sexta-feira, 3 de agosto de 2012

BRASIL NA OLIMPÍADA

Em mais uma Olimpíada comenta-se falta de resultado mais expressivos da delegação brasileira. Em menos de uma semana de competição, conquistamos 'somente' 4 medalhas - grande mérito do judô que rendeu um ouro e dois bronzes. A prata é do Tiago Pereira na natação. Hoje teremos Cesar Cielo  com chance de ouro também na piscina. A grande incógnita são os esportes coletivos. O vôlei parece ter perdido o rumo, tanto o feminino quanto o masculino. Zé Roberto e Bernardinho não conseguem mais tirar o algo mais para que o Brasil supere obstáculos em quadra. A derrota do feminino para a Coreia do Sul foi emblemática. Mostrou um time sem capacdade de reação. O revés de Dante e cia. nesta quinta para os Estados Unidos também serviu para mostrar que a seleção pode ficar de fora do pódio. O basquete feminino nem merece comentários. A fraca campanha é resultado da falta de trabalho de base e investimento - isto para um país que daqui quatro anos vai sediar a Olimpíada. O time masculino dirigido pelo argentino Ruben Magnano  não incorporou a tática e ensinamentos que ele prega. Jogadores pra lá de tarimbados insistem em arremessos e jogadas precipitadas que custam a derrota da equipe, como nesta quinta diante dos russos. Resta o futebol masculino, apontado como favorito após a eliminação da Espanha. Se não deixar o ego de lado e encarar seleções menos cotadas com seriedade, pode voltar para casa sem o almejado ouro.

Restarão esportes individuais e o vôlei de praia, que sempre garante medalhas ao país, para que o Brasil suba no ranking olimpíco. Mas se não conquistarmos tantas medalhas quantas as previstas? Vamos sair criticando atletas e treinadores por suposta falta de empenho ou pior de amarelão? Não é por aí que vamos melhorar o desempenho do país no esporte. É preciso cobrar dirigentes esportivos que se perpetuam no cargo e as autoridades políticas investimento e seriedade no trabalho com nossos atletas. Do contrário, teremos decepção ainda maior em 2016 no Rio de Janeiro. E, pra variar, virão as piadinhas sobre o fracasso de ginastas, do sumiço da vara do salto em altura, do golpe proibido no judô, etc. A conquista de medalha só vem com trabalho de longo prazo, com estrutura completa de trabalho ao atleta e, claro, remuneração que garanta a tranquilidade necessária para a busca da vitória. Se não for isso, continuaremos sendo medalha em piadinha pronta e sem graça nenhuma.

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