domingo, 31 de julho de 2011

QUE VACILO TUBARÃO!

       A torcida do Londrina viveu ontem entre o céu e o inferno. A derrota parcial para o Foz do Iguaçu em grande parte do primeiro tempo da partida na tríplice fronteira e o volume de jogo superior do adversário já prenunciava o que seria a tarde do torcedor alviceleste. Mas o empate do zagueiro Elson ainda na etapa inicial acendeu a chama de que era possível conquistar a vaga na divisão de elite antecipadamente, mesmo porque o Toledo arrastava-se em Prudentópolis sem interesse em vencer o Serrano para também garantir sua vaga na primeira divisão. E veio o segundo tempo e o LEC virou o placar para 2 a 1 com o volante Silvio. Era o que faltava para animar ainda mais o sofrido torcedor do Tubarão. Aos 43, Weverson marca o terceiro e o time do Norte do Estado dá indício que vai encerrar a fatura. Afinal, restavam mais dois minutos de tempo normal e mais uns três ou quatro minutos normais de acréscimo. O locutor da rádio Paiquerê enlouquece e já manda soltar o hino do Tuba para carimbar a volta à elite. Tudo parecia seguir o roteiro de uma campanha vitoriosa. Parecia. Uma troca de passes despretenciosa do ataque do Foz diante da desatenta zaga do LEC resulta, aos 44 , no segundo gol do atacante Carreta, logo ele que já havia eliminado o time londrinense  jogando pelo Cascavel. E o pior viria aos 48. O meia Gilson recebeu uma cobrança de lateral livre de marcação, avançou, tocou a bola entre as pernas de Ricardinho e chutou de fora da área: o goleiro Danilo, grande nome do jogo com defesas incríveis, chegou atrasado e a bola entrou. Final 3 a 3 e o sonho da volta do Tubarão à elite ficou adiada para o mata-mata das semifinais. Tudo bem, dirão os otimistas. O LEC entra com vantagem de 1 ponto e se vencer o Maringá, no Willie Davids, soma 4 pontos e já garante a sua vaga. Entretanto, quer vantagem maior do que estar vencendo o jogo por 3 a 1 até os 43 minutos com o adversário com dez homens e, mesmo assim, ceder terreno para uma improvável reação? Espero que o jogo de ontem - bem como aquele contra o Cascavel e o próprio Maringá no primeiro tempo - sirva de lição: nada estará ganho até o apito final. Em decisão - e ontem ERA UMA DECISÃO - espera-se que os jogadores entrem com espírito guerreiro, com raça e determinação, caso contrário o fiasco e a decepção vão machucar ainda mais uma torcida que está cansada de sofrimento.