sexta-feira, 3 de abril de 2009

NÃO ERA MENTIRA


A nossa estimada cachorrinha pincher Pitucha morreu no dia 1 de abril. Ela chegou ainda filhote, um presente para os sobrinhos Guilherme e Paola que moram em apartamento. Esperta e brincalhona consquistou toda a família. Tinha um vasto quintal para brincar - correr atrás de uma bola ou simplesmente sair correndo feito doida quando alguém ameaçava pegá-la. A Pitu, como eu a chamava, já estava meio velhinha. Havia perdido todos os dentes, mas ainda assim não se furtava em caçar ratos quando estes se atreviam a sair do bueiro da rua e entrar no quintal.

Levei quatro dias para assimilar a ausência da Pitu. Ainda estranho chegar em casa à noite e não vê-la no portão. Ou ainda saltando feito uma rã na janela da sala ou da cozinha implorando por um pedaço de pão ou de qualquer outra comida. O que dizer então das arranhadas na porta da cozinha que, quando destrancada, ela entrava faceira se abanando como se pedisse algo para comer. Não que na sua vasilha não tivesse sido abastecida de ração. Longe disso. Tinha uma fome de anaconda a pequena Pitucha.

Ela se foi logo no Dia da Mentira. Não resistiu a uma infecção. Como crer que não ouviremos nunca mais seus latidos ou veremos sua festinha à chegada de alguém, se ela morreu logo num 1 de abril? E como, então, olhar para a casinha vazia? É, a Pitucha tá fazendo falta e vai fazer por um bom tempo.

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