Júlio Cesar também mostrou eficiência quando chamado. O mesmo com Luisão na zaga e até mesmo o limitado Gilberto Silva. Adriano mostrou que está longe da melhor forma e, por isso, mesmo tem jogar muito no Flamengo para voltar à seleção. Ruins mesmo foram o fraco lateral-esquerdo André Santos e o volante Felipe, displiscente e violento. Agora, Dunga tem a missão de encontrar substitutos à altura para Kaká e Robinho. Nilmar parece respondeu ao chamado. Resta, então, o treinador dar uma chance aos jogadores que atuam no País, como Diego Souza e o Cleiton Xavier. Ah, claro, encontrar um lateral-esquerdo ou improvisar o Daniel Alves que, mesmo em posição trocada, joga muito mais que André Santos.

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

VALEU SELEÇÃO

E parece que o técnico Dunga passou definitivamente no teste como comandante da seleção brasileira. A sólida vitória diante da Argentina, sábado, em Rosário, não só selou a passagem do Brasil para a Copa de 2010 na África do Sul como também marcou a entrada do carrancudo treinador brasileiro no rol do futebol nacional. Claro que ser treinador de uma seleção parece ser mais fácil do que de um time de expressão e pressão dos torcedores de times como Flamengo e Corinthians, mas não deixa de ser um mérito de Dunga a forma como cada jogador se dedica atualmente na seleção. Dá gosto ver o time não se omitir em campo, em comparação com a última Copa por exemplo.

E Dunga nem precisa ter se indisposto com jornalistas brasileiros, como o fez em Rosário e também em Salvador. Ele parece ter encarnado o pior lado do Zagalo. O velho treinador parecia sempre pronto para atirar a qualquer pergunta que não lhe agradava. Curioso que esse tipo de técnico só gosto da pergunta tipo vôlei: o repórter levanta a bola e o cara corta, diz uma porção de coisas que os fatos desmentem. A continuar assim, Dunga deveria ganhar apelido de um outro anão, o Zangalo. Até dá rima né, Zagalo e Zangado. Assim, Dunga vai seguindo a escola do veterano treinador. Não havia motivo algum para ele se irritar com a pergunta sobre a bisonha falha argentina no gol do zagueiro Luizão. É só ver o replay do lance: dois argentinos se preocupam com Lúcio, mais baixo, e deixam o grandalhão Luizão livre para marcar.

Se recordarmos como foi o jogo, veremos que a Argentina ocupou o campo brasileiro e a seleção não conseguia tocar bola no meio-campo nem avançar ao ataque. O Brasil, na verdade, não fez um primor de partida pelo lado técnico. Fez sim, sem sombra de dúvida, um jogo coletivo com um espírito de luta invejável. Aí reside o mérito de Dunga. Quando tomamos o gol argentino as coisas poderiam ter se complicado, mas aí surgiu o talento de Kaká e o oportunismo de Luiz Fabiano para aplacar qualquer reação argentina. Os 3 a 1, em solo argentino, foram muito saborosos. Vamos esperar o jogo de quarta contra o Chile e ver como Dunga vai se virar para furar retranca chilena. Tomara venha outro vitória, apesar dos cinco desfalques.

quarta-feira, 15 de julho de 2009

CAMPEONATO NOVO, VELHA SINA

O torcedor do Londrina já está se acostumando a ver o time fracassar em campo. O fato é resultado das duas últimas administrações do presidente Peter Silva. Foram quatro anos perdidos onde não se viu nenhum resultado prático em favor da reestruturação do clube. Por isso é que não frustra mais ver o Tubarão começar a Série D com duas derrotas. O revés para a Naviraiense (MS) no Estádio do Café foi até injusto, pois mesmo com dez jogadores em campo o LEC até que merecia o empate pela quantidade de chances criadas e incrivelmente desperdiçadas. Já a derrota para a Chapecoense, em Santa Catarina, pelo que se ouviu de quem esteve lá, foi justa.
Agora fala-se em reforçar a equipe, como se não tivesse havido tempo suficiente para isso. Entre a campanha desastrosa e vexatória do Paranaense e a Série D foram mais de cem dias e, pasmem, não conseguiu-se montar um time! É ou não incompetência pura? É resultado de gente que não é do ramo do futebol e que insiste - não se sabe claramente por que - em continuar no meio. É o LEC, infelizmente, está condenado a fazer papelão porque nem conselheiros e nem a torcida pressionam os cartolas - no caso, vale o singular - a abandorem o barco e entregarem o timão a quem conhece de fato como administrar um clube de futebol. E, nestas quatro últimas rodadas da primeira fase, vale a receita de sempre para o torcedor: rezar para que os deuses do futebol tenham piedade do Tubarão e ajudem o time a reagir e manter viva a chance de se classificar para a segunda fase.

sexta-feira, 3 de julho de 2009

TÍTULO JUSTO

O título da Copa do Brasil ficou com o Corinthians com inteira justiça. O Timão foi melhor nos dois jogos e superou o Internacional, apontado por alguns como "o melhor time do Brasil". Não sei de onde tiraram essa conclusão, mas viu-se pelas últimas partidas que o time gaúcho não é nada disso. Claro que Taison e Nilmar são diferenciados, mas é só isso. O argentino DAlessandro é pávio curto e instável. O restante do elenco só é esforçado, nada além disso.
O Corinthians, de Mano Menezes, tem sem dúvida o melhor sistema de marcação do futebol brasileiro. É difícil fazer gols no Timão. Com uma equipe que se doa os 90 minutos em marcar o adversário, fica mais fácil aproveitar um vacilo e abrir vantagem no marcador. Jorge Henrique é o fiel da balança no esquema corintiano. Ele marca como ninguém e ainda encontra fôlego para ajudar o ataque e fazer gols, como o primeiro contra o Inter na quarta-feira. O Ronaldo, que não está jogando nem 10% do que sabe, usa a experiência e visão do gol para servir seus companheiros. Ele perdeu dois gols "feitos", mas participou do gol do André Santos dando um toque de primeira. Mesmo a quilômetros da forma ideal, ele preocupa e muito os zagueiros. Méritos para um time que aprendeu na Série B que cada jogo é uma decisão de campeonato. E os frutos disso estão na dupla conquista do Paulistão e da Copa do Brasil. Se não relaxar e não perder jogadores, o Timão pode sim levar também o equilibrado Brasileirão 2009. Ainda mais que o ex-papão de títulos, o São Paulo, pelo jeito não irá decolar mesmo com um treinador como Ricardo Gomes. Apesar das supostas ajudas da arbitragem do Corinthians, o título foi para o Parque São Jorge com merecimento.

quarta-feira, 17 de junho de 2009

VEXAME RUBRO-NEGRO

Ainda não engoli o papelão feito pelo Flamengo, domingo, contra o Coritiba. Tomar cinco gols de um timeco como o Coxa, é uma vergonha! Até comecei a assistir ao jogo pela TV, porém, não fui além dos 30 minutos do primeiro tempo. Vendo aquela atuação medíocre e sem pegada na marcação, mudei de canal e não me arrependi. Levei um susto quando dei uma passada na Globo e o placar apontava 4 a 0. Há algo estranho no reino da Gávea. Como um time campeão carioca que sofria poucos gols, toma nove em dois jogos (teve aqueles 4 a 2 do Sport)? Vê-se que Cuca não tem domínio do elenco. Claro que o técnico não teve culpa naqueles frangos do goleiro Bruno, mas parece que ele esqueceu os garotos formados na Gávea. Não se vê mais em campo jogadores como Erick Flores e o Paulo Sérgio, entre outros, que poderiam melhorar o meio-campo. Não adianta escalar um monte de volantes se nenhum deles encosta no Adriano e no Josiel. Aliás, o ex-imperador de Roma agora agraciado como imperador do Rio nada fez em campo. Reflexo da mordomia de faltar a treinos e da péssima forma física. Ou os cartolas do Mengão dão um jeito na casa agora ou nação rubro-negra vai sofrer com o time que estará rondando a zona do rebaixamento. E que essa goleada seja um ultimato ao Cuca, que parece gostar de drama e tragédia e não da alegria de vitórias e bom futebol.

