sexta-feira, 30 de julho de 2010

F-1 NÃO É ESPORTE

     A polêmica sobre Felipe Massa e a Ferrari, que obrigou o brasileiro a entregar a vitória de bandeja do GP da Alemanha para o espanhol Fernando Alonso, não merecia tanta repercursão assim. O problema é que os aficcionados ainda acham que a fórmula 1 é esporte. Ledo engano. A F-1, assim como outras corridas que incluem carros, motos e barcos - todos com motores -, se fosse esporte estaria incluída na olimpíada. Nesses "esportes" em que o homem precisa da ajuda da tecnologia, o capital sempre vai falar mais alto. Daí, se Alonso tem mais chances de ser campeão da categoria, por que a Ferrari não iria interferir para que Massa deixasse o espanhol ultrapassá-lo? A polêmica é puro sensacionalismo da imprensa tupiniquim. Fosse ao contrário, duvido que estaríamos perdendo tempo e preenchendo espaço em jornais, TVs e rádios com esse assunto. Em tempo: na fase brilhante de Ayrton Senna, algum brazuca saiu criticando a postura do Berg em deixar Senna vencer ou mesmo do brasileiro deixar o companheiro da Mclaren ganhar algumas provas quando o título já era verde e amarelo? Essa guerra tola é a mesma que certos narradores esportivos ainda alimentam no futebol quando Brasil e Argentina se enfrentam.

BOM VENTOS

     Depois do enorme estrago feito pelo Grupo Universe no Londrina, é animadora a forma como o grupo de 25 conselheiros  vão costurando um novo estatuto e resgatando a história do clube. O ''mutirão" para montar o time sub-18 para a Copa Tribuna mostrou a força que o LEC. Mais de 100 garotos foram à peneirada que selecionou 25 deles para a competição. Após o efeito terra arrrasada deixado pela administração Peter Silva e o Grupo Universe, poucos esperavam ver uma reação tão eficaz. Claro que nada ainda foi feito. Há muito chão pela frente para recuperar e pôr o Tubarão de pé como nos bons tempos. Esses garotos podem ser semente e a base do futuro time profissional. Gente da terra, pé-vermelho e com vontade de vencer na profissão. Foi muito bom ver também o empresário Jurandir Barrozo, ex-diretor do clube na década de 1990 nas gestões do Dorival Pagani e do Iran Campos, arregaçar as mangas para salvar o LEC. Barrozo mostra que, de fato, ama as cores alviceletes e quer ver o clube recuperar a velha forma. O próprio advogado Carlos Scalassara, que encabeça o grupo de conselheiros que desenha o novo formato administrativo do LEC, merece aplausos. Quem sabe, a Justiça Trabalhista não acione o Universe pela quebra de contrato e o dinheiro da multa contratual seja revertido para saldar débitos com ex-atletas, funcionários e fornecedores. Arriba, Tubarão!