terça-feira, 2 de junho de 2009

OH, OBINA É MAIS QUI ETO!


Com a chegada do "imperador" Adriano, a torcida do Flamengo ficou sem o seu maior xodó dos últimos anos: o atacante Obina. O jogador baiano encantou a torcida do mais querido do Brasil não por ter uma refinada técnica. Longe, muito longe disso, é bom que se diga. Desde que chegou à Gávea, Obina nunca deixou de demonstrar uma raça típica de outros ex-atacantes rubro-negros que conquistaram a simpatia da grande massa no Maracanã, como Fio Maravilha e Nunes. Fez gols importantes, como aqueles contra o arqui-rival Vasco que garantiram o título da Copa do Brasil de 2007 para o Mengo, e ganhou até musiquinha atrevida e humorada da sempre irreverente torcida rubro-negra. Compará-lo ou melhor exaltá-lo como superior ao atacante do Barcelona, Ethô, foi uma grande sacada e uma justa homenagem ao raçudo Obina. Agora no mesmo no Palmeiras, ele foi recebido com a mesma música da galera do Mengão: "Oh, Obina é mais que é Ethô"! É a torcida brasileira botando fé no produto interno bruto do futebol nacional no nosso típico pé-de-obra que ante à falta de técnica mostra superação através da raça. Mesmo que parte da nação rubro-negra não concorde, Obina vai fazer falta nas tardes de gala do Maraca. Ele já entrou para o folclore rubro-negro e, apesar da longa seca de gols, merece ainda retornar ao clube carioca. O que cativa em Obina é a sua humildade. O atacante, mesmo criticado e,pior, até satirizado por parte da imprensa, merecia mais respeito. Afinal, ele nunca desmonstrou atitudes desabonadoras de outros atacantes como sair na noite, chegar bêbado nos treinos ou mesmo faltar ao trabalho devido à gandaia. Mesmo nas entrevistas, Obina é de uma humildade incrível. Alguns dirão que é pela falta de estudos e de saber se expressar, mas já se viu muito jogador na mesma condição aprontar dentro e fora de campo. É por isso que Obina conquistou a grande torcida do Mengão e já caiu nas graças dos palmeirenses. E agora que se livrou da pecha da seca de gols pode voltar a marcar gols como fazia no início da carreira do Vitória e como chegou a fazer num determinado momento no Flamengo. Diga o que quiserem, mesmo que Obina não seja melhor que Ethô - e convenhamos, não é - pode-se dizer que Obina é mais "qui e to" e comportado que outros boleiros brasileiros.