TIMÃO FAVORITO

Corinthians e Inter iniciam esta noite a decisão da Copa do Brasil 2009. Há um equilíbrio de forças entre as duas equipes. Entretanto, sem Nilmar, o Inter entra com uma certa desvantagem. Os dois times têm características bem similares. Ambos destacam-se pela forte marcação no meio-campo e dificilmente tomam muitos gols. Acredito, por isso, numa final de poucos gols. Pode ser até que ocorram dois empates - hoje em São Paulo e outro no jogo de volta em Porto Alegre. Resta saber se a volta do ex-fenômeno Ronaldo ajudará o Timão. É esperar pra conferir!

terça-feira, 2 de junho de 2009

OH, OBINA É MAIS QUI ETO!


Com a chegada do "imperador" Adriano, a torcida do Flamengo ficou sem o seu maior xodó dos últimos anos: o atacante Obina. O jogador baiano encantou a torcida do mais querido do Brasil não por ter uma refinada técnica. Longe, muito longe disso, é bom que se diga. Desde que chegou à Gávea, Obina nunca deixou de demonstrar uma raça típica de outros ex-atacantes rubro-negros que conquistaram a simpatia da grande massa no Maracanã, como Fio Maravilha e Nunes. Fez gols importantes, como aqueles contra o arqui-rival Vasco que garantiram o título da Copa do Brasil de 2007 para o Mengo, e ganhou até musiquinha atrevida e humorada da sempre irreverente torcida rubro-negra. Compará-lo ou melhor exaltá-lo como superior ao atacante do Barcelona, Ethô, foi uma grande sacada e uma justa homenagem ao raçudo Obina. Agora no mesmo no Palmeiras, ele foi recebido com a mesma música da galera do Mengão: "Oh, Obina é mais que é Ethô"! É a torcida brasileira botando fé no produto interno bruto do futebol nacional no nosso típico pé-de-obra que ante à falta de técnica mostra superação através da raça. Mesmo que parte da nação rubro-negra não concorde, Obina vai fazer falta nas tardes de gala do Maraca. Ele já entrou para o folclore rubro-negro e, apesar da longa seca de gols, merece ainda retornar ao clube carioca. O que cativa em Obina é a sua humildade. O atacante, mesmo criticado e,pior, até satirizado por parte da imprensa, merecia mais respeito. Afinal, ele nunca desmonstrou atitudes desabonadoras de outros atacantes como sair na noite, chegar bêbado nos treinos ou mesmo faltar ao trabalho devido à gandaia. Mesmo nas entrevistas, Obina é de uma humildade incrível. Alguns dirão que é pela falta de estudos e de saber se expressar, mas já se viu muito jogador na mesma condição aprontar dentro e fora de campo. É por isso que Obina conquistou a grande torcida do Mengão e já caiu nas graças dos palmeirenses. E agora que se livrou da pecha da seca de gols pode voltar a marcar gols como fazia no início da carreira do Vitória e como chegou a fazer num determinado momento no Flamengo. Diga o que quiserem, mesmo que Obina não seja melhor que Ethô - e convenhamos, não é - pode-se dizer que Obina é mais "qui e to" e comportado que outros boleiros brasileiros.

terça-feira, 26 de maio de 2009

A COPA DO BRASIL

Mesmo que um pouco tarde, faço aqui breve comentário sobre as semifinais da Copa do Brasil 2009. Claro que não podia deixar de falar sobre a eliminação do meu Flamengo. Apesar de todo o oba-oba sobre a propalada superioridade do Inter, o Mengo mostrou que se tivesse um pouco mais de acerto no ataque poderia estar decidindo a vaga à final contra o Coritiba. Na soma de oportunidades de gol dos dois confrontos, o time da Gávea foi melhor que o Colorado gaúcho. Pesou na eliminação aquele passe errado do Juan - foi bisonho o recuo de bola curto para o Airton que acabou virando passe para o lépido Nilmar e, na sequência, assistência deste último para o gol de Taison - e aquela falta fora de hora do Ibson na entrada da área aos 43 minutos do segundo tempo. Mesmo mal que o time do técnico Cuca mostrou que pode fazer boa campanha no Brasileiro, porém não suficiente para conquistar o título. Dá para brigar por vaga na Libertadores desde que o ex-imperador de Milão Adriano resolva, de fato, jogar futebol.
Dos quatro semifinalistas, o Corinthians chega com mais poder de chegada e não deve encontrar muita resistência para superar o Vasco. Isso mesmo que Ronaldo não jogue o primeiro confronto desta quarta-feira. O Inter, pela qualidade técnica de seu meio-campo e ataque, leva grande favoritismo contra o apenas razoável Coritiba. Aliás, o time paranaense chegou às semifinais graças à combinação de uma chave fraca, onde o time mais forte foi a Ponte Preta. Pela lógica, dará Corinthians e Inter na final. Depois quem errar menos levará o caneco e a primeira vaga brasileira da Libertadores 2010.

sexta-feira, 15 de maio de 2009

TOQUE DE MIDAS

O Londrina parece sofrer da síndrome do toque de midas. É inacreditável a série de fracassos da administração Peter Silva. Depois da pífia campanha no Campeonato Paranaense que culminou com o rebaixamento à segundona, o bom prenúncio da montagem de um time competitivo para a Série D do Brasileiro também está se desfazendo. O clube perdeu a chance de trazer os bons jogadores do Nacional, de Rolândia, e pode trazer jogadores apenas medianos do Iraty na parceira frustrada com a SM Sports, do empresário Sergio Malucelli. O técnico Gilberto Pereira, que levou o Nacional ao inédito quarto lugar no Estadual, ainda nem tem time-base para iniciar o trabalho. Segue viajando e observando potenciais reforços para o Londrina. E pelo andar da carruagem - que no LEC é puxada por asnos! -, o pobre torcedor alviceleste não deve nutrir esperanças de que teremos um time realmente competitivo. O clube ainda não renovou patrocínio com a Sercomtel - se não fosse a estatal de telefonia londrinense o futebol da cidade já teria morrido há muito tempo -, o Malucelli não se entusiasmou com o assédio de Peter Silva para firmar uma parceria de longo prazo, os salários dos jogadores que ficaram já estão atrasados de novo, o dinheiro da venda do atacante Ricardo acabou e não se vislumbra uma luz nesse túnel de decepções do Londrina. Peter Silva parece ter encarnado mesmo a figura do Rei Midas, porém, para azar da nação alviceleste, tudo o que o cartola-mor do Tubarão toca não vira ouro. Resta torcer que a fedentina não transborde ainda mais e empurre o Londrina para o fundo da fossa. Que pena Tubarão!

A LIÇÃO DE SÃO MARCOS

A atuação do goleiro Marcos, do Palmeiras, na partida contra o Sport mostrou que o arqueiro alviverde ainda tem muita estrada pela frente no futebol. Apesar dele ter mostrado em algumas ocasiões vontade de pendurar as luvas, devido à série de contusões nos últimos três anos, o goleiro demonstrou toda sua capacidade nesse jogo da última terça-feira, 12/05. Foi uma exibição digna dos grandes goleiros do mundo. Marcos pegou tudo durante os 90 minutos - à exceção claro do gol do Sport, marcado devido a um cochilo da zaga palmeirense, e defendeu três pênaltis sem se adiantar na saída do gol. No fim do jogo ele correu feito criança para saudar e ser saudado pela torcida alviverde presente no estádio do Sport. Nas entrevistas, minutos depois, viu-se o Marcos de sempre: humilde e simples e de uma franqueza pouco vista no futebol. Está aí a razão do sucesso do goleiro do pentacampeonato da seleção brasileira dirigida pelo técnico Luiz Felipe Scolari. Que bom que outros profissionais do futebol adotassem o estilo Marcos de ser. O futebol seria muito mais bonito. O goleirão do Palmeiras dispensa o marketing barato de outros atletas e, por isso, conquista simpatia de outras torcidas. Aos 36 anos, ele demonstra que está em forma e pode sim jogar pelo menos mais dois anos. Um bom presente para o torcedor que gosta de um bom futebol e de jogadores que dão o seu melhor em defesa de seu time. E pelo que Marcão já demonstrou ainda teremos dias de São Marcos.

