sexta-feira, 2 de abril de 2010

LEC AINDA DEVAGAR

     Finalmente o Universe, grupo gestor do Londrina, trouxe a equipe para a cidade esta semana. Desde a última segunda-feira, 29/3, os jogadores e o técnico Célio Silva se alojaram na cidade. Os jogadores treinam num local próprio, a antiga sede do Nichika, na viação velha, oportunamente chamada de "Toca do Tubarão". Espera-se que depois daquele amadorismo inicial verificado na Copa do Brasil, os gestores façam uma administração mais profissional. E isto passa desde a contratação de reforços, ao relacionamento com a torcida e a imprensa e até a confecção do uniforme do clube.
     Com relação aos reforços, nota-se que foram anunciados uma série de jogadores com pouco ou nenhuma experiência. Pior, alguns parados há três meses, ou seja, em pleno abril, eles ainda não jogaram em 2010. É bom alertar os gestores que, apesar de o time disputar a Segundona do Paraná, os adversários não serão nada fáceis de se bater. É preciso mudar o foco e trazer jogadores aguerridos e com razoável técnica e experiência para que o LEC venha a ter sucesso de subir ainda este ano.
     No tocante ao contato com imprensa, parece que não tem havido problemas por ora. Já quanto à torcida, falta aos gestores montarem um esquema de mostrar que o time existe e está vivo. Que tal levar os jogadores num sábado de manhã para o Calçadão e apresentá-los ao torcedor?
      Já no quesito uniforme é bom o grupo queimar ou doar aquele usada na Copa do Brasil. Aquilo não honra as tradições do Tubarão. Já que escolheram uma empresa paulista para confeccionar os uniformes que cobrem dela respeito às cores e ao escudo do LEC. Os eternos conselheiros e ex-presidentes deveriam fiscalizar isto e cobrar tanto dos gestores quanto dos interventores da Justiça do Trabalho o uso correto das cores alvicelestes. No mais, o jeito é esperar que o técnico Célio Silva imponha seu estilo quando jogador: entrega total em defesa do Tubarão.

FOI-SE O MESTRE DAS PALAVRAS

     E o esporte brasileiro perdeu o mestre das palavras nesta semana. Armando Nogueira, o jornalista que profissionalizou o jornalismo na TV brasileira, morreu de câncer no dia 29 de março (uma segunda-feira). Ele deixa uma grande lacuna no colunismo esportivo do País. Com rara sapiência, o mestre soube aliar a poesia com o esporte. Mesmo ligado ao futebol, onde exaltou Pelé, Garrincha e outros  tantos craques , Armando não se furtou em reconhecer e embelezar o talento de outras feras do esporte nacional - claro ele também era obcecado por olimpíada - como a Rainha Hortência, a Magic Paula - ambas do basquete -, além de Leila, Virna e Fernanda Venturini, do vôlei. E, claro, o Mão Santa Oscar, um fominha talentoso que projetou nosso basquete masculino na incrível façanha dos Jogos Pan-Americanos de Indianópolis em 1987 com aquela vitória sensacional sobre os Estados Unidos.
     Tudo o que se disser sobre mestre Armando será pouco. Não foi à toa que jornalistas e colunistas esportivos de norte a sul do Brasil fizeram questão de destacar o legado deixado pelo mestre. Foi graças a Armando que os jornais deram e dão espaço às colunas esportivas que atraem cada vez mais leitores interessados em conhecer - e discordar - os pontos de vistas dos cronistas do esporte em geral.  Quem sabe na constelação de estrelas lá do céu, mestre Armando não esteja fazendo poesia com o golpe que a vida lhe pregou.