segunda-feira, 9 de novembro de 2009

MÃO DA ARBITRAGEM NO BRASILEIRÃO

E bastou o Palmeiras perder o posto de líder do Brasileirão 2009 para que os cartolas alviverdes vissem nisso uma conspiração da arbitragem contra o clube do Parque Antártica. Vamos aos fatos. Ninguém seria estúpido de não reconhecer o erro crasso do Carlos Eugênio Simon de invalidar o gol legítimo do Obina, ontem, contra o Fluminense. Porém, o que o gerente de futebol do Palmeiras, Toninho Cecílio, não disse nas entrevistas após o jogo foi que o seu clube foi beneficiado em jogos contra o Cruzeiro (a polêmica dos três pênaltis não marcados a favor do time mineiro) e o Corinthians (o Heber Roberto Lopes não expulsou o zagueiro Danilo por falta violenta em Jorge Henrique, o que deixaria o alviverde com 9 jogadores em campo quando era dominado e perdia por 1 a 0). Só nestes dois jogos, o Porco somou 4 pontos. O cartola palmeirense estranhamente não questionou as mexidas do técnico Muricy Ramalho que insiste em escalar o apagado Vágner Love. Mesmo contra o Flu, Love jogou bolinha e mesmo assim continuou em campo. O sacrificado acabou sendo Obina que tem menos nome, mas luta como nunca e foi o autor do gol anulado. Tivesse jogado o Palmeiras com o mesmo espírito dos jogadores do Flu, o time paulista teria saído pelo menos com um empate no Maracanã. Aqui e ali , vários times foram prejudicados por erro de juiz. Agora, o não pode é um dirigente tentar estragar a emocionante reta de chegada do Brasileirão com declarações que podem inflamar a já violenta torcida organizada do Verdão. Será que o cartola sente que o seu time está descendo a ladeira e, na iminência de perder o título que lhe parecia óbvio e certo, quer tirar os méritos de quem venha ser o campeão da temporada? Melhor do que qualquer asneira dita por cartolas, é ver que São Paulo, Palmeiras, Flamengo e Atlético Mineiro estão aí vivos na luta pelo título. No mais, é choradeira de que não sabe perder e reconhecer os erros de seu time.

MÃO DA JUSTIÇA NO LEC

E o tão esperado processo eleitoral do Londrina acabou bloqueado pela Justiça do Trabalho. Para mostrar que os acordos com a Justiça trabalhista devem ser cumpridos e respeitados, o juiz da 6 Vara da Justiça do Trabalho de Londrina, Reginaldo Melhado, não só suspendeu a realização da eleição como também determinou o afastamento de toda a diretoria (!!??) do LEC, como o presidente-imperador Peter Silva. Não dá pra dizer que houve surpresa na ação, talvez surpreenda mesmo a demora. E pelo que foi noticiado nos jornais (JL e Folha) o juiz mostrou-se arrependido de ter estendido o voto de confiança na administração obscura e sem nenhuma transparência da atual diretoria do LEC. Foram três anos de espera para que se cumprisse e pagar-se o que foi determinado pelo acordo trabalhista: destinar 15% de todos os patrocínios e arrecadações do clube para quitar ações de ex-funcionários do Londrina. A série de desmandos da direção do clube determinaram toda esta ação da Justiça do Trabalho. É um sopro de alento de que os culpados pela má administração e desmoralização do principal do clube do interior do Paraná serão punidos. Outras ações deverão ser tomadas pelo juiz futuramente e, quem sabe, o LEC seja reembolsado pelo sério desfalque em sua frágil situação financeira. Não dá pra sair por aí negociando jogadores das categorias de base sem esclarecer aos sócios do clube e a imensa torcida que, apesar de não ser assoaciada, merece ser informada das negociações feitas pela diretoria. Que a mão da Justiça seja capaz de pôr o Londrina novamente nos trilhos da moralidade e da transparência.