terça-feira, 5 de maio de 2009

UM TRI SEM SURPRESAS

O tricampeonato carioca pelo Flamengo foi sem surpresas. Há três anos o Rubro-negro vem mandando no futebol do Rio e, mesmo não jogando um primor de futebol, consegue se manter no top. A hegemonia, confirmada este ano quando o Mengo deixou o Fluminense para trás no total de títulos naquele Estado (30 a 29 pró-Mengão), não deve ser atribuída ao maior poderio técnico do Fla. Muito longe disso. O futebol do Rio precisa se reciclar faz tempo. Os clubes pequenos têm mostrado força, mas são tolhidos por arbitragens tendenciosas. É preciso que o futebol do Rio moralize as arbitragens para o bem do próprio esporte daquele Estado. Afinal, de nada adianta mostrar força no Estadual e no Brasileiro os times cariocas brigarem apenas por vagas na Libertadores ou para não serem rebaixados - o que ocorreu com o Vasco em 2008.

Essa reformulação é necessária para fortalecer os próprios grandes clubes. O campeonato carioca tem uma fórmula há muito conhecida do torcedor - falta apenas diminuir o número de clubes para a competição melhorar -, e premia o clube mais regular. Não como no futebol do Paraná onde o vergonhoso regulamento deu sete mandos de jogos para o Atlético, que ainda foi beneficiado com dois pontos de bonificação por ter tido melhor desempenho na primeira fase.
Agora é esperar o início do Brasileirão para confirmar a falta de poder de fogo do trio carioca - Flamengo, Botafogo e Fluminense.

sexta-feira, 1 de maio de 2009

OS GANSOS PAGAM O PATO


Nessa confusão envolvendo pombos e garnisés, quem está pagando literalmente o 'pato' são os gansos do Lago Igapó 1. As pessoas fazem uma tremenda confusão entre pato, marreco e ganso. É bem verdade que um empresário, anos atrás, soltou uma enorme quantidade de marrecos no lago. Eles 'coloriam' a superfície do Igapó de branco. Com o tempo, a maioria morreu. Restou, então, um grupo de gansos que se tornou maior após um outro grupo que habitava a região do Igapó 2 ter sido transferido para o lago 1. Esta semana, um leitor enviou uma foto ao Jornal de Londrina criticando os 'marrecos' do Igapó que, segundo ele, deixam suas fezes pela pista de caminhada do lago. O curioso é que o tal leitor não reclama das dezenas de cães soltos que perambulam por lá, com ou sem donos. Tampouco pede providências à Prefeitura de Londrina para fazer cumprir a lei que exige focinheira em cães de grande porte, como dobermans e pitbulls. Ele prefere mexer com as inocentes as aves que nem sabe distinguir.
Vamos deixar bem claro: hoje, no Igapó só restam os gansos. Os dois últimos marrecos remanescentes daquele grande grupo sumiram. Devem ter sido devorados por algum animal - cães quem sabe - ou como lembrou uma outra leitora do JL morreram após se enroscarem em linhas de pesca abandonadas desleixadamente por pescadores. Estes, últimos que poluem as águas e as margens do Igapó são outro caso à parte. O fato é que algumas pessoas estão pensando pouco nessa questão ambiental. Os gansos até podem até poluir as águas do lago, mas não são os maiores culpados da grave poluição do Igapó. Como no caso dos garnisés do Bosque do Centro que os moradores da região queriam fora dali, estão atacando o problema errado.
O que é pior: os inofensivos gansos ou cães de grande porte soltos que podem atacar quem faz caminhadas ou corridas no Igapó e no Zerão? Quem deve ser realmente retirado do Bosque: os gatunos desocupados que estão assaltando as pessoas que passam por ali ou os garnisés?

FUTURO SOMBRIO DO LEC


A cada dia que passa, o torcedor do Londrina vê um futuro sombrio para o clube. Rebaixado para a Segunda Divisão do Paraná este ano, o Tubarão teve rejeitado pelo Tribunal de Justiça Desportiva do Paraná todos os seus recursos denunciado suspostas irregularidades no Engnheiro Beltrão e Rio Branco. A tal parceria, dada como certa pelo presidente-falastrão Peter Silva, morreu na praia. A SM Sports, do Sérgio Malucelli, presidente do Iraty, vai só emprestar jogadores daquele clube para o LEC e bancar os seus salários. A direção do Londrina - resumida apenas à figura de Peter Silva - terá de se virar para custear o restante do elenco e as despesas para disputar a Série D do Brasileiro. Enfim, o torcedor que ainda acompanha o LEC só vê fracassos dessa gestão desastrosa de Peter Silva. Antes dizia-se que a sede social era o maior patrimônio do clube, que ela não poderia ser penhorada por ter sido doada pelo governo do Estado. Hoje a sede não só está penhorada como todo o parque aquático está deteriorado e a área de bares depredada. Quando o clube ainda disputava a segunda divisão do Brasileiro, dizia-se que a vaga na Série B era um grande patrimônio a ser preservado. Novamente, os cartolas não souberam segurá-la. Veio a Série C, já na administração de Peter, e o Londrina também perdeu sua chance de manter-se nela. Hoje pode-se dizer que o maior patrimônio do antes temido Tubarão do Norte do Paraná são seus poucos e fiéis torcedores. Só espera-se que esta administração desastrada também jogue fora o último bastião que mantém a razão de viver do Londrina. Isso porque um clube sem torcida, não tem o menor sentido de existência.

RONALDO FEZ A DIFERENÇA


O Ronaldo fez a diferença na primeira partida das finais do Campeonato Paulista. Mesmo ainda visivelmente fora de forma, ele mostrou por que é considerado um fenômeno. A zaga do Santos cochilou em dois momentos e o atacante não perdou. Fez dois gols. O primeiro com um domínio fora do comum para um atacante. No que matou a bola, após um chutão da zaga corintiana, Ronaldo já ajeitou a pelota para chutar com o outro pé e abrir o placar para o Timão. O segundo gol também foi espetacular. Como o mesmo Ronaldo afirmou após o jogo, após perceber que o Fábio Costa costumava jogar adiantado - será que o goleirão do Santos quis dar uma de Rogério Ceni e atuar como líbero? -, ele não teve dúvida após dar um corte sensacional no Triguinho, deu um toque por cobertura para fazer um golaço. Enquanto isso, o ataque do Santos insistia e em perder gols. Ronaldo é diferenciado e dár mostras que, futuramente, não agora, pode ser uma opção para o ataque da seleção brasileiro. Deve-se ressaltar que o atacante do Corinthians tem de ter uma boa sequência de partidas e recuperar a parte física para jogar no ataque da seleção. Mas como é bom ver um jogador do naipe de Ronaldo fazendo belos gols e mostrando vontade em acertar. Méritos para o atacante e para a direção do Corinthians que confiou na recuperação dele. Domingo tem mais Santos e Corinthians. Vamos esperar outro bom jogo e mais um show de Ronaldo.

