sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

ADEUS 2010

     E logo mais, daqui  a quatro horas, 2010 vai embora. E o que dizer do ano no campo esportivo, por exemplo? Bem, no geral para quem curte o futebol foi mal. Afinal, em ano de Copa do Mundo o Brasil de Dunga e Jorginho caiu nas quartas-de-final para uma não tão inspirada Holanda. Não era a Laranja Mecânica de Cruyf tampouco o timaço de Van Basten e Gullit, não é mesmo? Numa Copa de muita transpiração e pouca inspiração, a Seleção Brasileira deveria por obrigação ter ido à final. Não foi. Deu Espanha com todos os méritos. 
    Em termos nacionais, o grande destaque ficou para o Santos de Neymar. Talento de fato, polêmico e atrevido o meia-atacante santista foi destaque do ano. Levou o Peixe ao título do Paulistão e da Copa do Brasil e, no Brasileirão, sem o comando de Dorival Júnior - demitido do cargo justamente pelo entrevero com o craque santista - o time da Baixada Santista jogou para o gasto. Nos cem anos do Timão, a fiel ficou no quase. Não deu no carnaval paulista - para piorar a Gaviões foi rebaixada, nem na Copa São Paulo e daí em diante foi só traço no Paulistão, na Libertadores - eliminado pelo Flamengo - e o terceiro lugar no Brasileirão. O São Paulo, sem Muricy Ramalho, mostrou-se enfraquecido. O Palmeiras, com Felipão e com Valdivia de volta, não decolou.
     Outro destaque foi o Fluminense. Mal no Carioca, porém campeão do Brasileirão com destaque para o meia argentino Conca. O Botafogo finalmente ganhou um título, o Carioca. O Vasco foi razoável. E o pior mesmo foi o clube de maior torcida no Brasil, o Flamengo: perdeu o Carioca que vinha conquistando com relativa facilidade e namorou com o rebaixamento para a Série B em grande parte do Brasileirão - ano para riscar da história, né. A grande lambança ficou com a CBF que reconheceu como título nacional torneios como Ta ça de Prata e o Roberto Gomes Pedrosa disputados na década de 1960, o colocou Santos e Palmeiras na liderança do ranking de maiores campeões nacionais com 8 títulos, desbancando São Paulo e Flamengo, que têm seis títulos cada. Para piorar, seu Ricardo Teixeira preferiu reconhecer o Sport campeão de 1987 e não o Flamengo, campeão da Copa União. Ridículo, pois Sport jogou com equipes de menor expressão, enquanto o Rubro-negro carioca superou os 20 maiores clubes da época. E, então, por que a CBF não dá o mesmo valor à Copa do Brasil que reúne clubes de Norte a Sul do País?
    No Paraná, o Londrina viveu o ano mais terrível de sua história de 54 anos de vida. Se em 2000, na mão de um grupo de empresários pés-de-chinelo o Tubarão fez traço no módulo amarelo da Copa João Havelange, em 2010 o clube esteve perto da extinção total. Sob intervenção da Justiça Trabalhista desde 2009, o Londrina foi muito mal administrado pelo Grupo Universe: foi mal na Copa do Brasil (eliminado pelo Uberaba) e na Segunda Divisão do Paraná quase caiu para a terceirona. Com a afastamento do Universe, a Justiça abriu a possibilidade de o empresário Sergio Maluceli, dono do Iraty, terceirizar o departamento de futebol do Tubarão. Após uma interminável novela entre Maluceli e um grupo de conselheiros do clube, houve uma eleição pacificada que garantiu um nome ligado ao empresário à diretoria executiva do LEC, o empresário Claudio Canuto. E o torcedor londrinense fechou 2010 com promessa de boas notícias para 2011: dia 9 de janeiro, o Iraty que representará o LEC na Segundona faz amistoso contra o Flamengo que fará sua pré-temporada no CT de Sergio Maluceli na zona sul de Londrina (no antigo clube Horto Tropical comprado pelo empresário e transformado num centro de treinamento). E espera-se nova vida para o renovado Londrina no próximo ano.
     No esporte em geral, mais uma vez a seleção brasileira de vôlei masculino fez história sob o comando do técnico Bernardinho com os títulos da Liga Mundial e do Mundial. O time feminino, do técnico Zé Roberto, ficou devendo e perdeu o Mundial para a Rússia. O basquete ainda luta para se reestruturar - em Londrina, por exemplo, o time perdeu local perdeu o incentivo da Prefeitura. 
     Destaque mesmo os esportes individuais como a natação com Cesar Cielo despontando entre vários nadadores que conquistaram medalhas de ouro nas etapas do mundial da modalidade. E para fechar 2010, principalmente para quem curte uma corrida ao ar livre, o brasiliense Marilson da Silva desbancou os quenianos e conquistou a tradicional corrida de São Silvestre disputada nesta sexta-feira, 31 de dezembro, derradeiro dia de 2010. Agora, é esperar que 2011 seja repleto de boas notícias e conquistas para todos os esportes nacionais que lutam com muito sacrifício para se manter no topo. Em nível local, a expectativa é para ver de perto o novo Tubarão com sua tradicional camisa azul e branca. E o aperitivo é daqui pouco mais de uma semana. Dia 9 de janeiro, 16 horas, no Estádio do Café, contra o Flamengo. Coração dividido, na certa. Feliz 2011 para quem curtiu este blog ao longo de 2010, apesar da falta de periodicidade. Fica a promessa de renovar os comentários desabafo desse jornalista torcedor do LEC e do Mengão. Abraços!