
O samba sempre se fez presente nos estádios de futebol. No Rio, por exemplo, os sambas enredo de sucesso das escolas de samba são entoados pela torcida no Maracanã. O chato é ver torcida de futebol levando para a apuração do resultado do desfile das escolas de samba o estúpida rivalidade dos estádios. É o que a Gaviões da Fiel e a Mancha Verde têm feito no Carnaval paulista. A despeito de ter sido injustamente chamada de túmulo do samba, São Paulo dá mostras de ter um carnaval cada vez melhor tanto em luxo como em organização. Razão maior para banir atos insanos. Menos mal que a Mancha Verde não esteve nesta terça-feira no sambódromo paulista, senão a guerra do futebol mancharia o samba paulistano.
Ainda bem que os jurados foram isentos e premiaram o belo desfile da Mocidade Alegre. A escola deu um show de arrepiar. Em especial, a sua bateria. Foi lindo ver a batida contagiante entremeado com muita ginga dos componentes. Eles enlouqueceram o público com coreografias sem comprometer o andamento do samba e da escola. Um prêmio justo e merecido.
Voltando à Gaviões, que tem 39 anos no samba, espera-se que seus componentes saibam diferenciar futebol do carnaval e acabem com esses gritos de guerra a cada nota baixa pelos jurados.
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