sexta-feira, 24 de abril de 2009

O AVESSO DA LEI

Londrina tem cada coisa pitoresca que choca com os fundadores da cidade, os ingleses da Cia de Terras Norte do Paraná ou a Paraná Plantation. É o caso da caça aos ganisés do Bosque Central e, agora, - pasmem! - dos gansos do Lago Igapó. Depois de avisar que iria transferir os pequenos galinhos para o Parque Arthur Thomas, de baixar um decreto proibindo a população de alimentar as pombas, o município fechou cerco também contra os simpáticos gansos do Igapó. Quem caminha às margens do lago conhece bem essas aves. Elas formam um grande grupo que uma vez por ano se reproduzem e enfeitam a paisagem do Igapó com belos filhotes amarelos. É comum vermos crianças maravilhadas ao avistar os bebês gansos. Viraram atração turística do lago, mas parece que desagradam ambientalistas. Já ouvi um deles afirmar que as fezes dos gansos poluem as águas do Igapó. Ora essa, mas é só as fezes dos gansos que invadem o lago? E as fezes humanos de casas não ligadas à rede de esgoto, os postos de combustíveis e indústrias que despejam produtos químicos nas águas? Ah, isso pode? Muito engraçado, não. Parece até que a cidade foi fundada por portugueses - que me desculpem os descendentes lusitanos (faço um adendo, também tenho um pezinho lá em Portugal pelo lado dos avós maternos) -, tal a visão caolha dos fatos. Enquanto a Prefeitura se preocupa com os garnisés, ninguém faz nada para retirar o grande bando de desocupados que insistem em invadir o Bosque e ameaçar quem se arriscar a passar à noite nas imediações. Dias atrás, liguei para a PM que simplesmente ignorou o alerta de que no meio do grupo podeira haver assaltantes. O caro que me atendeu no 190 foi logo dizendo que o papel da PM era atender ocorrências e não fazer ronda para checar mendigos. Isso era papel do Sinal Verde. E ainda despejou um discurso de que a sociedade tem que fazer a parte dela e socorrer esses desocupados e coista e tal. Na última quarta, o seu Nelson, porteiro da FOLHA, foi assaltado por volta da meia-noite em frente à Catedral por um trio que costuma circular na região. Roubaram o óculos de grau e uma bolsinha com moedas. Ainda tentaram arrancar-lhe uma sacola das mãos, mas só não o fizeram porque um carro se aproximou e viu a cena. Então, o que mais incomoda os moradores da região do Bosque: o inofensivos garnisés ou os gatunos humanos?

quinta-feira, 23 de abril de 2009

BARRACO NO STF

Não bastasse a série de escândalos que atinge o Poder Legislativo no Brasil, como o escandaloso mau uso da cota de passagens aéreas pelos senadores e deputados federais, o Poder Judiciário também mostra sua terrível faceta com o bate-boca durante um julgamento entre o presidente do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, e o ministro Joaquim Barbosa. O embate foi transmitido ao vivo pela TV Justiça e reproduzida à exaustão pelas TVs. Ainda nesta quinta, com certeza, estará na pauta dos principais noticiários. E não para para menos. A discussão não foi meramente a discordância de interpretação de alguma lei. Ela saiu da esfera jurídica e atingiu um nível pessoal. Ela ainda um profundo racha entre os ministros do STF e a própria falta de credibilidade do seu presidente.

Além de afirmar que Gilmar Mendes "destrói a credibilidade do Judiciário", Joaquim Barbosa foi mais além, conforme segue: " Vossa excelência só se preocupa em aparecer em jornais, revistas e televisões. Vossa Excelência está destruindo a Justiça deste país e vem agora dar lição de moral em mim? Vossa Excelência não está falando com os seus capangas do Mato Grosso, ministro Gilmar. Respeite"!

Fica claro que há algo de podre no Judiciário brasileiro, o que deixa a população ainda mais preocupada. Não bastasse a farra dos chefes de Executivos, da mordomia escancarada de vereadores, deputados estaduais e federais e de senadores, somos agora colocados frente a frente com as rusgas do Judiciário. Não que antes não houvesse escândalos na Justiça - basta lembrar da construção da sede do Tribunal paulista e do desvio de dinheiro pelo juiz Lalau, entre tantos outros não menos importantes -, mas este racha chega num momento de grave crise econômica e num grande questionamento do papel dos nossos parlamentares. O questionado deputado federal Clodovil Hernandes morreu, mas deixou um projeto ainda não discutido de se reduzir à metade o número de nossos representantes na Câmara Federal, não seria a hora de ressustir o projeto e acabar com essa farra com o dinheiro dos impostos pagos pelos trabalhadores e empresários deste País?

segunda-feira, 20 de abril de 2009

JUSTA DECISÃO


A final do Paulistão 2009 vai reunir os dois times que melhor jogaram nas semifinais. O Santos, no sábado, ganhou como quis do Palmeiras. No domingo, foi a vez do Corinthians se impor ante ao São Paulo. Engraçado como os dois confrontos foram parecidos. Apesar de melhor pontuarem no decorrer da primeira fase, Palmeiras e São Paulo não souberam se desvencilhar da tática imposta por Mancini e Mano Menezes. Ganharam os dois times que mais se aventuram ao ataque, marcam melhor e se arriscam no drible. Apesar de o São Paulo, do vitorioso mas teimoso Muricy Ramalho, ter criado situações embaraçosas no primeiro tempo do jogo de domingo, após o primeiro gol corintiano o time tricolor se perdeu em campo.


Méritos para o gordo Ronaldo que deu o passe para um gol e marcou outro ao, incrivelmente, ganhar na velocidade do fraco zagueiro Rodrigo. Aí é que não se entende a apatia de Muricy. O time perdendo o jogo e ele nada de sacar um dos três zagueiros do time. O que dizer então do ex-bom volante Hernanes? Depois que o qualificaram como o melhor jogador do País, o cara só quer dá toquinhos pro lado e nada de ralar em campo. Deixou tudo para o esforçado Jean. Do lado do Timão, sobrou vitalidade, raça e determinação. Cristian e Elias deram show na marcação e seguraram as pontas até que a defesa do São Paulo abrisse o bico. Uma classificação merecida em cima de um time sem criatividade e muito previsível.


Na outra perna, sobrou futebol ao Santos. E de quebra, faltou esportividade tanto a Diego Souza como ao falastrão Vanderlei Luxemburgo. Aquela briga com o Domingos foi ridícula. Pior fez Luxemburgo ao querer enxergar uma armação do técnico santista para tirar Diego Souza de campo. Não se entende também como o treinador palmeirense não consegue mais antecipar a tática de jogo. Suas últimas mexidas na escalação bagunçaram o Palmeiras. Ele foi incapaz de mexer no "Amarelikeirrison" que vem jogando nada e, no sábado, parecia estar "morto" em campo. Lembrou até aquele apagão do Ronaldo na final da Copa de 98 contra a França. No Santos, o garoto Neymar teve atuação destacada ao enfiar aquela bola para o gol do lépido Madson e sofrer o pênalti que originou o segundo gol. Enfim, uma final preto e branca justa e merecida.

sexta-feira, 17 de abril de 2009

CAÇA AOS GARNIZÉS DO BOSQUE


O Bosque Central de Londrina está perto de perder um de seus moradores mais simpáticos. Os garnizés, que habitam o último vestígio da então exuberante mata desta terra vermelha, estão sendo retirados do local pela Prefeitura. O motivo: as pequenas aves estariam incomodando os moradores dos prédios vizinhos com os cocoricós no início da manhã. Então, acusados de perturbação do sossego alheio, os garnizés foram condenados a se transferir para o Parque Arthur Thomas onde o número de predadores é infinitamente maior. Se no centro, são caçados por gatos e alguns humanos, lá no Parque deverão servir de refeição para gambás e quatis, entre outros predadores.


Engraçado que com as pombas, que transmitem doenças muito mais sérias, nada se faz. E olha que há duas pessoas internadas com a tal doença provocada pelas fezes dos pombos. Engraçado também que pessoas se sintam incomodadas com o som do cocoricó e parecem não sentir o cheiro nauseabundo das fezes dos mesmos pombos que cobrem calçadas e carros ao redor do Bosque. E o que dizer então dos escapamentos abertos de carrros e motos e do som em alto volume dos toca-CDs madrugada adentro? É ninguém reclama e as "autoridades", também não. Ao invés da caça ao pombo, faz-se caça aos garnizés. Daqui a pouco vão querer também explusar os gansos do Lago Igapó. E olha que um ambientalista até andou reclamando que as fezes dos gansos poluem a água do Igapó. É mas e as fezes humanas de residências que despejam esgoto no lago e os postos de combustíveis e indústrias que jogam óleo e produtos químicos na água, não poluem também?


Londrina muda a administração pública, mas a solução de problemas permanece caótica. Basta lembrar dos mocós surgidos no Anfieteatro do Zerão e no antigo Coreto do Calçadão e qual a solução? Um foi lacrado com terra, o outro foi demolido. O mesmo se deu com os banheiros do Calçadão: sujos e impróprios para o uso foram derrubados. O londrinense precisará ainda evoluir muito para aprender a conviver no ambiente urbano. Isso não só a população, mas principalmente as tais autoridades que devem ter a noção exata do viver em comunidade.

ENFIM, ACABOU A NOVELA RICARDO

A novela sobre a transferência do atacante Ricardo, do Londrina, para o Grêmio-RS finalmente chegou ao fim. O negócio só enroscou porque o jogador, a exemplo de vários outros, assinou contrato com procuradores que embaçaram a venda do promissor atacante dividido meio a meio com o Nacional, de Londrina. Espero que fique a lição para Ricardo se desvencilhar o quanto antes de agentes que podem lhe atrapalhar a carreira. Como bem definiu reportagem da FOLHA nesta semana, a trajetória de Ricardo é bem irregular e entremeada com contusões. Ele brilhou mesmo no Campeonato Paranaense deste ano marcando cinco gols - sendo três de pênalti. Ficou boa parte de fora do time devido a uma contusão. A sua credencial foi aquele golaço marcado contra o Paraná Clube numa vitória de virada do LEC.
Com o dinheiro da venda que sobrou ao Londrina, cerca de R$ 200 mil, espera-se que o presidente Peter Silva coloque os salários do restante do elenco, dos funcionários e do pessoal da base em dia. No mais, é esperar - torcer, rezar, fazer figa e até fazer promessa - para que a tal parceira com o Sérgio Malucelli dê certo. Caso contrário, o torcedor do Tubarão terá de se preparar para novas frustrações na Série D do Brasileiro.

sexta-feira, 10 de abril de 2009

SE OS TIMES FOSSEM BANDAS (via internet)

Veja só que andaram aprontando na internet com alguns clubes de futebol do Brasil. Bem, alguns torcedores podem até não gostar da associação de seu clube com uma banda de rock falida, mas é inegável a criatividade de quem bolou o texto. Então, reproduzo abaixo o que a Janaina Garcia me enviou lá da Rede Massa. Leia e comente o que você achou das comparações/associações:

Grêmio = Sepultura

Um de nossos sucessos internacionais. Mas na terra do molejo e do samba faceiro, muitos acham que eles pegam pesado demais.

Corinthians = Michael Jackson

Um dos mais populares da história, envolveu-se em escândalos e até mudou de cor. Têm apostado em criancinhas como Lulinha e Dentinho.

Palmeiras = Aerosmith

A banda tem enorme tempo de estrada. Mas suas músicas só atingem o estrelato quando faz alguma parceria.

São Paulo = Queen

Já foi eleita a melhor do mundo uma quantidade de vezes. E um dos seus integrantes é assumidamente homossexual.

Santos = Beatles

Nos anos 60, não tinha pra ninguém. Só que até hoje é lembrado no mundo inteiro pelos sucessos de 40 anos atrás.

Vasco = Oasis

Banda de qualidade e importância inquestionáveis. Todo mundo quer gostar dela quando ouve, mas a imagem do líder faz muita gente sentir aversão.

Internacional = Led Zeppelin

Reinou nos anos 70 e morreu nos 80. Seus líderes conseguiram juntar os cacos e voltar nos anos 2000, com uma inesquecível turnê mundial.

Fluminense = Titãs

Banda charmosa e simpática e, no Brasil, é querida por muitos. O problema é que ninguém nunca ouviu falar fora de nossas fronteiras.

Botafogo = Rolling Stones

Seria o maior da década de 60, se não houvesse um rival mais popular. Teve seu Satisfaction em Garrincha. Há alguns anos retomou o rumo e está feliz da vida.

Cruzeiro = Paralamas do Sucesso

Na América do Sul é respeitado e campeão de vendas. Mas quando participa de um festival com bandas européias é café com leite.

Flamengo = Jorge Ben Jor

Há muito tempo não produz um grande sucesso. Mas é incrível como segue popular e nunca sai da moda.

Atlético-PR = Amy Winehouse
Já foi muito badalada e considerada a estrela mais promissora dos últimos tempos. Mas atualmente é boçal, desperta ódio em todos e está para morrer a qualquer momento.

Coritiba = Los Hermanos

Seus poucos fãs juram que a banda é muito boa. Mas, fora eles, ninguém mais no mundo sabe que ela existe.

A NOVELA RICARDO



É parece que a novela da venda do atacante Ricardo, do Londrina, estacionou. Bem que o presidente do LEC, Peter Silva, fez de tudo para se livrar do jogador, mesmo que a qualquer preço - R$ 250 mil como foi divulgado pela imprensa. Um preço, convenhamos, rídiculo pelo destaque que Ricardo teve no último Campeonato Paranaense. Ele foi um dos poucos que se salvou na fracassada campanha do Tubarão, antepenúltimo colocado e rebaixado para a Segundona em 2010. Com uma dívida acumulada e salários de jogadores e comissão técnica atrasados, o desespero tomou conta do cartola. E vender Ricardo passou a "salvação" do clube. Mas a preço de banana? Sem contar que o LEC possui apenas 50% dos direitos federativos de Ricardo - outros pertencem ao Nacional, de Rolândia, que não pensa em negociar o jogador tão já. Seria loucura vendê-lo agora. Os clubes e empresários interessados sabem que o Peter Silva está enrascado e iam forçá-lo a aceitar qualquer preço por Ricardo.




Por ora, o clube anunciou que não venderá o promissor atacante. Vislumbra uma parceria - ou seria venda?! - do LEC à SM Sports, que nada mais que o empresário Sergio Malucelli, dono do Iraty, que montou centro de treinamento em Londrina e transferiu a sede de seu grupo de Irati para o Norte do Paraná. Fala-se que a SM assumiria a administração do LEC nos próximos dias e se responsabilizaria por montar o time que participará da Série D do Brasileiro no segundo semestre deste ano. Vamos esperar para ver. A administração Peter Silva nestes três anos foi um desastre. Basta lembrar das fracassadas campanhas do clube no Estadual - sempre lutando para não cair em 2007 e 2008 e rebaixado em 2009. Sem contar o abandono total do parque social do LEC.




Espera-se ainda o que o prefeito eleito Barbosa Neto fará para conseguir apoio do clube. Em entrevista à FOLHA DE LONDRINA, Barbosa garantiu que buscará ajuda ao clube, claro, via iniciativa privada. É o correto. Nada de pensar em usar o dinheiro público que deve ser usado em prol da comunidade.

sexta-feira, 3 de abril de 2009

NÃO ERA MENTIRA


A nossa estimada cachorrinha pincher Pitucha morreu no dia 1 de abril. Ela chegou ainda filhote, um presente para os sobrinhos Guilherme e Paola que moram em apartamento. Esperta e brincalhona consquistou toda a família. Tinha um vasto quintal para brincar - correr atrás de uma bola ou simplesmente sair correndo feito doida quando alguém ameaçava pegá-la. A Pitu, como eu a chamava, já estava meio velhinha. Havia perdido todos os dentes, mas ainda assim não se furtava em caçar ratos quando estes se atreviam a sair do bueiro da rua e entrar no quintal.

Levei quatro dias para assimilar a ausência da Pitu. Ainda estranho chegar em casa à noite e não vê-la no portão. Ou ainda saltando feito uma rã na janela da sala ou da cozinha implorando por um pedaço de pão ou de qualquer outra comida. O que dizer então das arranhadas na porta da cozinha que, quando destrancada, ela entrava faceira se abanando como se pedisse algo para comer. Não que na sua vasilha não tivesse sido abastecida de ração. Longe disso. Tinha uma fome de anaconda a pequena Pitucha.

Ela se foi logo no Dia da Mentira. Não resistiu a uma infecção. Como crer que não ouviremos nunca mais seus latidos ou veremos sua festinha à chegada de alguém, se ela morreu logo num 1 de abril? E como, então, olhar para a casinha vazia? É, a Pitucha tá fazendo falta e vai fazer por um bom tempo.

SURRA ARGENTINA


Nem o mais apático torcedor brasileiro deixou de se divertir com a goleada de 6 a 1 que a Argentina sofreu da "poderosa" seleção da Bolívia. Não é todo dia que se vê a arrogância argentina cair por terra. Ainda mais quando o próprio Maradona foi um defensor dos jogos em cidades com altitudes superiores a dois mil metros. O bufão técnico argentino chegou a bater uma bolinha com o presidente da Bolívia, Evo Morales, para mostrar que o ar rarefeito não fazia mal. Taí, agora, provou do próprio veneno. Foi hilário ouvir Maradona dizer que cada gol boliviano era uma punhalada no seu coração. Vai ver que é por isso que o treinador parece clamar com a mão na foto: "Por Deus, cinco punhaladas já estão bom demais, chega! Não aguento mais!". Nem a vitória brasileira sobre o frágil Peru - 3 a 0 no Beira-Rio, em Porto Alegre - teve tanta repercussão.

sexta-feira, 27 de março de 2009

DEGOLA CONFIRMADA

A queda do Londrina para a Segunda Divisão do Paraná se confirmou na última quarta-feira. Apesar da vitória por 2 a 1 sobre o Coritiba - a primeira em casa neste Campeonato Paranaense de um total de sete partidas -, no VGD, o Tubarão vai mesmo amargar a Segundona em 2010. Isto é, se o cartola-mor do clube não deixar o Londrina sucumbir e fechar as portas até lá. Não é possível que os conselheiros do LEC sejam tão insensíveis ao momento mais delicado destes quase 53 anos de história do clube, que esta às portas da indigência e da insolvência. Nem o seu patrimônio - a sede social - está sendo cuidado. Está lá ao deus dará, virando um grande mocó.
Com toda essa série de problemas, o presidente Peter Silva ainda vem falar em Série D do Brasileiro? Sem um grupo de apoio forte, o LEC vai sucumbir também no segundo semestre para frustração, tristeza e vergonha da torcida alviceleste, que não suporta mais tanta decepção. E com as dívidas acumuladas pela pífia participação no Estadual, não será surpresa se o bem maior atual do clube - o atacante Ricardo, cujos direitos estão divididos com o Nacional, de Rolândia - for vendido a preço de banana. Não custa lembrar que a última grande revelação, o atacante Alan, saiu daqui em troca de um dinheiro emprestado pelo Ratinho - lembram? - e o Londrina ficou chupando o dedo - como sempre. É essa estranha matemática que desanima o torcedor: o jogador é vendido e nunca sobra grana para ajeitar a casa do Tubarão. Até quando isso irá durar?

terça-feira, 24 de março de 2009

TUBARÃO INDIGENTE!

Não bastasse a pífia campanha no Campeonato Paranaense, o Londrina enfrenta outra grande chaga: o abandono irresponsável de sua sede campestre. Quem assistiu à reportagem da TV Tarobá, na última segunda-feira, deve ter ficado arrepiado com o vandalismo e a depredação do parque social do Tubarão. Uma pena! Se ver esse timinho do Peter Silva em campo dá vergonha e uma saudade danada daqueles bons tempos do LEC, o que dizer então da lástima situação da sede social. Cadê os conselheiros do clube? Ninguém reage a isso? Parece até que o clube foi largado ao deus dará, propositadamente, para facilitar a negociação do terreno com uma construtora que pretende construir apartamentos no local.
É parece que os problemas, dentro e fora de campo, não têm fim. Agora, os jogadores também reclamam dos salários atrasados. Apesar da pouca - ou nenhuma qualidade - de boa parte do elenco, a diretoria do LEC tem obrigação de pagar os salários em dia. Afinal, o patrocínio da Sercomtel tem sido repassado ao clube. E o que esperar, então, de um time de poucos recursos técnicos e sem dinheiro no bolso? Dá para acreditar num milagre amanhã contra o Coritiba, no VGD? Finalmente, nesta quarta-feira será dado o golpe final nessa campanha vergonhosa que faz cada vez mais o torcedor alviceleste tomar pé das falsas promessas de uma gestão sem transparência. É uma pena que, próximo de completar 53 anos de fundação, o Tubarão torna-se cada vez mais um time indigente.

sexta-feira, 20 de março de 2009

CULPA DA IMPRENSA

O Londrina já está com as malas prontas para a segunda divisão do futebol do Paraná em 2010 e o presidente do clube, Peter Silva, já encontrou os culpados pela vergonhosa e fracassada campanha do time no Estadual de 2009: a imprensa. Isso mesmo, torcedor, os jornalistas e radialistas da cidade! Claro, repórteres e comentaristas indicaram e contrataram péssimos jogadores e contribuíram decisivamente para a pífia campanha no campeonato. É isso que dá a administração transparente e democrática do seu Peter Silva: abre o clube para a participação de todos e ainda o culpam pelo desastre da equipe. Pobre Peter, que sempre teve uma gestão clara!
Bem, se isso tivesse ocorrido seria hilário, não é mesmo. O fato, porém, é que o cartola-mor do LEC parece que nunca percebeu a limitação da equipe montada por ele. Agora, atira contra a imprensa. Pior do que criticar são as supostas ameaças de agressões veladas a jornalistas que acompanham o time ou que o criticam. Típico de ditadores. As recentes declarações do dirigente apenas tentam esconder a péssima gestão. Ele ainda afirma que a imprensa o tenta derrubar para forçar a entrada de gestores no clube? Que piada. Se ele tivesse sido sempre transparente, explicasse tim-tim por tim-tim o real motivo da saída do empresário Adir Leme e detalhasse as ações trabalhistas quitadas, tivesse humildade para aceitar colaboração de empresários da cidade que se dispuseram a ajudar o Londrina e sequer tiveram resposta, daria para compreender.
Dirigente e político quando têm o poder nas mãos são assim mesmo: não aceitam sugestões, não enxergam os erros e sempre têm a quem culpar pelos fracassos. É hora do Conselho Deliberativo do LEC acordar, se é que tem alguém realmente disposto a se mexer e mudar a estrutura administrativa do clube. O que não dá é um dirigente mandar sozinho no clube e, depois, não assumir os próprios erros. Ah, o que diriam o Jaci Scaff, que por anos bancou com o próprio bolso do Londrina, e o saudoso Murilo Zamboni, um defensor ferrenho do Tubarão, ao ouvirem tais afirmações e verem o time de coração sucumbir pela segunda vez na história caindo para Segundona do Paraná (isso em apenas uma década)?
A agonia da torcida londrinense só termina na próxima quarta-feira, dia 25, quando o Tubarão recebe o Coritiba - por coincidência o algoz que derrotou o LEC e o jogou para a Segundona em 1999. Até lá, vale secar os concorrentes ao rebaixamento e rezar muito - mas muito mesmo - para que esse pesadelo termine o quanto antes. E se o clube não cair vale até fazer um filme remake: O milagre da Avenida Jorge Casoni.

sexta-feira, 13 de março de 2009

A VOLTA DO FENÔMENO

E o fenômeno Ronaldo voltou ao futebol no seu melhor estilo: marcando gols. O atacante do Corinthians já foi decisivo no empate contra o Palmeiras (igualou o placar no finalzinho do jogo em Presidente Prudente) e na vitória sobre o São Caetano (fez o gol da vitória). É visível que ele ainda está fora de forma, mas quando o torcedor vê o Souza magrinho sofrer para dominar a bola logo vê que o Fenômeno deve começar as próximas partidas do Timão. Mesmo torcedores que não nutrem simpatia pelo clube do Parque São Jorge torcem para que Ronaldo se recupere. E tudo depende dele mesmo. De nada adianta sofrer como um condenado nos treinamentos e depois desperdiçar tudo numa noitada, como ocorreu em Prudente.
Agora falar em seleção brasileira, como já se antecipou a Rede Globo, é cedo demais. Primeiro, Ronaldo tem que ter uma sequência longa de jogos e entrar em forma perdendo aquela visível barriga. Aí sim, é possível avaliar se ele está apto ou não a voltar à seleção. Claro que para quem, como Dunga, bateu cabeça insistindo com o tal Afonso - lembram! - e outros tantos pernas de pau a simples presença de Ronaldo em campo é um grande alento. Mesmo, assim, vamos devagar com o andor. Por ora, vamos saudar a volta do Ronaldo e oxalá que ele retome um pouco daquela velha forma do implacável fazedor de gols fenomenal.

LEC À BEIRA DA SEGUNDONA

É, agora, não dá mais para fazer conta. A ridícula campanha do Londrina no Campeonato Paranaense 2009 praticamente o coloca na Segundona de 2010. De nada adiantou trocar de técnico. Se o calmo Mauro Madureira pouco conseguia extrair deste apático elenco, o agitado Itamar Bernardes nada consegue tirar destes jogadores sem fibra. É bom que se diga que há alguns atletas que ainda jogam com brio e amor à camisa do Tubarão, como pôde se notar na partida de ontem contra o Toledo - mais um empate em casa - como o goleiro Fernando,volante Carlão e o garoto Warley. É muito pouco num time de onze!
O torcedor pode rezar, fazer promessa e até secar os concorrentes do Londrina nestas três rodadas finais do Estadual. Porém, com apenas dois jogos (Malucelli, fora, e Coritiba, em casa) a fazer o Alviceleste não tem escapatória: vai mesmo disputar a Divisão de Acesso ou a Série B no próximo ano. É bem que o falastrão presidente do LEC, Peter Silva, andou garganteando que a meta era levar o clube de volta à Série B, só faltou dizer que era a do Paraná e não do Brasileirão. Triste sina persegue a torcida do Tubarão desde que Peter está no comando do clube. À exceção da conquista da Copa Paraná em 2008, só tivemos pífias campanhas do clube. Uma gestão sem transparência e completamente amadora deu no que deu.
Com o primeiro semestre jogado no lixo, o que o torcedor pode esperar da participação na Série D? Se o cartola-mor do Tubarão não adotar a humildade e tentar aglutinar antigas forças empresariais que já comandaram o clube, teremos novas decepções no segundo semestre. Uma pena para um clube que já vislumbrou disputar uma Libertadores (quando fez bela campanha no Brasileirão de 1977/78) e agora está perto do esfacelamento total. Que os deuses do futebol ouçam os apelos da sofrida torcida do Londrina, porque se depender da incompetência de seus cartolas o Alviceleste vai logo decretar falência e fechar as portas.

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

FENÔMENO APRONTA


É parece que os corintianos vão esperar uma eternidade para ver o Ronaldo estrear com a camisa do Timão. O rechonchudo atacante ainda está anos luz do bom preparo físico e, não bastasse isso, ele ainda apronta fora de campo. Como ocorreu agora em Presidente Prudente-SP onde o Corinthians jogou contra o Noroeste na última quarta-feira. O Fenômeno saiu da concentração e não retornou no horário combinado. Os cartolas do Timão já anunciaram uma multa ao jogador que deverá pagar com bom gosto. Afinal, com o que já amealhou uma fortuna na carreira uma multinha do Corinthians é quase nada. O técnico Mano Menezes já adiou a estreia do atacante. Nem mesmo o provável 8 de março no clássico contra o Palmeiras está confirmado.

Resta saber se Ronaldo quer mesmo retornar ao futebol ou continuar com sua vidinha de rico desfrutando dos prazeres que o dinheiro pode comprar.

BLITZ SERÁ NO CAFÉ

Corrigindo informação dada ontem neste blog, o jogo do Londrina diante do Iguaçu amanhã à noite (20h30) será no Estádio do Café. Mais uma vez o Peter Silva, presidente do LEC, tentou em vão levar o jogo para o VGD e não conseguiu. Pelo jeito, vai passar o Estadual tentando mudar de estádio e não vai conseguir.
Independente do local, o importante é o torcedor apoiar o time na estréia do técnico Itamar Bernardes e torcer para que sua blitz desperte este apático elenco. Se com toda empolgação do Itamar o time não funcionar, o jeito é a torcida acender vela e rezar para que o Londrina não dê vexame e caia para a segunda divisão do Paraná.

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

BLITZ NELES, TUBARÃO!



E a blitz está de volta. Não, não é a banda carioca de rock dos anos 80. É Itamar Bernardes que assumiu o comando técnico do Londrina nesta quinta-feira à tarde. O treinador que já passou pelo LEC em 2005 ficou conhecido pela "famosa" tática blitz do Itamar que consistia em marcar o adversário sob pressão. Vamos ver se com a pouca qualidade técnica, queda na preparação física e um pouco mais de tesão em jogar futebol deste elenco de 2009 vão abraçar a gritaria do Itamar.






Pelo menos a diretoria do Tubarão contratou alguém com força para levantar o moral dos jogadores. Não se admite um time que venceu Paraná e Foz do Iguaçu com um razoável futebol tenha desaprendido tanto algumas rodadas depois. Só mesmo um técnico motivador pode mudar o atual panorama do elenco. A mudança de comando - de Mauro Madureira para Itamar Bernardes - é da água para o vinagre. Madureira era quase uma esfinge no banco alviceleste. Itamar, aguardem os jogadores, vai botar lenha na beira do campo.






Quem sabe, este time só funcione mesmo na base da "porrada", no bom sentido claro. É esperar para ver o jogo contra o Iguaçu que subiu muito de produção no Paranaense. Um ponto a favor deve ser a confirmação da partida para o velho e central estádio VGD. Mas não se iludam os jogadores: com o torcedor no cangote, qualquer vacilo e corpo mole será cobrado ali mesmo pertinho do alambrado do VGD. Então, Itamar Bernardes, blitz neles! Só assim o Londrina deixará de ser um "cordeirinho" em casa - onde ainda não venceu - e se transformará no voraz Tubarão de seu apelido!

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

FIASCO ANUNCIADO

E o Londrina levou nova "sova" no Campeonato Paranaense. O Tubarão perdeu de 3 a 0 para o Iraty, ontem à tarde, em Irati, e começa a ver sua classificação à próxima fase se complicar. A derrota, em si, não foi novidade. A falta de qualidade técnica do elenco é gritante. O Silvinho está brincando de jogar futebol. Se está fora de forma até agora e ainda aceita entrar em campo e nada jogar, ele compromete cada vez mais sua imagem junto ao torcedor. Desde o início do Estadual dava pra notar que o meia não teria condições de ser um líder para o restante do elenco.

E de nada adiantou demitir o Mauro Madureira. O Adalberto, com pouca experiência, também fará muito pouco. Se a diretoria, na verdade o isolado Peter Silva, quiser alguma coisa no Paranaense deve urgentemente contratar um bom meia e um atacante com apetite de gols. Quanto mais demorar para buscar solução fora do atual grupo de jogadores, pior será. O que não pode é o time ser eliminado precocemente do Estadual e ficar meses parado até o início da Série D do Brasileiro. Se assim o fizer, o torcedor pode preparar o coração para novos sofrimentos no segundo semestre.

VALEU SALGUEIRO!


Ufa, finalmente, o Salgueiro é campeão do Carnaval do Rio. Depois dos belos sambas e dos desfiles das décadas de 60 e 70 e do título de 1993 (Explode Coração, que virou hino das torcidas de futebol), a comunidade salgueirense pôde enfim soltar o grito de é campeão! Título merecidíssimo, diga-se de passagem. Claro que escrevo, reconheço, como torcedor do Salgueiro. Porém, é bom ressaltar que a Vermelho e Branco fez um desfile impecável. Sob a batuta de mestre Marcão, a bateria do Salgueiro deu um show na noite de segunda-feira. O enredo enxuto e simples - Tambor - comandado com maestria pelo carnavalesco Renato Laje se encaixou perfeitamente no espírito salgueirense. E, claro, Quinho com seu tradicional molho puxou como nunca o samba enredo de 2009. E todo mundo foi pro tambor da Academia curtir o merecido título do carnaval deste ano. Então, salve o mestre do Salgueiro!

Um adendo: o quarto lugar para a Vila Isabel foi injusto. A escola de Martinho da Vila também arrasou nos carros alegóricos e na comissão de frente.

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

FUTEBOL ATRAVESSANDO O SAMBA



O samba sempre se fez presente nos estádios de futebol. No Rio, por exemplo, os sambas enredo de sucesso das escolas de samba são entoados pela torcida no Maracanã. O chato é ver torcida de futebol levando para a apuração do resultado do desfile das escolas de samba o estúpida rivalidade dos estádios. É o que a Gaviões da Fiel e a Mancha Verde têm feito no Carnaval paulista. A despeito de ter sido injustamente chamada de túmulo do samba, São Paulo dá mostras de ter um carnaval cada vez melhor tanto em luxo como em organização. Razão maior para banir atos insanos. Menos mal que a Mancha Verde não esteve nesta terça-feira no sambódromo paulista, senão a guerra do futebol mancharia o samba paulistano.


Ainda bem que os jurados foram isentos e premiaram o belo desfile da Mocidade Alegre. A escola deu um show de arrepiar. Em especial, a sua bateria. Foi lindo ver a batida contagiante entremeado com muita ginga dos componentes. Eles enlouqueceram o público com coreografias sem comprometer o andamento do samba e da escola. Um prêmio justo e merecido.


Voltando à Gaviões, que tem 39 anos no samba, espera-se que seus componentes saibam diferenciar futebol do carnaval e acabem com esses gritos de guerra a cada nota baixa pelos jurados.

MADUREIRA CHOROU


É Madureira chorou e não foi o bairro carioca que abriga a papão de títulos do Carnaval carioca, a grande Portela. Quem chorou de vez foi o Mauro Madureira, técnico do Londrina, que perdeu o cargo após mais um tropeço em casa - e que tropeço, hein! -no Campeonato Paranaense 2009. Também pudera, sob a batuta de Madureira o Tubarão virou um gatinho no Estádio do Café. É um verdadeiro gentleman aos adversários que aqui vêm jogar. Foram quatro jogos e nenhuma vitória nos seus domínios. Cianorte e o Nacional ganharam como quiseram. O time de Rolândia fez pior - dependendo da ótica de quem analisa, né (para os rolandenses foi o melhor) - e meteram 3 a 0 num perdido e sem poder ofensivo Londrina. Rio Branco e Cascavel empataram no Café, mas ficaram pert0 de sentir o gostinho da vitória.

Os dirigentes do LEC optaram pela saída mais econômica: dispensaram o treinador porque seria difícil mandar um time todo embora e contratar novos jogadores. Sabe-se que o clube não tem dinheiro e, portanto, continuará com este time medíocre. Em que pese ter conseguido três vitórias fora de casa (Paranavaí, Paraná e Foz do Iguaçu), o time nunca conseguiu agradar efetivamente em campo. Também não adianta improvisar com o auxiliar técnico Adalberto. Tapa-buraco dificilmente dá certo. O clube, que deveria estar preparando um bom time para disputar a Série D do Brasileiro e já ter um treinador em condições de observar futuros reforços, vai cometendo a mesma série de erros da gestão Peter Silva.

Assim, o torcedor terá de torcer e rezar muito para que o time se recuperar nesta quarta à tarde diante do Iraty, fora de casa, para não ver a classificação à fase final se complicar. Quem sabe os jogadores que pediram mais um voto de confiança ao Madureira não mostrem que estavam certos em intervir pela permanência do técnico. Caso contrário, tem mais gente que vai chorar no Londrina nesta Quarta-Feira de Cinzas.

sábado, 21 de fevereiro de 2009

A sina continua...



O ano de 2009 já começou mas o torcedor do Londrina parece estar vendo o mesmo filme de anos anteriores. O time depois de surpreender com uma boa vitória de 2 a 0, fora de casa, sobre o Paranavaí já começa a preocupar torcida e imprensa com duas derrotas seguidas (Cianorte, no Café, e o limitado Engenheiro Beltrão, fora). É bom os cartolas do LEC acordarem logo antes que o time comece a brigar para não ser rebaixado. Isto seria golpe fatal no ânimo dos londrinenses que comemoram muito o retorno do Tubarão a uma competição nacional este ano (a Série D do Brasileirão). Já deu pra ver que o time é limitadíssimo e o Silvinho não é nenhuma "brastemp" nesse meio-campo do LEC. É apenas um jogador regular, acima dos 30 anos e parece sujeito a contusões musculares. É preciso perceber que a alma do time é o meio-campo e o Londrina não vai longe apenas com o esforço e a correria dos garotos Douglas e Diego. É duro reconhecer que o torcedor vai ter que se preparar para sofrer mais um ano na continuação da surrada sina alviceleste dos últimos 15 anos: nadar, nadar e morrer na praia. Acorda Tubarão!

Vitória a la Coritiba

Nem o mais fanático torcedor do Londrina apostaria que o time ganharia do jeito que ganhou do Paraná Clube, neste domingo, lá no Estádio Durival de Brito. Bem ganhar até que sim, mas não com o adversário reclamando de um gol não marcado e de um impedimento mal assinalado que poderia ter resultado em gol paranista. O normal era o Tubarão sair reclamando de gol feito em impedimento e de bola que não entrou e o juizão deu gol. Sempre foi assim. Teria a sorte mudado? Será que a coordenação de arbitragem do Afonso Vitor de Oliveira deixou as coisas mais iguais, ou seja, o juiz ruim - ou o bandeirinha, no caso de domingo - não vê cor de camisa e erra pra qualquer lado? Tomara que seja verdade. Tirando os dois lances contestados pelo Paraná, o Londrina também reclamou do pênalti marcado contra si - os londrinenses alegam que a bola chutada contra o gol alviceleste pegou entre o ombro e o peito do zagueiro Borges. Não dá pra dizer que houve empate nos erros. Olhando imparcialmente os lances, vê-se que o Paraná tem razão em reclamar pelo menos na bola que o goleiro Fernando tirou de dentro do gol. No mais, o Londrina fez por onde conquistar uma vitória merecida. Segurou pressão paranista no primeiro tempo e, mesmo levando um gol no início do segundo, soube se impor e furar a zaga do Paraná. Destaque para o jovem atacante Ricardo, de 21 anos, pelo belíssimo gol levando quatro marcadores e encobrindo com categoria o goleiro Nei. Este gol de empate - o mais belo do Londrina, talvez, na última década - deu ânimo ao time que virou o marcador com uma cabeçada fulminante do zagueiro Borges. Só espera-se que o técnico Mauro Madureira matenha a equipe para o jogo desta quarta contra o Foz, também fora de casa. Espera-se também que o time não se deixe empolgar demais pelo belo resultado na capital. A vitória recuperou os pontos perdidos na derrota para o Cianorte no Estádio do Café. No resumo da campanha do Londrina de sete pontos conquistados em 5 jogos, o time ganhou 1 ponto dos 6 possíveis em casa (derrota para o Cianorte e empate contra o Rio Branco) e conquistou 6 dos 9 pontos possíveis fora de casa (derrota para o Beltrão e vitórias sobre Paranavaí e Paraná). Uma campanha razoável que poderia ser boa se o time não tivesse bobeado naquele jogo fácil contra o Engenheiro Beltrão. Enfim, a "nação" alviceleste inicia uma semana cheia de orgulho de ver um jovem artilheiro despontar para um possível estrelato. O R9 do Tubarão não tem fama, tampouco grana e precisa ainda de muitos gols para ser um dia comparado ao famoso R9. Mas Ricardo - guarde este nome - promete ser uma das melhores revelações do Londrina. Só é preciso manter a humildade e ter uma orientação extracampo. Um alerta: quando uma pedra preciosa é descoberta, é preciso saber quem realmente a possui. No caso do LEC, é preciso saber se os direitos federativos de Ricardo são exclusivamente do clube e se não há nenhum esquema obscuro que possa levar os lucros numa futura negociação do jogador. Transparência já , senhor Peter Silva!